Foi durante uma parada militar realizada no último domingo, em Mueda, província de Cabo Delgado, perante militares de várias subunidades e escalões, que Eugénio Mussa, Major-general do exército moçambicano disse: “2021 terá de ser o ano decisivo para resolvermos o pendente que temos que é o de aniquilar os contra-pátria”.
Mussa avançou: “temos de destrui-los, porque não podemos mais continuar com este problema. Há muita gente que pensa que estar em Cabo Delgado e em Mueda particularmente é o fim do mundo, porque anda sendo enganada pelas redes sociais. São essas informações que afugentam as pessoas”.
O Major-General disse que tudo está a ser feito para que a vida volte à normalidade também nos distritos de Macomia, Mocímboa da Praia, Muidumbe, Quissanga, parte de Palma e nos outros distritos assolados pelos ataques terroristas desde Outubro de 2017, sendo que se espera que as ofensivas das Forças de Defesa e Segurança (FDS) possam devolver a vida à normalidade.
Os ataques terroristas em Cabo Delgado, que já dizimaram mais de duas mil vidas e provocaram cerca de 570 mil deslocados internos, têm mostrado diversas facetas e metamorfoses como as últimas incursões terroristas nas proximidades de Afungi, no distrito de Palma, a “sede do gás da bacia do Rovuma”.
Facto é que para além da TOTAL ter evacuado os seus trabalhadores do respectivo acampamento, alegadamente devido à eclosão da Covid-19 e à insegurança, segundo o comunicado da companhia, houve também uma invulgar agitação da população na aldeia Namandingo, na Maganja da Costa, quando uma brigada das FDS se dirigiu àquele local para protegê-la. Os populares agitados fugiram para as matas. Entretanto, tudo viria a normalizar-se.
Nos últimos dias, em Palma – mais precisamente na aldeia de Monjane (Mondlane) –uma pessoa foi morta pelos terroristas, 40 casas de construção local foram destruídas e algumas pessoas foram raptadas, tendo sido horas depois libertadas.
Para além das zonas acima referidas, também a aldeia de Olumbi foi atacada, além de ter havido uma tentativa de ataque à vila de Quitunda, conforme contaram à nossa reportagem fontes locais. (O.O)