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A Procuradoria-Geral da República (PGR) aplicou a medida de Termo de Identidade e Residência (TIR) a Dinis Tivane, principal assessor do ex-candidato Presidencial Venâncio Mondlane, num processo movido pelo Ministério Público que está ligado às manifestações pós-eleitorais.
Tivane foi ouvido esta segunda-feira pela PGR, tendo sido formalmente constituído arguido e imposta a medida de coacção de Termo de Identidade e Residência, por via da qual não se pode ausentar da sua residência por mais de cinco dias sem comunicar às autoridades competentes.
A decisão foi tomada na noite de ontem, depois de uma audição que iniciou a meio da manhã e que está relacionada com a instrução dos processos inerentes às manifestações violentas ocorridas na sequência das eleições legislativas e gerais de 2024.
Numa publicação na sua página da rede social Facebook, Tivane disse que o interrogatório, que terá sido conduzido pelo Gabinete Central de Combate ao Crime Organizado e Transnacional, durou nove horas.
“As perguntas feitas giraram à volta das manifestações”, acrescentou o principal aliado de Mondlane, ex-candidato presidencial.
Mondlane também está sob medida de Termo de Identidade e Residência desde 11 de Março, dia em que também foi interrogado pelo Ministério Público no âmbito de um dos processos acusados contra si na sequência das manifestações pós-eleitorais.
O ex-candidato presidencial liderou uma onda de protestos contra os resultados das eleições 09 de Outubro em Moçambique, a pior contestação que o país conheceu desde as primeiras eleições multipartidárias (1994).
Quase 400 pessoas perderam a vida em resultado de confrontos entre a polícia e os manifestantes, segundo dados de organizações da sociedade civil, degenerando, igualmente, em saques e destruição de empresas e infra-estruturas públicas.
