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4 de May, 2022

Altos custos limitam competitividade de portos nacionais – defende CTA

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A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) diz que os corredores de transporte no país, com destaque para portos, são muito caros, em relação aos portos doutros países da região. Como consequência, a agremiação afirma que o facto limita a competitividade das infra-estruturas.

 

Estas declarações vêm contidas numa publicação recente da instituição sobre a robustez das empresas privadas nacionais. “Pela sua localização geográfica privilegiada, os corredores de transporte promovem o comércio nacional e internacional, por via de infra-estruturas integradas de transporte e logística, através de uma rede formada de portos, estradas, ferrovias, oleodutos, bem como operadores logísticos. Apesar desta proximidade aos países do hinterland, os custos de transporte têm sido uma limitante para o uso dos nossos corredores”, lê-se no documento.

 

Recorrendo a dados comparativos, a CTA demonstrou que o custo do transporte marítimo entre a China e Beira (centro do país) é de 11.4 mil USD, enquanto da China para Dar-es-Salaam (Tanzânia), o custo é de 7.6 mil USD. Ilustrou ainda que de Lusaka (Zâmbia), para Beira, o transporte de um contentor custa 3.6 mil USD contra 3 mil USD de Lusaka a Dar-es-Salaam.

 

Além de custos elevados, a agremiação aponta a manutenção deficiente de infra-estruturas, a capacidade limitada dos portos marítimos e o quadro regulatório incompleto, como outros factores que emperram a competitividade dos corredores nacionais.

 

Para mudar este cenário, a CTA apela à revisão das políticas e/ou regulamentos inerentes ao exercício das actividades de comércio internacional, bem como de acesso e utilização dos corredores de desenvolvimento do país, com vista a torná-los mais competitivos e atractivos a investimentos, tendo como referência as práticas adoptadas pelos portos e corredores de desenvolvimento da região.

 

“Melhorar a capacidade dos nossos portos relativamente ao manuseio de cargas, desembaraço, excesso de burocracia e corrupção, acesso ao corredor (estado das rodovias) e tempo de trânsito (devido à degradação das rodovias). Investir no estabelecimento de mais terminais aduaneiros nos diferentes corredores do país é um desafio a ter em conta”, lê-se no documento.

 

Por fim, a CTA recomenda a melhoria da interface no recinto portuário, que permita maior flexibilidade na rotação de material circulante, através do aumento de linhas de recepção. (Evaristo Chilingue)

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