O Niassa Lion Project (NLP) retomou no domingo (15) as suas actividades de conservação na Reserva Especial do Niassa (REN), após uma pausa forçada devido aos ataques terroristas ocorridos em Abril e Maio deste ano.
Os ataques resultaram na morte de colaboradores da organização, para além de consideráveis danos materiais (infra-estruturas), comprometendo os esforços milionários de conservação acumulados ao longo de anos.
Numa primeira fase, a equipa retornou à reserva com pelo menos sete viaturas para apoiar os trabalhos de campo.
Um comunicado publicado na página de Facebook da organização dá conta de que já começaram os trabalhos de restauração do Centro Ambiental de Mariri. No entanto, o Niassa Lion Project reconhece que a recuperação da área será um processo longo.
Apesar disso, a equipa manifesta esperança, destacando a presença contínua de animais selvagens na região, mesmo após os episódios de violência.
“Estamos de volta ao ponto de partida e, quando entramos com sete veículos, vimos elandes, impalas, elefantes, búfalos, leões e hienas. A vida selvagem recuperou-se substancialmente desde a nossa última presença na área, em parceria com Mbamba e a Reserva Especial do Niassa”, destaca a nota.
No comunicado, o Niassa Lion Project voltou a lamentar a perda dos seus quatro colaboradores, durante a incursão terrorista, acrescentando que marcas de balas ainda são visíveis em algumas das infra-estruturas.
A Reserva Especial do Niassa é uma das mais importantes áreas de conservação de Moçambique, onde o Niassa Lion Project actua na gestão da flora e fauna ameaçadas pela intervenção humana, como a caça furtiva.