Comunicado de Imprensa
Maputo – 10 de abril de 2020
Diversos movimentos sociais, sindicatos, activistas sociais, académicos, artistas e outros grupos e organizações da sociedade civil moçambicana tornam público hoje [sexta-feira], 10 de abril, um documento de posicionamento e análise sobre as possíveis implicações do Estado de Emergência para cidadãos moçambicanos. O documento apresenta uma série de demandas e propostas para o governo a curto, médio e longo prazo e inclui um plano de acção a ser implementado pela sociedade civil nos próximos meses.
Este colectivo apresenta uma resposta articulada, com a missão de manter uma atitude vigilante, crítica e construtiva a respeito das diferentes acções do governo e demais agentes socio-económicos. Pretende, igualmente, colaborar com o governo para a massificação da disseminação de informações úteis aos cidadãos sobre o COVID-19, assim como promover activamente acções e iniciativas de solidariedade, empatia e cidadania entre todos e todas com vista a vislumbrar esta situação de pandemia e consequentes crises como uma oportunidade de fortalecer o nosso tecido social de forma inclusiva e participativa.
Nazira de Deus, do Fórum Mulher (FM), alerta para a necessidade do reforço, durante o Estado de Emergência, de mecanismos de atendimento, acompanhamento e actuação rápida por parte das entidades competentes em situações de violência doméstica e abuso sexual, uma vez que estes fenómenos tendem a aumentar em resultado do exacerbar das tensões sociais.
O documento sugere ainda que é necessário repensar, neste contexto, o papel e as funções do Estado na economia e na sociedade moçambicana. Segundo João Mosca, do Observatório do Meio Rural (OMR), é preciso que se abandonem as teorias neoclássicas que sugerem minimizar o papel do Estado na economia e no mercado. Para ele, é necessário, neste contexto, fortalecer as estruturas de governação e praticar-se uma cidadania activa, que recupere a confiança nas instituições do Estado, o que é fundamental para a redução de efeitos de pandemias e outras crises.
De acordo com Anabela Lemos, da Justiça Ambiental, esta crise vem ressaltar as conexões e desconexões de uma sociedade profundamente injusta, e pensando que certamente não será a última, devemos aproveitar esta oportunidade para olhar para o futuro do país, tendo em conta certos aspectos, tal como a desigualdade cada vez mais exacerbada no nosso país e no mundo, resultado de um sistema socio-económico de desenvolvimento e acumulação de capital que depende da exploração dos(as) trabalhadores(as) e da natureza. Defende que é necessário também repensarmos o poder e benefícios que se dá às empresas no nosso país, em particular as transnacionais.
Para Luís Muchanga, da União Nacional de Camponeses (UNAC), esta crise também oferece a Moçambique a oportunidade de se trabalhar para assegurar a nossa soberania alimentar, que, necessariamente, deve passar pelo apoio e empoderamento dos pequenos agricultores(as) e camponeses(as), de forma a aumentarem a sua produtividade com métodos e práticas que não ameacem a saúde publica, o meio ambiente ou a biodiversidade.
O documento da sociedade civil foi assinado por diversas entidades da sociedade civil, permanece aberto para mais subscrições (tanto de organizações como de indivíduos), e pode ser lido na íntegra neste endereço: https://aliancac19.wordpress.com/
Para mais informações:
Anabela Lemos: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. (Justiça Ambiental)
Boaventura Monjane: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. (Alternactiva)
João Mosca: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. (Observatório do Meio Rural)
Luís Muchanga: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. (União Nacional de Camponeses)
Nzira de Deus: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. (Fórum Mulher)
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A empresa pública Aeroportos de Moçambique diz ter já comunicado os bancos que não poderá continuar a pagar a dívida de cerca de 500 milhões de USD, contraída desde 2006 para modernizar várias infra-estruturas aeroportuárias. Em causa, o Administrador Financeiro da ADM, Saide Júnior, apontou os prejuízos provocados pelo novo coronavírus (Covid-19), que não permitem a empresa honrar com os seus compromissos com os credores.
Em entrevista, há dias, à televisão pública, Júnior explicou que, por causa do cancelamento de dezenas de voos internacionais, grande parte feito por companhias estrangeiras e, por consequência, diminuição drástica da demanda do transporte aéreo (em finais de Março último, a procura caiu de 172 mil para 88 mil passageiros), a empresa perde por mês (a partir de Fevereiro passado) 2 milhões de USD em receitas.
Aquele gestor avançou ainda que, caso a crise provocada pela Covid-19 se prolongue por nove meses (uma perspectiva pessimista), o prejuízo da empresa atingirá 3.2 milhões de USD por mês.
Diante dessa incerteza, Júnior, que é também porta-voz da empresa, disse que a ADM já informou os credores que não poderá continuar a pagar a dívida nos termos anteriormente previstos. “Já endereçamos carta aos bancos, a informar que vamos enfrentar dificuldades em honrar com os compromissos que nós temos em termos financeiros”, disse a fonte.
Em caso de maior agravamento da crise, a ADM poderá também não poder assalariar os 800 trabalhadores. Em relação a esse assunto, Júnior acrescentou que a empresa que dirige solicitou também um pedido de apoio aos bancos para que, assim que for necessário, assegurem os salários dos funcionários.
Igualmente, “escrevemos aos bancos, solicitando que nos apoiem, caso esses problemas se alastrem ao ponto de nós termos problemas de pagar salários e mantermos a operação a um nível moderno de qualidade e segurança”, disse o porta-voz da ADM. Todavia, como prioridade, Júnior apontou a compreensão dos credores na reestruturação da dívida para retomar o pagamento assim que a crise passar.
Dados do Ministério da Saúde (MISAU), referentes a esta terça-feira (07), indicam que há uma semana que o país não regista novos casos de infecção pelo novo coronavírus, mantendo-se com os anteriores 10 (um já recuperado), dum total de 424 testes feitos. O MISAU reporta ainda que em quarentena domiciliar estão 7.6 mil passageiros. (Evaristo Chilingue)
A pandemia provocada pelo novo Coronavírus (Covid-19) está a causar prejuízos avultados à empresa pública Aeroportos de Moçambique (ADM). Segundo o Administrador Financeiro e também porta-voz da empresa, Saide Júnior, o prejuízo mensal atinge 2 milhões de USD.
“O prejuízo é grande. De Dezembro para Janeiro, o impacto da doença não foi notável, mas em Fevereiro começamos a sentir e, em Março, foi o pico dos prejuízos. Neste momento, o prejuízo ronda em cerca de 2 milhões de USD por mês”, respondeu Júnior em entrevista esta quarta-feira (01 de Abril), à Televisão de Moçambique.
De acordo com o porta-voz dos ADM, os prejuízos avultados resultam da redução drástica da procura pelo transporte aéreo. Explicou que, em Janeiro deste ano, a demanda era de cerca de 172 mil passageiros, mas devido às fortes medidas restritivas de deslocações adoptadas por vários países em todo o mundo, para prevenir a doença, em Fevereiro a procura caiu em cerca de 51 mil passageiros.
“Portanto, saímos de 172 mil passageiros para cerca de 121 mil passageiros, uma diminuição de 30%. O pico registou-se principalmente nas últimas duas semanas de Março, período em que apenas contabilizamos cerca de 88 mil passageiros, uma redução de perto de 50%, em relação a Janeiro”, detalhou Júnior.
Segundo o porta-voz dos ADM, a redução do número dos passageiros levou ao cancelamento de grande parte dos voos efectuados por companhias estrangeiras. Dessas, destacou a TAP Air Portugal qua fazia quatro voos por semana, a Qatar Airays e a Turquish Airlines que realizavam três voos por semana cada, e a Kenia Airways que reduziu para um voo por semana.
“A SA Airlinks fazia sete voos semanais para a cidade da Beira, nove para Vilankulo, quatro voos para Tete, três para Nampula e quatro voos para Pemba. Contudo, o maior cancelamento feito pela SA Airlinks foi na rota Maputo-Joanesburgo, onde abortou os três voos diários que fazia, o que totaliza 21 cancelamentos. Isto sem falarmos da LAM que também cancelou 21 voos mensais para a África do Sul, na razão de três por dia”, acrescentou Júnior, omitindo o número de voos cancelados pelas companhias TAAG e Ethiopian Airlines.
Além dos prejuízos advindos da diminuição de voos e passageiros, os ADM vêem-se também prejudicados pelo facto de as empresas que arrendam lojas nos aeroportos estarem a fechar por falta de clientes.
“Como consequência, em quase todos os aeroportos, os lojistas solicitam o encerramento temporário das lojas. Entretanto, para que os concessionários não saiam dos aeroportos, quando a situação normal retomar, vamos negociar, pedindo um plano de amortização concreto e realista”, explicou a fonte.
Júnior assegurou durante a entrevista que, caso os prejuízos se agravem, os ADM não vão fechar nem despedir trabalhadores, devido às projecções optimistas que fazem da retoma da actividade normal dentro de três meses.
“O cenário optimista é que isto passe em menos de três meses e aí a LAM, a Ethiopian Airlines (que actualmente funcionam a 50%) e as restantes companhias vão retomar de forma tímida, mas até o fim desse período elas poderão recompor-se totalmente e, nesse contexto, o prejuízo será de cerca de 1.2 milhão de USD”, concluiu o porta-voz dos ADM. De referir que, até à data, a doença obrigou à quarentena de 5.3 mil passageiros.
Desde 22 de Março passado, data em que se anunciou o primeiro caso de infecção pela Covid-19, até esta quinta-feira (02 de Abril), o país contava com 10 cidadãos infectados pelo Coronavírus, dos 302 testados. (Evaristo Chilingue)
Num contexto em que as principais provas, campeonatos e competições desportivas se encontram suspensas por conta do avanço da pandemia do COVID-19 e sem datas previstas para o seu retorno, a SuperSport renovou a sua grelha de canais oferecendo aos Clientes GOtv e DStv a possibilidade de recordarem os seus momentos desportivos favoritos.
Os amantes do futebol podem através do canal Supersport Máximo 1, disponível a partir do pacote Grande Mais, reviver as emoções da Liga Inglesa e Liga dos Campeões da UEFA. O canal Máximo 2 oferece a oportunidade aos Clientes reviverem as maiores proezas do desporto Motorizado, Atletismo, Ciclismo, Boxe e outros. No canal Máximo 360, disponível a partir do Pacote Fácil, os Clientes poderão recordar os maiores momentos do futebol.
No canal SuperSport 7, agora em aberto no pacote DStv Fácil, os Clientes poderão reviver o Melhor Futebol com uma mistura de Liga Inglesa, Liga dos Campões da UEFA, Liga Espanhola, Liga Italiana e alguns Documentários clássicos da FIFA.
Os Clientes GOtv podem reviver os momentos épicos do desporto através dos seus renovados canais Supersport Select 1 a Select 05 bem como no Supersport Máximo 360.
Durante este período de reduzida actividade desportiva, os Clientes DStv e GOtv tem razões suficientes para ficarem entretidos no conforto das suas casas.
Maputo, Moçambique – O Banco Único anuncia que o seu PCE, António Correia, deixou o Banco no final de Março 2020. António Correia que fez parte da equipa fundadora do Banco Único, desde a sua fase de projecto em 2010, deixou agora o Banco Único e o Grupo Nedbank, por motivos pessoais.
Relembramos que o Banco Único foi inaugurado em 2011 e rapidamente evoluiu da 18ª posição, para se tornar no 6º maior Banco do País, em apenas 16 meses. Inequivocamente classificado como um dos maiores Bancos em Moçambique é hoje, o Banco Moçambicano mais premiado internacionalmente, contando no seu portfólio com perto de 50 distinções internacionais.
António Correia foi nomeado PCE - Presidente da Comissão Executiva do Banco Único, em Março de 2015. E no exercício do seu mandato como PCE foi premiado como o Melhor CEO da Banca em Moçambique, pelo Global Business Outlook em 2016 e, pela revista Global Banking and Finance Review, recentemente em 2019. Com uma vasta experiência de Banca em Moçambique, exerceu funções no Standard Bank de Moçambique durante quase 10 anos e 3 anos no Millennium BIM, na altura, o maior banco de Moçambique.
Abdul Magid Osman, Presidente do Conselho de Administração (PCA) do Banco Único afirmou que: “Queremos agradecer ao António Correia pela sua excelente liderança no Banco Único e pela sua contribuição global para o crescimento do Único, desejando-lhe sucesso para os seus projectos futuros.”
Terence Sibiya, Presidente Executivo do Grupo Nedbank para Africa Regions afirma que “António Correia foi um membro fundamental da equipa que conduziu o Banco Único, com perícia, até à posição que o mesmo ocupa hoje. Por isso, somos gratos pela sua liderança dos últimos 5 anos. Para o futuro, o Conselho de Administração do Banco Único iniciou o processo de nomeação um novo Presidente da Comissão Executiva. Tendo entretanto, o prazer de anunciar que a Dra. Elsa Graça, actual COO do Banco Único foi nomeada Presidente da Comissão Executiva Interina”.
Elsa Graça conta com mais de 20 anos de experiência de trabalho no sector bancário, incluindo no seu percurso várias funções executivas no Banco Santander, em Portugal. Estas novas responsabilidades foram assumidas por Elsa Graça desde o dia 1 de Abril 2020.