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6 de May, 2025

Professores acusam gestores escolares de barrarem actividade sindical em Nampula

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O coordenador da Associação Nacional dos Professores (ANAPRO) na Região Norte, Arnaut Ângelo Naharipo, acusou as direcções das escolas de impedirem o trabalho da organização, com base em alegações de que persegue fins políticos.

Naharipo disse, em declarações à Carta, que gestores de estabelecimentos de ensino têm impedido a interecção entre a ANAPRO e os professores, confundido a agremiação com um partido político.
Os responsáveis das escolas, prosseguiu, exigem “credenciais”, para permitirem o contacto com os profissionais da classe.

Apontou as escolas dos distritos de Nacala-a-Velha, Erati e Angoche, como os que têm colocado mais dificuldades ao trabalho associativo.

“Apesar da abertura do ano lectivo que contou com a presença do governador da província de Nampula e o director provincial do sector de educação, onde mostraram que as portas estão abertas para um trabalho coordenado, quando chegamos no terreno, a realidade mostra o contrário”, declarou Arnaut Ângelo Naharipo.

Naharipo acusou, particularmente, o director da Escola Básica de 19 de Outubro de ter “dado ordens”, para que o representante da ANAPRO não fosse recebido na instituição, alegando não ter recebido alguma informação da direcção dos serviços distritais.

O referido director justificou a decisão alegadamente porque não recebeu “informações dos Serviços Distritais de Educação”, apesar de a ANAPRO ser uma entidade independente do governo.

Aquela organização submeteu um pedido de informação ao sector de educação de Erati há bastante tempo, mas ainda recebeu resposta.

“Ainda não temos despacho, uma acção que se arrasta desde o ano passado, situação que viola a Lei do Direito de Acesso à Informação”, afirmou Arnaut Ângelo Naharipo.

Naharipo adiantou que a sua organização vai recorrer a outras instâncias, para obrigarem os gestores escolares a pararem de bloquear as actividades da agremiação.

O coordenador da ANAPRO da Região Norte avançou que um despacho oficial exarado ao abrigo da sindicalização da Função Pública autorizou a organização a realizar livremente as suas actividades

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