Os empresários do sector privado, representados pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), apelam aos seus colegas para não aumentarem preços de produtos e serviços com a aproximação da quadra festiva.
“Ao entrarmos na quadra festiva, apelamos aos nossos colegas empresários fornecedores de bens e serviços para não inflacionar os preços, especialmente dos bens de primeira necessidade, de modo a permitir que todos os moçambicanos possam passar a quadra festiva em condições aceitáveis”, disse o Presidente do Pelouro do Turismo, Hotelaria e Restauração da CTA, Muhammad Abdullah.
De entre vários, o empresário endereçou o apelo aos operadores turísticos, para que mantenham os seus preços acessíveis a fim de que mais turistas possam desfrutar dos serviços oferecidos pelos empreendimentos turísticos.
Abdullah falava numa conferência de imprensa esta quarta-feira (21) em Maputo, sobre os preparativos da quadra festiva, em que também fizeram parte representantes do Ministério da Indústria e Comércio (MIC), Inspecção Nacional das Actividades Económicas (INAE), Serviço Nacional de Migração (SENAMI) e da Polícia da República de Moçambique (PRM).
No mesmo diapasão, a representante da INAE, Leonor Mabutana, disse não à inflação dos produtos e serviços por causa da maior procura na quadra festiva. Mabutana lembrou que quem prevaricar será responsabilizado. Aliás, recordou na ocasião que a INAE tem vindo a levar a cabo, desde Outubro passado, a operação “Kulaya” (que significa educar, sensibilizar) com o objectivo de passar aos agentes económicos mensagens de boas práticas nas suas operações, bem como a fiscalização dos estabelecimentos.
“Como resultado quantitativo dessa operação, a INAE visitou a nível nacional 3010 estabelecimentos económicos, grande parte do sector de comércio. Do trabalho feito, constatamos a maior prevalência de unidades económicas sem as respectivas licenças, instalações inadequadas, falta de contratos com os trabalhadores, venda de produtos fora do prazo ou viciado, incluindo produtos deteriorados, o que prejudica a saúde pública”, relatou Mabutana.
Para garantir a fiscalização durante a quadra festiva, a fonte disse que a INAE terá em prontidão 11 equipas de piquete e cerca de 88 equipas espalhadas em todo o país, principalmente nos maiores centros comerciais “para que os preços não variem sem justa causa e que os produtos vendidos respondam aos critérios de qualidade desejada”.
Por seu turno, o representante do MIC, Lourenço Chavane, garantiu que a economia se encontra preparada para responder à demanda de produtos e serviços de maior necessidade em todo o país.
No que toca à Polícia, o Chefe de Operações da PRM ao nível da Cidade de Maputo, Naldo Machacame, garantiu na ocasião que a corporação está totalmente preparada para garantir a ordem e tranquilidade pública, bem como a segurança rodoviária, quer aos automobilistas internos e estrangeiros. “No que toca à segurança rodoviária, foram lançados os planos nacionais e multissetoriais com vista a intensificar as zonas de sensibilização para melhorar o fluxo de trânsito. Esses planos visam também a redução dos postos de fiscalização, mas isso não significa inexistência da observância de normas”, acrescentou Machacame.
Por fim, Ledita Mahanjane, em representação do SENAMI, disse que, com vista a atender o maior número de pessoas nos postos transfronteiriços durante a quadra festiva, a instituição alargou o período de atendimento das 06 horas às 20 horas (mais duas horas que antes). Com a excepção da maior fronteira terrestre de Ressano Garcia, que funciona 24 horas por dia, Mahanjane destacou os postos da Ponta de Ouro e Goba, na província de Maputo. (Evaristo Chilingue)