O Produto Interno Bruto (PIB) a preços de mercado (resultado final da actividade de produção das unidades produtivas nacionais) apresentou uma variação de menos 2.37% no quarto trimestre de 2020, comparado ao mesmo período do ano anterior, e situou-se em menos 1.28%, em todo o ano de 2020.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) explica que o desempenho negativo da actividade económica no quarto trimestre de 2020, comparado com igual período de 2019, é atribuído, em primeiro lugar, ao sector terciário que decresceu em 4.06%, com maior destaque para o ramo de hotelaria e restauração com uma variação de menos 22.54%, seguido pelo ramo dos transportes e comunicações, com menos 7.45% e do ramo de serviços financeiros com cerca de menos 2.07%.
“Ocupa a segunda posição o sector primário com uma variação de menos 2.70%, induzido pelo ramo da indústria de extracção mineira com menos 13.1%, não obstante o desempenho positivo dos ramos da agricultura e da pesca com 1.13% e 1.56%, respectivamente. O sector secundário registou uma variação também negativa, de menos 2.30%, induzido pelo ramo da electricidade, gás e distribuição de água com menos 5.17%, seguido pelo ramo da construção com menos 3.84% e da indústria transformadora com variação negativa de 1.14%”, lê-se num comunicado do INE.
A Autoridade Estatística observou que, contrariamente aos ramos acima, o sector da agricultura, pecuária, caça, silvicultura, exploração florestal, actividades relacionadas tiveram uma maior participação na economia com peso conjunto no PIB de 18.3%, seguido pelos ramos de comércio e serviços de reparação com 10.7%.
Dos ramos que cresceram positivamente, o INE relata que estiveram, em terceiro lugar (depois da agricultura e comércio), os ramos de transportes, armazenagem e actividades auxiliares dos transportes e informação e comunicações com uma contribuição conjunta de 10.6%, seguido do ramo da Indústria Transformadora com um peso de 9.2%.
“O ramo da indústria da extracção mineira com um peso de 6.4%, administração pública, educação, aluguer de imóveis e serviços prestados às empresas, pesca e aquacultura com pesos de 6.5%, 5.9%, 5.3% e 1.7%, respectivamente. Os restantes ramos de actividade tiveram em conjunto um peso de 25.4%”, conclui a nota do INE sem precisar o real motivo da queda do desempenho da economia moçambicana. Ainda assim, sabe-se que a crise pandémica contribui em grande medida para esse efeito negativo. (E. C.)