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5 de December, 2024

Eleições 2024: Tribunal, Posto Policial, Penitenciária, Sede da Frelimo e outros locais vandalizados em Morrumbala

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O primeiro dia das manifestações populares, na sua “Fase 4×4” – designação atribuída pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane à nova etapa –, voltou a paralisar as actividades económicas, sociais e académicas em quase todo o país, com milhares de cidadãos a se fazerem à rua para uma nova onda de protestos contra os resultados eleitorais de 09 de Outubro.

 

Relatos vindos do distrito de Morrumbala, sul da província da Zambézia, indicam que um grupo de manifestantes vandalizou e saqueou bens em diversas instituições públicas e privadas. Entre os locais “visitados” pelos manifestantes estão o Posto Policial, o Tribunal Judicial do Distrito, a Sede do Partido Frelimo, a Assembleia Municipal, a Comissão Distrital de Eleições, o STAE distrital e as residências protocolares do Comandante Distrital da PRM e do Chefe dos Serviços Notariais e do Registo Civil daquele distrito.

 

O mercado municipal de Morrumbala também não escapou da fúria dos manifestantes. Os actos, protagonizados por jovens, precipitaram também o cancelamento dos exames finais da 10ª e 12ª classes, que decorrem esta semana em todo país.

 

Em todos os locais, para além de invadir, os manifestantes saquearam bens e depois atearam fogo. No caso da Penitenciária local, os manifestantes libertaram um total de 100 reclusos. Igualmente, apoderaram-se de duas viaturas da Polícia, com as quais realizaram passeatas pela vila-sede, exibindo também armas de fogo retiradas do Posto Policial.

 

Para além de invadir e incendiar instituições públicas e privadas, os manifestantes feriram o Comandante Distrital da Polícia, atingido por dezenas de pedras, atiradas pelo grupo. Aliás, o jornal Diário da Zambézia, editado em Quelimane, capital daquela província, avança ter havido mortes e feridos, mas sem precisar os números. A Polícia também não detalha o número de mortos e feridos, naquele ponto do país.

 

Até ao momento, são escassas as informações sobre as causas da origem destes tumultos, os primeiros a serem registados naquele distrito da província da Zambézia, desde o início das manifestações, a 21 de Outubro.

 

De acordo com os relatos colhidos pela “Carta” e confirmados pela Polícia, no distrito de Alto-Molócuè, a Estrada Nacional Nº 1 esteve encerrada mais de quatro horas, após colocação de barricadas pelos manifestantes.

 

A situação forçou a comitiva da Secretária de Estado, na Zambézia, a abortar a sua viagem de trabalho ao distrito de Gilé. Aliás, a população também saiu para se manifestar nos distritos de Gilé e Milange. (Carta)

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