O impacto macroeconómico do Corredor Logístico de Maputo (CLM) é avaliado em pouco mais de 2 biliões de USD, nos últimos 10 anos, resultante das actividades económicas levadas a cabo no país e na região. Os dados resultam de um estudo realizado pela concessionária do Porto de Maputo, a Maputo Port Development Company (MPDC), em parceria com o Standard Bank.

Apresentado há dias durante a “Conferência Porto de Maputo 2022” por David Mullins, economista e especialista em Ferramentas de Previsão e Modelagem Macroeconómica, o estudo precisa que o impacto do CLM ao Produto Interno Bruto (PIB) foi de 2.086 biliões de USD.

Além disso, o Corredor Logístico de Maputo (CLM) criou pouco mais de 331.5 mil empregos, com rendimento por cada agregado familiar de 1.170 USD. No que toca ao fisco, o CLM canalizou, durante a última década, 489 milhões de USD e o impacto na balança de pagamentos foi de pouco mais de um bilião de USD.

Segundo o especialista, o estudo identificou constrangimentos que precisam de soluções de curto, médio e longo prazos. A curto prazo, Mullins apontou a redução da burocracia, bem como actualizações de infra-estruturas computadorizadas nos postos fronteiriços.  

A médio prazo, o estudo recomenda a actualização do sistema ferroviário, incluindo o material circulante e a introdução de um Posto Fronteiriço de Paragem Única no posto fronteiriço Lebombo/Ressano Garcia. A longo prazo, a MPDC exorta o Governo a ratificar o Acordo de Comércio Livre Continental Africano, em vigor desde Janeiro de 2021.

O Corredor Logístico de Maputo (CLM) foca-se actualmente no acesso aos mercados globais para exportações e importações. Manuseia actualmente 30 milhões de toneladas de carga (rodoviária e ferroviária), por ano, principalmente, minérios maioritariamente provenientes da África do Sul, mas com ensejo de, no futuro, receber de outros países mineiros da SADC. O volume actual de tráfego rodoviário é de 1600 veículos pesados por dia. (Evaristo Chilingue)