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27 de June, 2019

Investimento Directo Estrangeiro recupera em 2018 invertendo queda registada nos últimos quatros anos

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Dados publicados, recentemente, pelo Banco de Moçambique (BM), na sua análise sobre a Balança de Pagamentos (BoP), referentes ao exercício económico de 2018, indicam que o Investimento Directo Estrangeiro (IDE), no ano passado, mostrou uma recuperação, ao sair dos 2,293.1 milhões de USD, registados, em 2017, correspondentes a 18 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2,692.3 milhões de USD, em 2018, equivalente a 18 por cento do PIB, registados no ano de 2017.

 

De acordo com a BoP, o resultado demonstra uma reviravolta na tendência para queda que se registou de 2013 a 2017, justificado pelo fim de um ciclo por parte dos Grandes Projectos (GP), que esteve associado à entrada, em produção, das unidades fabris dos maiores investimentos realizados no período entre 2010 e 2013.

 

Como consequência, explica o documento, “o facto concorreu para a redução na demanda por novos recursos de investimentos e ainda à espera pela decisão final de investimentos por parte das empresas e/ou aprovação legal de projectos de investimento por parte do Governo”.

 

A BoP esclarece ainda que, do total de aumento registado, em 2018, 74.8 por cento foi realizado pelos GP, na ordem de 2,013.3 milhões de USD, e estes, mais uma vez, ocupam a posição de motor direccional do IDE, dado que as restantes empresas do País registaram um decréscimo de 51 por cento, para 679.0 milhões de USD, o equivalente a 25.2 por cento do total.

 

Em termos sectoriais, o relatório do BM demonstra que a indústria extractiva mantém a sua posição de maior receptor do IDE na economia, com 2,080.4 milhões de USD (77 por cento), dos quais 83 por cento absorvidos pelo sector de gás.

 

“Em seguida, tem-se a indústria transformadora (7 por cento) e a actividade imobiliária e prestação de serviços com 4 por cento”, acrescenta a fonte.

 

Para além dos referidos sectores, o BM realça, na BoP, que o investimento realizado no sector de educação, representa um possível novo foco do IDE, em Moçambique, não obstante, em termos de peso, ser menos de 1 por cento do total, situando-se em 12.9 milhões de USD.

 

No que tange à origem do IDE de 2018, o relatório do BM realça maiores influxos dos Países Baixos, do Japão e da Itália, todos com investimentos, maioritariamente, direccionados para a indústria extractiva.(Evaristo Chilingue)

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