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quarta-feira, 27 abril 2022 08:33

Os agiotas da town e o "fingimento das autoridades!"

Escrito por

OMAROPINIAO

Dever e pagar é sempre bom. Mas os agiotas das grandes towns não gostam de tipos que devem e pagam imediatamente. Alguns rezam até para que não cumpras os prazos, para daí zombarem da sua vida precária. É o que está a acontecer nas grandes towns da nossa Pérola do Índico, onde os agiotas são gajos "maning sortudos", sabias? Não é por menos que os mesmos emprestam dinheiro e, quando as pessoas não conseguem pagar, acabam arrancando suas casas, usando simplesmente o famoso transpasse!

 

– Cenários do género já vêm acontecendo em cidades como Chimoio, na província de Manica, cidade da Beira, Nampula, Pemba, Maputo e Matola, onde infelizmente esta situação está, ultimamente, a atingir níveis alarmantes. Não é por menos. É que a prática está a ser enraizada em tudo que é canto e instituição pública ou privada da nossa martirizada Pérola do Índico. E embora seja crime, o maior problema reside com os agiotas das bandas do Líbano, Paquistão, Turquia, lá para as bandas dos ataques suicidas.

 

Ora, imagine numa cidade da dimensão de Chimoio, onde, semanalmente, um cidadão aparece diante dos serviços de cartórios e notariados com documentação de transpasse de residências que legalmente são do Estado e geridas pela Administração do Parque Imobiliário do Estado (APIE) e atribuídas aos cidadãos mediante pagamentos realísticos. Mas devido à busca por melhores condições, as pessoas que ocupam estas residências acabam procurando agiotas com "a cultura de troca olho/orelha/mangalho pelo dinheiro, para levar valores que rondam entre os 300 mil a 500 mil Meticais e, caso não pague na data combinada, os tipos aparecem com a papelada para fazeres transpasse!

 

O caricato é que, semanalmente, o mesmo cidadão asiático dirige-se às autoridades locais para legalizar este imóvel, sem criar admiração ou indagação por parte do agente do Estado a quem o que interessa é apenas receber a moeda paga para a materialização do ensejo. Seria interessante que as autoridades informatizassem as informações de registo predial, fossem mais atentas no processo de averiguação documental, porque quando se assustarem, até o edifício onde trabalham já estará em nome de um chinês, paquistanês ou libanês!

 

É de vital importância que haja um censo predial das casas geridas pela APIE, porque podemos estar diante de agentes da logística dos terroristas e que se fazem passar por comerciantes, donos de propriedades infindáveis. A acolher instrutores ou terroristas vindos de diferentes cantos do mundo e a estudar o cenário nas cidades para uma somalização ou iraquização do nosso já martirizado Moçambique.   

  

Numa outra abordagem, os tipos agem como se estivessem a "raptar-te", ameaçando-te na presença de elementos dos nossos agentes e irmãos do já injuriado e manchado Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) que, mediante subornos e trocas de favor com os referidos cidadãos, acabam jogado sujo, com intimidações e violência contra si. Os homens jogam sujo. É normal aparecerem na sua casa, na madrugada e no seu local de trabalho logo nas primeiras horas para despirem-te em frente de todos!

 

Em alguns casos, acaba chovendo socos e cabeçadas em frente dos seus filhos e aí não tens como, acabas entregando a casa ou um outro bem maior que tens. Mas para os agiotas Asiáticos das bandas da Cabeça do velho, Chiveve, Muhaivire, Cariáco, nos Bons Sinais, na baixa da ex-cidade das Acácias ou cidade da Matola, o importante para eles é tirarem-te a residência a todo o custo!

 

- Não mexam com os agiotas da town, porque ninguém vos virá defender. O que se faz aqui é só reunir tipos com títulos e metidos a consultores seniores e produzir um relatório bem big e embrenhado de suposições, sem apontar casos concretos. Receber maning USD. Ir a umas entrevistas a falar especulativamente sobre os assuntos de financiamento ilícito e branqueamento de capitais, enquanto isso, estamos a ver estrangeiros a arrancarem propriedades estatais a cidadãos nacionais por valores irrisórios.

 

E no fim de tudo, ninguém diz e nem faz nada e o país continua a andar. E textos de género, relatando factos sensíveis como estes, tornam-se como os outros – vistos, lidos e arquivados! Olhemos mais o nosso meio – talvez existam outras leis que protejam estes tipos que o povo não saiba e que não são de acesso para todos!   

 

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