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4 de Maio, 2023

Moçambique como porta para negócios Japoneses

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O ministro de Estado dos Negócios Estrangeiros do Japão, Kenji Yamada, descreveu terça-feira Moçambique como uma excelente porta de entrada na África Austral para os investidores nipónicos. Considerou ainda que Moçambique é um parceiro estratégico do Japão devido ao enorme potencial dos seus recursos naturais, nomeadamente das suas reservas de gás natural, bem como à sua localização geoestratégica.

Yamada falava em Maputo a jornalistas moçambicanos logo após uma visita à Central Térmica de Maputo (CTM), uma infra-estrutura eléctrica financiada pelo governo japonês.

O governo japonês e as empresas nipónicas, disse, “estão interessados em Moçambique que é uma porta de entrada para a região do sudeste africano”.

A visita de Yamada antecede a do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, que chegou ontem à noite a Maputo, acompanhado de uma delegação de 54 pessoas, entre as quais representantes de empresas japonesas de sectores como a construção, banca e comércio.

Kishida deverá participar no Fórum Empresarial Moçambique-Japão, e visitar o Porto de Maputo e o Parque Industrial de Beluluane, no distrito de Boane, onde está instalada a fundição de alumínio da Mozal.

“Através desta oportunidade, queremos aprofundar nosso entendimento mútuo sobre as demandas e oportunidades de negócios e obter alguns resultados concretos”, disse Yamada.

Acrescentou que a “Colaboração Público-Privada” foi um dos temas mais importantes abordados durante a oitava Conferência Internacional de Desenvolvimento Tóquio-África (TICAD-8), realizada na Tunísia em agosto de 2022. Yamada acredita que a visita de Kishida a Moçambique ajudará a fortalecer a cooperação entre o Japão e a África.

O director para o desenvolvimento de negócios da empresa pública de electricidade de Moçambique, EDM, Pedro Ngueleme, sublinhou o investimento japonês de 180 milhões de dólares para a construção da CTM, que considerou uma das mais modernas centrais de África.

A CTM gera cerca de 106 megawatts de potência, que responde essencialmente às necessidades da cidade de Maputo. Ngueleme disse que a EDM pretende desenvolver outros projectos com o Japão, incluindo uma segunda fase da CTM, que poderá gerar mais 100 megawatts. (AIM)

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