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Enquanto os partidos políticos da oposição e parte da sociedade entendem que as eleições gerais de 09 de Outubro foram fraudulentas, Filipe Jacinto Nyusi reitera que a Frelimo e os seus candidatos (à Presidência da República e ao cargo de Governador) venceram de “forma clara e expressiva”.
A tese foi reforçada esta manhã, na abertura da III Sessão Extraordinária do Comité Central, o órgão mais importante do partido Frelimo, no intervalo entre os Congressos. O órgão está reunido hoje para eleger o novo Presidente do partido, o seu novo Secretário-Geral e o novo Secretariado do Comité Central.
“Estamos perante uma nova sessão, em que temos um novo Presidente da República, saído das VII Eleições Gerais e IV das Assembleias Provinciais. Foi um processo desafiante, em que a Frelimo, o seu candidato presidencial e os seus cabeças-de-lista à governador de província saíram vencedores de forma clara e expressiva”, defendeu o ex-Chefe de Estado.
Sem dar detalhes, Nyusi defendeu que a vitória da Frelimo foi histórica. “Renovo as minhas saudações aos membros do Comité Central que, em tempo oportuno, souberam tomar decisões estratégicas que nos conduziram à esta vitória histórica”, afirmou.
A Frelimo, recorde-se, foi declarada vencedora das eleições legislativas e provinciais, em todo país, enquanto Daniel Chapo foi declarado vencedor das eleições presidenciais. Num processo descrito como fraudulento e que desencadeou a maior crise política pós-eleitoral de sempre, a Frelimo viu o número de deputados conquistados a nível dos órgãos de gestão eleitoral reduzir de 195 para 171, no processo de validação e proclamação dos resultados.
No seu discurso de despedida, Filipe Nyusi encorajou o Presidente da República a prosseguir “com firmeza” para que o país possa enfrentar, “com sucesso”, os desafios da actualidade, como o terrorismo, os desastres naturais e as “recorrentes manifestações violentas”, que “atrasam o desenvolvimento do país”.
O ex-Presidente da República apelou ainda aos “camaradas” a apoiarem, “com sinceridade e honestidade”, Daniel Chapo, de modo a que “tenha tempo e sossego necessários para se concentrar” ao nosso projecto político da Frelimo, que é o “de consolidar a unidade nacional, promover a paz e o desenvolvimento”. (A.M.)
