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O Comité Central da Frelimo reúne-se a partir de hoje (03) até sábado (05), na cidade da Matola, província de Maputo, na sua quarta sessão, com uma ordem de trabalhos que poderá incluir o debate sobre uma nova composição da Comissão Política e do Secretariado da força política no poder em Moçambique.
A questão da nova estrutura da Comissão Política foi colocada pelo antigo ministro da Defesa Agostinho Mondlane, durante a terceira sessão extraordinária do Comité Central, realizada a 14 de Fevereiro, que elegeu Daniel Chapo como novo presidente do partido, e Chakil Aboobacar como secretário-geral.
Nessa reunião, Agostinho Mondlane interpelou a mesa do Comité Central (composto pela própria Comissão Política e liderada, na altura, por Filipe Nyusi), para questionar os pontos da agenda então propostos por aquele órgão.
Na aludida sessão, a Comissão Política levava para a reunião os seguintes pontos: eleição do novo presidente do partido, do secretário-geral e dos novos membros do Secretariado do Comité Central.
A ausência do ponto referente à eleição de uma nova Comissão Política preocupou alguns “camaradas”, que tiveram em Mondlane o seu “tubo de escape”.
No momento, Filipe Nyusi, então Presidente da Frelimo, não respondeu à preocupação de Agostinho Mondlane, mas no fim da reunião, “Carta” soube que a discussão da proposta foi adiada para a reunião desta semana.
A Comissão Política, refira-se, é eleita pelo Comité Central, de entre os seus membros, de acordo com o artigo 74 dos Estatutos da Frelimo.
Actualmente, a Comissão Política da Frelimo é composta por Daniel Chapo, Chakil Aboobacar, Alberto Chipande, Filipe Paúnde, Alcinda De Abreu, Verónica Macamo, Eneas Comiche, Margarida Talapa, Tomaz Salomão, Aires Ali, Ana Comoana, Francisco Mucanheia, Nyelete Mondlane, Esperança Bias, Damião José, Amélia Muendane e Celso Correia.
Integravam o órgão, eleito em Setembro de 2022, os falecidos Fernando Faustino e Manuel Tomé. São também membros da actual Comissão Política, mas sem direito a voto, Benvinda Levi e Feliz Sílvia.
Se a constituição de uma nova Comissão Política do partido no poder é um “elefante” por expulsar da Escola Central do partido Frelimo, a eleição dos membros do Secretariado do Comité Central é uma certeza.
Durante os três dias do encontro, os 254 membros efectivos do Comité Central deverão eleger os secretários para as áreas de Administração e Finanças, Comunicação e Imagem, Formação e Quadros, Assuntos Parlamentares, Governação Descentralizada e Autárquica, Mobilização e Organizações Sociais e Relações Exteriores.
Para além do processo eleitoral, o Comité Central deverá discutir o estágio político, social e económico do país, marcado por protestos pós-eleitorais, e fazer o balanço das VII Eleições Gerais e IV Provinciais, que conduziram Daniel Chapo à Presidência do país e a Frelimo a mais uma maioria no Parlamento.
