Vendedores de material escolar queixam-se da fraca procura e consideram que o facto se deve ao não pagamento do 13º salário. Aliás, os funcionários públicos fazem parte da classe social com algum poder de compra.
“Apesar de estarmos num período em que a procura por material escolar atinge o pico, para este ano a situação mostra o contrário. O material escolar não está a sair como tem sido hábito a estas alturas do ano e as manifestações e a falta do pagamento do 13º salário podem ter alguma influência”, sublinhou João Francisco.
Outro entrevistado, Gonçalves Carvalho, disse que o governo tem a responsabilidade de colocar fim às manifestações de forma a devolver a estabilidade, visto que a educação é a chave da sociedade. Chande Ali, vendedor de pastas escolares, vulgo mochilas, partilha o mesmo sentimento: falta de poder de compra associada ao não pagamento do 13º salário aos funcionários públicos.
“A situação não é das melhores, razão pela qual não consigo vender uma boa quantidade, mas consigo algo para alimentar a minha família com as poucas vendas”, disse Chande.
Amadeu Amade, vendedor de estojos e esferográficas, lamenta a fraca procura e diz que os clientes apenas passam para consultar os preços. Contudo, a maioria dos vendedores ambulantes alimenta esperança de que a situação poderá ter outro rumo nos próximos dias. (Carta)