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30 de May, 2025

Novo Mundo, Novo Governo, Resultados Diferentes

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Os moçambicanos aguardam com grande expectativa os resultados diferentes que o novo Governo irá trazer para benefício de todos.

Compete ao Governo estruturar a Macroeconomia, que se pode definir como:

A ciência que estuda o comportamento da economia no seu conjunto a curto e longo prazo, em particular o crescimento, a recessão, o Produto Interno Bruto (PIB), inflação, produtividade, desemprego, balança de pagamentos, endividamento, taxa de juro e taxa de câmbio, entre outros.

O Desenvolvimento depende da Paz, Estabilidade, Previsibilidade e equilíbrio das contas públicas, principalmente.

Num contexto de transição do Centro de Poder do Ocidente para Ásia, espera-se muita confusão nos indicadores político-económicos internacionais.

Esta luta de titãs durante a transição dá aos empobrecidos como nós uma oportunidade centenária de crescer, uma vez que os empobrecedores lutam entre si.

Nós África no geral, e Moçambique em particular, teremos de encontrar o equilíbrio entre as necessidades básicas e a estrutura de crescimento económico que garantirá desenvolvimento, uma tarefa dificílima, como a célebre frase “sepultar os mortos, salvar os vivos e fechar os portos” de Marquês de Pombal, aquando do Terramoto de Lisboa em 1755.

No contexto moçambicano, sepultar os mortos significa dar prioridade aos cidadãos que sobrevivem, elevando-os da pobreza absoluta. Salvar os vivos significa empoderar os 60% de jovens que devem contribuir para o desenvolvimento.

Fechar os portos significa deixar de perder aproximadamente 50% da produção agrícola por falta de cadeia logística, deixar de exportar matéria-prima que deveria ser acrescentada valor no mercado por indústrias nacionais, substituir as importações por produção nacional, reduzir a despesa pública, combater o desperdício, erradicar os cartéis e a corrupção.

Para termos resultados diferentes, teremos de cortar o cordão umbilical da dependência externa do nosso Orçamento Geral do Estado (OGE). Como é possível alguém planificar a sua vida a contar com a ajuda (esmola) de outros, eles próprios com dificuldades.

Na relação entre nações, ninguém dá nada a ninguém, todos lutam pelo interesse maior dos seus povos.

Os moçambicanos têm de estar preparados para viver com o que têm, se quisermos um futuro melhor. Significa tomar atitudes firmes de austeridade, em particular a classe política e a classe média emergente, porque o resto dos cidadãos só vivem na austeridade.

Os cidadãos, em particular os urbanos, sobretudo a classe média emergente, quer certezas para se convencerem que controlam o seu futuro.

A Inversão do declínio depende muito do pragmatismo com que fazemos e aceitamos o diagnóstico, copiar a disciplina, princípios e valores dos que têm ou quando eles tiveram sucesso e contextualizá-los à realidade moçambicana. Não há dois casos iguais.

Mudar não é só corrigir o erro, pelo contrário, é evolução!

O mundo está em constantes mudanças, os cidadãos que fazem parte do mundo também mudam. Se a governação não mudar será ultrapassada.

Projectos estruturantes são planeados a longo prazo, que é constituído por vários ciclos de curto prazo que se repetem entre diferentes imprevisibilidades.

Paciência é muitas vezes teimosia disfarçada… esta frase é uma faca de dois gumes, temos que escolher o lado certo.

O futuro não existe, o futuro é hoje…

A Luta continua!

Sir Motors

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