A falta de segurança impede o regresso de 1500 famílias deslocadas das aldeias situadas no interior da Reserva Especial do Niassa (REN), permanecendo, neste momento, acolhidas na Escola Secundária de Mecula-sede. Trata-se de famílias das comunidades de Macalange, Mbamba, Ncute, entre outras, que, alegando deficiente apoio humanitário, pretendem regressar às suas aldeias.
“As pessoas dizem que querem voltar, mas o governo não aceita porque as condições de segurança não são favoráveis”, disse uma fonte local.
Entretanto, um funcionário do Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social afirmou que o governo e os parceiros têm prestado ajuda humanitária dentro das condições existentes, incluindo assistência médica.
Segundo o mesmo funcionário, na semana passada uma equipa da saúde ofereceu vários serviços aos deslocados, incluindo o rastreio de tuberculose e HIV, bem como palestras sobre planeamento familiar.
Recorde-se que o Presidente da República, Daniel Chapo, manifestou durante a visita à Tanzânia a sua confiança nas operações em curso levadas a cabo pelas Forças de Defesa e Segurança (FDS), após a recente incursão terrorista na Reserva Especial do Niassa, afirmando que estas estão a atingir os objectivos traçados.
O estadista moçambicano defende que a intenção do governo é transformar a Reserva do Niassa num destino turístico de excelência. “Gostaríamos que aquela reserva continuasse a ser um destino turístico”, afirmou o chefe de Estado, numa conferência de imprensa no fim da sua visita à Tanzânia.
Importa sublinhar que, além de danos causados após ataque a infra-estruturas turísticas na Reserva Especial do Niassa, seis pessoas perderam a vida e outras contraíram ferimentos, estando sob cuidados intensivos na capital do país.