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1 de Julho, 2021

Agressão física a jornalistas em Nampula “foi involuntária” – diz Comandante da Polícia Municipal

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Vinte e quatro horas depois de ter recebido jornalistas com “insultos” e a “pauladas”, o Comandante da Polícia Municipal de Nampula, António Oliveira Maneque, chamou a imprensa para afirmar que a acção testemunhada na tarde da última terça-feira não foi voluntária e que tudo não passou de um “incidente”.

 

Segundo Maneque, que integrou o grupo de agentes da Polícia Municipal de Nampula que agrediu psicológica e fisicamente quatro jornalistas de diferentes órgãos de comunicação social baseados naquela autarquia, o acto não constitui atentado às liberdades de expressão e imprensa, pelo que entende não haver motivos para a responsabilização criminal dos agentes.

 

“Não posso considerar isso como se fosse um atentado à liberdade de imprensa, porque não foi uma situação voluntária, mas sim um incidente”, disse a fonte, para quem os três activistas sociais (que supostamente estavam detidos) são os principais responsáveis pela situação.

 

Lembre-se que os quatro jornalistas foram agredidos após se deslocarem ao edifício-sede da Polícia Municipal e Fiscalização, com o objectivo de apurar a veracidade dos factos postos a circular sobre uma suposta detenção ilegal de três jovens activistas que repudiaram, num programa de televisão, a postura da Polícia Municipal de Nampula.

 

Sem “necessidade” de responsabilização criminal, Oliveira Maneque, quadro sénior da Polícia da República de Moçambique (PRM) – foi porta-voz do Comando Provincial da PRM em Nampula e Comandante Distrital em Malema – avançou que a Polícia Municipal apenas fará um inquérito para saber quem esteve envolvido no caso.

 

Entretanto, o Núcleo Provincial do MISA-Moçambique, em Nampula, garante que dará seguimento ao caso. (Carta)

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