Os parceiros de desenvolvimento prometeram 8,7 biliões de dólares para combater a fome alarmante no Corno da África. Quase todos os países da região foram severamente afectados pelas mudanças climáticas, tornando a segurança alimentar um grande problema. A seca alarmante ocorreu após a quinta temporada consecutiva de chuvas fracas na região.
O impacto é mais grave na Somália, Etiópia, Quénia e Djibuti, mas se estende ao Sudão do Sul, Sudão e nordeste de Uganda.
“A segurança alimentar é um grande desafio. O apoio dos doadores visa aliviar a situação”, disse a Iniciativa do Corno da África (HoAI), uma organização lançada em 2019 para enfrentar os desafios de desenvolvimento na região. A opção de mobilização de recursos foi tomada pelo organismo regional na sequência do agravamento da seca e subsequente fome.
“O ano de 2022 testemunhou mais do que o dobro dos compromissos de 4 biliões de dólares até ao fim de 2021 para cerca de 8,7 biliões de dólares até Fevereiro de 2023”, disse o secretário de governo do Quénia, Njuguna Ndung’u.
Ele falava durante uma mesa redonda ministerial destinada a fortalecer as parcerias do sector privado em Nairobi. As parcerias vão concentrar-se em caminhos inovadores em áreas de resiliência pecuária, facilitação do comércio e ampliação da integração digital.
Os 8,7 biliões de dólares foram prometidos pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), União Europeia (UE) e Banco Mundial, entre outros. As três agências multilaterais concentraram o seu apoio em projectos de facilitação comercial, convergência digital e energia no bloco.
No entanto, a reunião de Nairobi mudou o tom da integração comercial para a calamidade climática que deixou milhões de pessoas à beira da fome. “É importante mitigar os efeitos da seca primeiro, complementando as intervenções de desenvolvimento em curso e a assistência humanitária”, disse o ministro das Finanças da Etiópia, Ahmed Shide, de acordo com um despacho ao The Citizen.
O HoAI foi lançado em 2019 pelos ministros das Finanças dos cinco países do Corno da África, nomeadamente, Djibuti, Somália, Quénia, Etiópia e Eritreia. Pretende-se com a iniciativa, enfrentar os desafios comuns de desenvolvimento que impedem o crescimento por meio de uma acção regional, coordenada e concertada entre os países. (Carta)