Moçambique celebra, hoje, 03 de Fevereiro, o Dia dos Heróis Nacionais, uma das datas mais importantes da história do país. A data foi instituída para homenagear todos cidadãos moçambicanos mortos durante a luta de libertação nacional e coincide com a data da morte do líder fundador da Frente de Libertação de Moçambique – movimento que lutou pela libertação do país do julgo colonial português –, Eduardo Mondlane.
Naquela que foi a primeira cerimónia do Estado dirigida por Daniel Francisco Chapo, enquanto Presidente da República, o destaque vai para a ausência de Filipe Jacinto Nyusi, ex-Chefe de Estado. A cerimónia decorreu na Praça dos Heróis Moçambicanos, na cidade de Maputo.
Nyusi, lembre-se, deixou o cargo de Presidente da República no passado dia 15 de Janeiro, sendo que, desde essa data, só foi visto em público, em partidas de futebol recreativo, nos distritos de Mueda e Ibo, na província de Cabo Delgado.
Refira-se que as cerimónias dos dias 3 de Fevereiro (Dia dos Heróis Nacionais), 7 de Abril (Dia da Mulher Moçambicana), 25 de Junho (Dia da Independência Nacional), 7 de Setembro (Dia da Assinatura dos Acordos de Lusaka), 25 de Setembro (Dia do início da Luta Armada de Libertação Nacional) e 4 de Fevereiro (Dia da Assinatura dos Acordos de Roma) são oficiais, sendo dirigidas pelo Presidente da República e marcando presença todos titulares dos órgãos de Soberania e os antigos Chefe de Estado.
Na cerimónia desta segunda-feira, que durou pouco mais de 60 minutos, os dois anteriores Chefes de Estado, Joaquim Alberto Chissano e Armando Emílio Guebuza, marcaram presença. Também marcou presença Albino Forquilha, o Presidente do PODEMOS, o maior partido da oposição resultante das eleições gerais de 2024.
Aliás, para além de ter faltado à cerimónia do Dia 03 de Fevereiro, Filipe Nyusi sequer publicou uma mensagem nas suas redes sociais, alusiva à esta data. Até às 12h30m, de hoje, as páginas oficiais do ex-Presidente da República não tinham quaisquer conteúdos relacionados ao Dia dos Heróis Nacionais. (Carta)