A investigação do assassinato da antiga vereadora de Administração e Finanças no Conselho Municipal de Maputo, Célia Cumbe, encontrada morta com o rosto carbonizada na sua residência na Matola, a 5 de Março deste ano, pode ser reaberta a qualquer momento se houver vontade para tal, disse ontem à “Carta” um renomado causídico criminalista.
Esta semana, “Carta” noticiou o encerramento das investigações, citando a Procuradora-Chefe da Província de Maputo, Evelina Gomane, que alegou “falta de provas”. Gomane disse que não foram encontrados elementos incriminatórios contra alguém em particular, nem sequer o Ministério Público conseguiu descortinar se a morte da vereadora foi “por acidente ou homicídio”. “O caso pode ser reaberto a qualquer momento, até porque podem surgir novas pistas”, disse o advogado.
O encerramento oficial das investigações deixou a família da finada apavorada. Aliás, ela nem sequer foi notificada do encerramento. Fonte familiar disse à “Carta” que, desde que Célia Cumbe foi encontrada sem vida, os investigadores apenas contactaram-na uma vez. Uma fonte próxima da investigação disse à “Carta” existirem indícios apontando para uma investigação “bloqueada ou negligente”.(Carta)