O Presidente do Conselho de Administração da Bolsa de Valores de Moçambique, Salim Valá, anunciou, na última sexta-feira (05), que a capitalização bolsista (principal indicador da bolsa) vai conhecer um crescimento significativo, passando dos actuais 19,4 para pouco mais de 20 por cento, até Dezembro do corrente ano.
A BVM conta, actualmente, com 11 empresas cotadas, devendo, tal como assegurou o PCA, vir a admitir mais duas ou três empresas, até Dezembro próximo. A garantia foi dada pelo Presidente do Conselho de Administração (PCA) da BVM, Salim Valá, durante o “Ciclo de Negócios do Mercado de Bolsa”, um evento organizado pela instituição, que reuniu todos os intervenientes do Mercado de Capitais.
“Estamos agora com 19,4%, e as nossas projecções indicam que, até ao fim do ano, podemos ultrapassar significativamente a faixa dos 20% de capitalização bolsista. Isto parece ser um rácio reduzido, mas temos de nos recordar que, em 2016, a nossa capitalização bolsista era de 8%. Temos 11 empresas cotadas, em 2016 eram quatro empresas e já chegaram a ser 13, mas duas empresas foram excluídas do mercado, por não disponibilizarem informação. O mercado é dinâmico e teremos, ainda este ano, duas a três empresas cotadas até fim de Dezembro, subindo de 11 para 14 ou 13 empresas”, avançou Salim Valá.
O volume de negócios ronda, actualmente, nos 9.470,04 milhões e o índice de liquidez está situado em 7,28%. Estão, actualmente, registados 220 títulos na Central de Valores Mobiliários (CVM).
A BVM rubricou um memorando de entendimento com a Associação de Comércio, Indústria e Serviços (ACIS). A formalização da relação entre as duas instituições tem o condão de abrir espaço para que mais empresas entrem no mercado bolsista. Para o PCA da BVM, a ACIS é um actor relevante no panorama económico nacional e parte significativa das empresas cotadas na Bolsa opera na área de serviços.
Por seu turno, Luís Magaço Júnior, Presidente da Associação de Comércio, Indústria e Serviços, entende que o memorando vai abrir caminho para “a ACIS trazer as empresas à Bolsa e a Bolsa às empresas. A nossa intenção é que as nossas empresas filiadas à ACIS encontrem outras alternativas de financiamento que não seja necessariamente o bancário, que se possam financiar através de outros instrumentos, nomeadamente o mercado de capitais”.
O evento debruçou-se sobre a operação da Bolsa; operação da Central de Valores Mobiliários; e a obrigatoriedade de prestação de informação ao Mercado e à BVM. (Carta)