A comunidade de Mavanza, no Posto Administrativo de Mapinhane, distrito de Vilankulo, na Província de Inhambane, testemunhou na última semana o lançamento do Projecto de construção da Cidade Petroquímica Nacional. Trata-se de um projecto industrial integrado, avaliado com investimento inicial de dois mil milhões de USD, a ser implantado pela Phoenix International Group, o mesmo investidor que há duas semanas lançou na Costa do Sol, na Cidade de Maputo, um projecto de construção de cerca de seis mil apartamentos, destinados, sobretudo, para jovens.
Discursando no acto do lançamento, o Presidente da República (PR), Daniel Chapo, explicou que a implantação do projecto da Cidade Petroquímica Nacional, nos próximos quatro anos, irá transformar a comunidade de Mavanza num parque industrial de classe mundial. Vai criar cerca de 4.3 mil empregos directos e 5 mil empregos indirectos.
“Igualmente, o projecto irá promover a formação técnico-profissional dos jovens aqui de Mavanza, para estarem preparados a ocupar os postos de emprego de mais alto nível nesta fábrica nos próximos anos, logo que começar a funcionar. Por isso, a promessa aqui feita, imediatamente, de que vão para fora do país cerca de 100 jovens em bolsas de estudo, para que regressem, daqui a quatro, ou cinco anos, para assumirem grandes cargos de direcção e chefia nesta cidade petroquímica, que serão criados por este projecto”, disse Chapo.
A Cidade Petroquímica Nacional é um projecto de grande dimensão, com uma capacidade instalada de mais de um milhão de toneladas de produtos petroquímicos por ano, o que terá um peso significativo no aumento das exportações com um peso de cerca de 1,150 mil milhões no Produto Interno Bruto (PIB). Em termos concretos, o PR disse que os produtos incluirão amoníaco, ureia, cloro, fertilizantes e sal industrial. São produtos de grande valor que irão alavancar a indústria, a agricultura e outros sectores importantes da nossa economia.
“De igual modo, a instalação de uma refinaria irá dinamizar os sectores petroquímico, logístico e energético do país, com impacto no comércio regional e internacional. Reiteramos as nossas felicitações à iniciativa que compreende três grandes linhas industriais: petroquímica, cloro-alcalina e fertilizantes, apoiadas por tecnologias de ponta com elevados padrões ambientais internacionais”, detalhou o Chefe de Estado.
A infra-estrutura incluirá, igualmente, centrais térmicas, terminais marítimos, estações de tratamento, unidades de produção de diferentes tipos de plástico com características e aplicações distintas, como Policloreto de Vinila (PVC), Polietileno (PE) e Polipropileno (PP), além de uma área residencial, equipada com escolas para os filhos dos trabalhadores, hospitais com tecnologia internacional, incluindo centros comerciais.
Com mais de 200 km² de salinas e uma produção anual projectada de um milhão de toneladas de sal vegetal, o projecto integra também a exploração e transformação de recursos naturais. Em termos económicos, o PR reiterou que a Cidade Petroquímica Nacional se posiciona como um motor de desenvolvimento ao contribuir significativamente para o PIB, atrair investimento estrangeiro e impulsionar as exportações.
Industrialmente, o projecto actua como catalisador da diversificação produtiva e criação de cadeias de valor, afirmando Moçambique como referência na indústria petroquímica no nosso continente.