A cidade de Maputo registou quatro casos de rapto durante os primeiros cinco meses deste ano, contra oito em igual período do ano passado, segundo informações divulgadas pelo porta-voz interino do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), João Adriano.
De acordo com a fonte, as autoridades continuam a desenvolver diligências para neutralizar as redes criminosas envolvidas neste tipo de crimes e esclarecer outros casos associados.
Embora tenham ocorrido detenções no âmbito das investigações, o número exacto não foi revelado, para não prejudicar o curso das investigações e evitar comprometer a identificação de outras pessoas envolvidas.
“Tivemos o registo de quatro raptos na cidade de Maputo e o trabalho que foi feito até este momento culminou com algumas detenções, cujo número gostaríamos de não partilhar especificamente”, disse.
Apesar da ocorrência dos quatro casos, o SERNIC destaca uma redução significativa do número de raptos, para a metade, em comparação com os anos anteriores. Segundo o porta-voz, a queda deve-se ao reforço das operações conjuntas entre o SERNIC e outras Forças de Defesa e Segurança.
“Sentimos que este ano houve uma redução, comparativamente ao ano passado. Os casos de rapto na cidade de Maputo tendem a reduzir e, como podemos notar, até este último caso foi imediatamente esclarecido”, avançou.
Quanto ao último rapto, ocorrido no passado dia 27 de Maio do ano em curso, envolvendo uma vítima menor de oito anos de idade, na cidade de Maputo, falando à AIM, a fonte avançou que a vítima já foi resgatada e se encontra no convívio familiar.
“Felizmente, a criança foi encontrada em bom estado de saúde, embora estivesse debilitada porque durante aquelas horas todas não teve acesso à água nem a outro tipo de alimento. No entanto, depois do resgate, naturalmente, a família fez o seu trabalho no sentido de conseguir restaurar a condição física e emocional”, disse.
Explicou que, em conexão com o caso, foi detido um antigo motorista da família e foram apreendidas uma arma de fogo do tipo pistola e uma outra arma branca.
“Devemos ter cuidado com as pessoas com quem trabalhamos ou que prestam serviço nas nossas residências. É preciso avaliar a conduta, é preciso saber o que se partilha e o que não se partilha com elas”, recomendou. (AIM)