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BCI
quarta-feira, 13 janeiro 2021 06:58

Preço do cimento dispara em Maputo

Está cada vez mais caro erguer uma casa na província e cidade de Maputo. Segundo a Inspecção Nacional das Actividades Económicas (INAE), nos últimos dias, têm-se verificado a subida galopante do preço de cimento de construção, que chega a ser comercializado a 720 Meticais, o saco de 50 Kg.

 

Entretanto, de acordo com o porta-voz da INAE, Tomas Timba, do trabalho realizado pelas equipas de inspecção, entre os dias 05 e 11 de Janeiro corrente, constatou-se que, à boca da fábrica, o saco de cimento de 50 Kg é comercializado entre 445 e 465 Meticais, representando uma diferença de quase 255 Meticais.

 

“Neste momento, temos equipas no campo a trabalharem com os grandes armazenistas e também com as fábricas, no sentido de aferir as motivações da subida dos preços em todo o país, principalmente na cidade e província de Maputo, e fazer o levantamento da situação actual do mercado para perceber o que está a acontecer”, explicou a fonte, sublinhando não haver razões para que aquele material de construção custe 700 Meticais, apesar dos custos com o transporte e armazenamento.

 

Recolhido camarão impróprio para consumo

 

Para além da subida do preço do cimento, a INAE constatou também a existência, no mercado da capital do país, de um camarão impróprio para o consumo. À imprensa, Timba explicou que, apesar de o referido produto estar dentro de validade, o mesmo é “impróprio para o consumo”, porque “sofreu um choque térmico demasiado”, pelo que será incinerado. No total, foram apreendidas 92 caixas.

 

A INAE diz também ter recolhido, nos estabelecimentos de restauração, amostras de óleo usado para fritura de alimentos, onde se constatou que o mesmo é reutilizado com recurso a um produto chamado magnesol, que é um purificador de óleo usado para reactivação do produto.

 

“Este produto também está a ser retirado do mercado e estão a ser tomadas algumas medidas administrativas em relação aos estabelecimentos onde o óleo foi encontrado, porque o mesmo periga a saúde pública”, avançou a fonte. (Marta Afonso)

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