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9 de Abril, 2025

Mais de 10 boias vandalizadas e prejuízos de 55 mil euros em porto de Moçambique

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As autoridades moçambicanas estimaram hoje em 55 mil euros os prejuízos da vandalização e roubo de mais de 10 boias de sinalização no canal de acesso ao porto de Quelimane, província Zambézia, centro do país.

“Neste momento estamos com 10 boias, das 24, vandalizadas no porto [de Quelimane]. O que significa uma boia vandalizada? É extraída a lanterna que dá a luz ou sinal, o painel que alimenta as baterias para fornecer corrente e as próprias baterias”, disse o presidente do conselho de administração do Instituto de Transporte Marítimo (Itransmar), Unaite Mustafa, em entrevista à Lusa.

O problema decorre das vandalizações e roubos de baterias, painéis solares e iluminação das boias de sinalização no acesso ao porto marítimo de Quelimane, comprometendo também a navegação.

De acordo com o instituto público moçambicano Itransmar, autoridade reguladora do transporte marítimo, os roubos ocorreram nos meses de Dezembro de 2024 e Janeiro deste ano, em que se calcula um prejuízo de cerca de 60 mil dólares (55 mil euros), após novo equipamento moderno ter sido montado entre 2021 e 2022.

“Significa que para a navegação noturna no canal de Quelimane, neste momento, com estas [mais de] 10 boias vandalizadas, é um processo bastante complicada e não recomendamos”, disse Unaite Mustafa.

O responsável apelou ao fim das vandalizações e roubos dos materiais que auxiliam a navegação e acesso ao porto, indicando que prejudicam a economia do país.

“Não é a primeira vez que registamos vandalizações de equipamentos de ajuda de navegação, no caso boias (…) tivemos nos anos passados e já decorreram processos criminais com detenções e julgamento e sempre foram pescadores artesanais, pessoas que vivem próximos aos rios vão lá desmontam os materiais”, apontou.

Na mesma entrevista, o presidente do Itransmar indicou que o instituto pretende entregar até meados de junho as obras de montagem de sinalização marítima ao canal do porto de Chongoene, na província de Gaza, sul do país.

“A nossa prioridade agora é olhar para o porto de Chongoene. Estamos a trabalhar para a sinalização num projeto de raiz (…) já terminámos as definições da linha de costa e nas próximas semanas iremos avançar para os levantamentos hidrográficos para avaliação das profundidades que a área de jurisdição portuária tem”, disse Mustafá.

“É um processo novo, nunca antes Chongoene ou a província de Gaza tinha tido um porto (…) a nós cabe-nos desenvolver ações de sondagem, definição da linha de costa e concluiremos com a parte física que é a sinalização do canal de acesso ao porto”, acrescentou Mustafá, garantindo haver equipamentos para a referida sinalização.

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