O Presidente do Conselho Municipal da Cidade de Maputo, Rasaque Manhique, garantiu esta terça-feira aos vendedores do Mercado Grossista do Zimpeto que ninguém vai perder a sua “banca” após os trabalhos de limpeza e reestruturação.
Manhique deu esta garantia, após visitar vários pontos críticos daquele mercado, como os balneários e “bancas” de diversos produtos, para além de interagir com alguns vendedores para inteirar-se dos problemas reais do Mercado Grossista do Zimpeto, o maior do país.
Na ocasião, o Edil de Maputo falou sobre a reabilitação dos Postos Policial da PRM e da Polícia Municipal, infra-estruturas destruídas durante as manifestações pós-eleitorais. “Iniciámos com a reabilitação da Secretaria do mercado, da Esquadra e do Posto da Polícia Municipal, com o objectivo de ajudar o mercado”, disse a fonte.
Manhique explicou que, após um encontro mantido na segunda-feira com alguns vendedores, decidiu visitar o Mercado Grossista do Zimpeto para inteirar-se dos problemas que afligem os vendedores. “Decidimos vir aqui hoje para tomar uma melhor decisão convosco. Estamos aqui para definir o que vamos fazer em conjunto. As nossas decisões não são tomadas nos gabinetes, mas sim aqui com o povo. Tudo o que pretendemos fazer é para vocês. O mercado é da população”, enfatizou o Edil de Maputo, anunciando segunda e terça-feira da próxima semana, como novas datas para limpeza e organização daquele Mercado.
Edil reitera ser urgente a limpeza do Mercado Grossista
“Não vamos desaparecer só por pararmos algumas horas para fazer limpeza e organizar o nosso mercado. Vim aqui para pedir a vossa colaboração para organizarmos o principal mercado da nossa cidade. Este é o mercado que abastece os outros e alimenta a nossa população. Tudo o que comemos parte daqui, por isso, é essencial que os alimentos saiam daqui com higiene e em boas condições. Vamo-nos ajudar mutuamente. Confio muito em vocês”, frisou Manhique.
O Edil da capital do país explicou ainda que decidiu visitar o mercado porque, na semana passada, alguns vendedores criaram tumultos, apelando para que tal não volte a acontecer. Mais adiante, Manhique pediu aos vendedores que organizem o mercado e evitem entregar dinheiro a pessoas que não estão autorizadas a recebê-lo.
“A taxa diária deve ser paga ao Município, porque é isso que nos ajudará a organizar o mercado. E vocês também têm o direito de nos exigir quando as coisas não estão bem. Estamos aqui para trabalhar para vocês”.
Em resposta, os vendedores pediram ao Edil a redução das taxas diárias dos actuais 50 meticais para 30. “Achamos que 50 Meticais é muito dinheiro e, quando não pagamos, somos perseguidos e ameaçados. Há dias em que as nossas vendas são inferiores a 50 meticais e no fim só conseguimos levar para casa o dinheiro do transporte. Pedimos para que reconsidere e ordene a redução das taxas, que consideramos injustas”, disse Arlete Bambo, uma das vendedeiras de legumes.
Por outro lado, alguns vendedores acusaram os dirigentes do mercado de vender as “bancas” a outras pessoas. “Nós somos vendedores de tomate e o nosso sector foi entregue a pessoas que vendem laranjas. Quando levantamos o problema, somos ameaçados”, lamentou uma vendedeira.
Referir que falhou, na segunda e terça-feira desta semana, a jornada de limpeza do Mercado Grossista devido a relatos sobre a alegada perda de “bancas” caso os vendedores aceitassem a medida.