O Banco Mundial diz estar à espera do pedido formal do Governo de Moçambique para financiar o Projecto da Hidroeléctrica de Mphanda Nkuwa, avaliado em cerca de 5 biliões de USD. O projecto é crucial para a materialização do objectivo do Executivo de garantir energia para todos até 2030.
“Neste momento estamos à espera de um pedido formal por parte do Governo. Mas, em geral, pensamos que este projecto é muito importante para o objectivo do Governo de acesso universal para 2030”, disse Zayra Romo, Representante do Banco Mundial em Moçambique.
Ela falava à margem da reunião organizada pelo Governo, representado pelo Gabinete de Implementação do Projecto Hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa (GMNK) com os sete Potenciais Investidores Estratégicos do Projecto. Segundo Romo, após o pedido formal seguir-se-ão outras duas fases até à disponibilização da verba.
“Depois do pedido, avançamos com o due diligence, em seguida leva-se ao Conselho de Administração, que é quem decide se o financiamento pode ser fornecido, mas a primeira parte é ter o pedido formal”, explicou a Representante do Banco Mundial.
Quanto ao estágio actual do Projecto, que consiste na busca do parceiro estratégico para o desenvolvimento de Mphanda Nkuwa, Romo disse que o apoio do Banco Mundial consistirá em garantir maior competitividade ao projecto, com vista a seleccionar-se o “melhor empreiteiro ou investidores que tenham experiência” para executar o Mphanda Nkuwa.
O Director do Gabinete de Implementação do Projecto Hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa (GMNK), Carlos Yum, explicou que, terminada a conferência, nos dois dias subsequentes, (hoje e amanhã) os concorrentes irão visitar os locais onde será implantado o Projecto, na província de Tete. Em verdade, trata-se de um programa contemplado no Caderno de Encargos do concurso de selecção do Parceiro Estratégico e visa permitir aos investidores informarem-se das condições naturais do local de implantação do Projecto, sendo estes dados fundamentais na preparação das propostas técnicas, económica e financeira em resposta ao concurso.
Yum explicou que, após a visita ao local, os representantes dos concorrentes deverão fazer relatórios para as suas empresas, enquanto o GMNK espera pelas propostas para seleccionar o melhor Parceiro Estratégico. O Cronograma preliminar indica que o processo de selecção terá início em Agosto de 2024 e, até Dezembro de 2029, deverão arrancar as obras da construção da Central e da Linha e, em 2030, prevê-se o arranque das operações.
Dos sete concorrentes pré-qualificados está a TotalEnergies que concorre num consórcio composto por si e pela EDF SA, todas da França. Estão também a ETC Holdings Mauritius Limited domiciliada nas Maurícias e Zâmbia, Longyuan Power Overseas Investment Co. Ltd e PowerChina Resources Limited da China, WeBuild Group da Itália e Zimbabwe, Scatec da Noruega, Sumitomo Corporation e Kansai Electric Power Co. Inc. do Japão. (Evaristo Chilingue)