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segunda-feira, 24 maio 2021 09:13

Enquanto Total “recua”, projecto da Eni avança

O projecto Coral Sul FLNG, liderado pela petrolífera italiana Eni, em instalação no alto mar, na Área 4 da Bacia do Rovuma, província de Cabo Delgado, está a avançar, conforme garantiu no último fim-de-semana, o Presidente da República, Filipe Nyusi, falando durante a abertura da quarta sessão do Comité Central do Partido Frelimo.

 

Discursando na qualidade de presidente do partido, Nyusi destacou o progresso das obras de construção, na Coreia do Sul, da plataforma flutuante de produção de gás natural liquefeito do projecto Coral Sul FLNG. Avançou que as obras estão num “nível de execução próximo de 80%, o que garante que o nosso país passa a ser um importante actor no mercado de petróleo e gás, já a partir de 2022”.

 

Esta declaração acontece dois meses depois da suspensão, por causa do terrorismo, das obras, em instalação em terra, na Área 1, do Projecto Mozambique LNG, liderado pela francesa Total. Com a insegurança, avança-se que o projecto irá atrasar, em 12 meses, o início de produção inicialmente prevista para 2024.

 

O projecto Coral Sul FLNG teve a Decisão Final de Investimento anunciada a 01 de Junho de 2017 e prevê um investimento de 7 biliões de USD, podendo gerar lucros directos na ordem dos 39.1 biliões, dos quais cerca de 19.3 biliões de USD para o Estado moçambicano durante a duração do projecto, que é de 25 anos.

 

O Coral Sul FLNG prevê ainda a Perfuração de seis furos de produção de gás, cujas actividades iniciaram em Setembro de 2019, mas devido à Covid-19 foram interrompidas, tendo sido retomadas oito meses depois, ou seja, em Janeiro passado.

 

A Área 4 é operada pela Mozambique Rovuma Venture S.p.A. (MRV), uma joint venture incorporada pela Eni, ExxonMobil e CNPC, que detém uma participação de 70% no contrato de concessão de exploração e produção da Área 4. O consórcio inclui ainda a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos E.P. (ENH), a Galp Energia Rovuma B.V. e KOGAS Moçambique Ltd. cada uma delas com 10% de interesse participativo.  A Eni lidera a construção e operação da instalação flutuante de gás natural liquefeito em nome da MRV. (Evaristo Chilingue)

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