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8 de May, 2025

Município de Nampula dá 30 dias aos vendedores informais para saírem dos passeios

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O presidente do município de Nampula, terceira maior cidade de Moçambique, concedeu um mês aos vendedores informais, para deixarem as bermas das estradas, tendo ameaçado com o recurso à força, para o cumprimento da decisão, depois do prazo.

Luís Guiquira justificou a medida, que anunciou na terça-feira (05), com o facto de o negócio informal nos passeios da cidade estar a verificar-se desde o tempo em que a urbe era dirigida pelo seu antecessor Paulo Vahanle.

“Nós queremos apelar e reunir com os nossos vendedores informais desta cidade, não estamos a dizer que iremos acabar com o comércio informal. Pretendemos trabalhar gradualmente no sentido de eles libertarem esses espaços”, afirmou Guiquira.

O governo municipal quer reabilitar o sistema de saneamento, o que não é possível com a colocação de bancas improvisadas nas bermas das vias de acesso, acrescentou.

Para que os vendedores informais continuem a desenvolver a sua actividade, serão reabilitados alguns mercados da cidade, avançou o autarca.

“Temos muitas ‘bancas’ [nos mercados autorizados] que estão desocupadas. E a retirada destes vendedores vai ajudar no cumprimento do código de postura municipal, porque temos notado a proliferação de lixo nesta cidade”, declarou Luís Guiquira.

Guiquira ordenou os fiscais do município para fazerem cumprir o código de postura municipal, enfatizando que as regras devem ser cumpridas.

“Essa terra tem regras e não podemos admitir que ela funcione de forma desregrada. Por isso, exortamos o sector de fiscalização para que reforce as campanhas de sensibilização aos nossos vendedores, porque só assim, iremos desenvolver a nossa autarquia”, sublinhou.

O presidente do município de Nampula anunciou ainda que a edilidade vai desencadear uma série de actividades com destaque para o tapamento de buracos, ao longo da avenida Paulo Samuel Kankhomba, principalmente no mercado Novo.

“Já teríamos iniciado o tapamento de buracos neste troço, mas os que estão a dificultar são pessoas que vendem nas imediações do mercado. Vamos conversar com eles para a libertação da rodovia, no sentido de facilitar o nosso trabalho”, frisou.

A venda de bens diversos nos passeios é prática normal nas principais cidades moçambicanas e a tentativa das autoridades municipais de acabarem com o fenómeno sempre encontrou resistência dos vendedores informais, maioritariamente jovens desempregados e sem alternativas de sobrevivência.

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