Os trabalhos administrativos e operações de máquinas na empresa Syrah Resources Ltd, que explora grafite no distrito de Balama, a sul de Cabo Delgado, estão paralisados desde o princípio da tarde de última sexta-feira (11). Todos os trabalhadores receberam ordens para se manter nas suas casas ou em locais seguros, até ordem contrária da direcção.
"Carta" soube de algumas fontes que em causa está a questão da segurança, devido à aproximação de terroristas, que atacaram o distrito de Namuno, em zonas próximas ao acampamento da empresa que explora o grafite em Balama.
"A empresa diz que há alguma insegurança porque houve movimento numa zona próxima ao nosso acampamento. Aconselharam a saída de todos por pelo menos uma semana", disse um dos trabalhadores.
Segundo as fontes, neste momento, as instalações estão a ser protegidas pelas Forças de Defesa e Segurança e pela empresa de segurança contratada pela Syrah.
Já neste domingo, o pânico voltou à sede do distrito de Balama, por volta das 8:00 horas, depois de um grupo de homens armados, que se acredita serem terroristas, que estava a ser perseguido pelas forças locais de Namuno, designadas por "Namparama", ter chegado à aldeia Namualia, que dista a cerca de 5 quilómetros das minas de grafite. Entretanto, a vila de Balama continua a receber muitas famílias das aldeias do distrito de Namuno, tudo por conta da circulação de terroristas.