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8 de Fevereiro, 2023

Uma criança morre a cada cinco minutos no mundo, de causas relacionadas ao HIV/SIDA

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Actualmente, em todo o mundo, uma criança morre de causas relacionadas ao SIDA a cada cinco minutos. Em resposta à doença, ministros e representantes de doze países africanos comprometeram-se e traçaram os seus planos para acabar com o SIDA em crianças até 2030. Parceiros internacionais definiram também como apoiariam os países no cumprimento desses planos, que foram divulgados recentemente na primeira reunião ministerial da Aliança Global para acabar com o SIDA em crianças.

 

A reunião organizada pela República Unida da Tanzânia foi um passo importante para garantir que todas as crianças com HIV tenham acesso ao tratamento e que as mães vivendo com HIV tenham bebés livres do HIV. A Aliança Global vai trabalhar para impulsionar o progresso nos próximos sete anos, para garantir que a meta de 2030 seja cumprida.

 

Apenas metade (52%) das crianças que vivem com HIV estão em tratamento, muito atrás dos adultos, dos quais três quartos (76%) estão recebendo antirretrovirais. Em 2021, 160.000 crianças contraíram o HIV. As crianças representaram 15% de todas as mortes relacionadas ao HIV/SIDA, apesar do facto de que apenas 4% do número total de pessoas vivendo com HIV são crianças.

 

Em parceria com redes de pessoas vivendo com HIV e líderes comunitários, os ministros apresentaram os seus planos de acção para ajudar a encontrar e fornecer testes a mais mulheres grávidas. A Declaração de Dar-es-Salaam sobre o fim do SIDA em crianças foi endossada por unanimidade.

 

Doze países com alta carga de HIV aderiram à Aliança Global na primeira fase, nomeadamente, Moçambique, Angola, Camarões, Costa do Marfim, República Democrática do Congo (RDC), Quénia, Nigéria, África do Sul, República Unida da Tanzânia, Uganda, Zâmbia e Zimbabwe.

 

O trabalho será centrado em quatro pilares:

 

Testes precoces e tratamento e cuidados ideais para bebés, crianças e adolescentes;

 

Fechar a lacuna de tratamento para mulheres grávidas e lactantes vivendo com HIV, para eliminar a transmissão vertical;

 

Prevenção de novas infecções por HIV entre adolescentes e mulheres grávidas e lactantes; e

 

Abordar os direitos, a igualdade de género e as barreiras sociais e estruturais que dificultam o acesso aos serviços. (Carta)

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