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terça-feira, 28 janeiro 2025 12:56

Moçambique continua na lista cinzenta, apesar de progressos assinaláveis

GAFIMOZ

 

Moçambique continua na chamada “lista cinzenta” do Grupo de Acção Financeira (GAFI), organização internacional intergovernamental, por faltarem evidências de que entidades da sociedade civil não usam recursos para o financiamento ao terrorismo, disse à “Carta” o coordenador nacional do Comité Executivo de Coordenação de Políticas de Prevenção e Combate ao Branqueamento de Capitais e ao Terrorismo, Luís Cezerilo.

 

“Foi-nos comunicado ontem [segunda-feira] o relatório da sexta avaliação do nosso compromisso para sairmos da lista cinzenta. Cumprimos largamente as recomendações que nos foram dadas. No total, cumprimos 25 das 26 recomendações que ainda faltavam, mas ainda não saímos da lista, porque falta a última”, afirmou Cezerilo.

 

Aquele responsável avançou que o último ponto ainda por cumprir está relacionado com a apresentação de evidências de que organizações da sociedade civil não canalizam recursos para acções como o terrorismo.

 

“Temos a lei sobre a transparência das organizações da sociedade civil, mas das cerca de seis mil que operam no país, o GAFI quer elementos que demonstrem que não há financiamento a actividades como o terrorismo”, enfatizou Luís Cezerilo.

 

Cezerilo adiantou que Moçambique voltará a ser avaliado até 11 de Março próximo, manifestando optimismo com a remoção do país da lista cinzenta.

 

“Estou absolutamente convencido de que o país vai sair dessa lista em Março próximo, porque registamos progressos hercúleos desde que Moçambique foi colocado nesse lugar, a 22 de Outubro 2022”, salientou.

 

O coordenador nacional do Comité Executivo de Coordenação de Políticas de Prevenção e Combate ao Branqueamento de Capitais e ao Terrorismo assinalou que, em média, os países integrados na referida lista ficam, no mínimo, entre três e cinco anos, mas Moçambique está há dois anos e com perspectivas de lá sair ainda no trimestre em curso.

 

Antes da avaliação cujo relatório foi conhecido na segunda-feira, o país teve um outro veredicto do GAFI em Outubro do ano passado, continuando na lista cinzenta.

 

O país foi colocado nesse grupo, em 2022, por apresentar deficiências na luta contra o branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo. (Carta)

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