Durou somente cinco meses o desmantelamento de 29 postos de controlo rodoviário, uma medida introduzida em Setembro do ano passado pelo então Comandante-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Bernardino Rafael.
Na última sexta-feira, o novo Comandante-Geral da Polícia, Joaquim Adriano Sive, instruiu a todos os comandantes provinciais a reactivarem os postos oficiais de controlo rodoviário, “outrora retirados” por instrução do anterior Chefe da Polícia moçambicana.
Segundo Joaquim Sive, a decisão, que aumenta de 23 para 52 o número total de postos de controlo rodoviário, deriva do facto de se verificar, nos últimos tempos, “a inobservância generalizada das regras de trânsito nas principais estradas do país, facto que concorre para a ocorrência de acidentes de viação de grande impacto social e económico”.
Na altura, recorde-se, Bernardino Rafael justificara que o desmantelamento dos referidos postos de controlo rodoviário devia-se ao facto de se “constatar, nos últimos tempos, a proliferação de postos de fiscalização rodoviária nas principais rodovias do país”.
Excepto a província de Maputo, que continua a ter os três postos de controlo rodoviário, as restantes províncias passam a ter pelo menos três locais oficiais de fiscalização de viaturas e seus condutores. Por exemplo, a província de Gaza, que desde Setembro mantinha apenas o Posto de controlo de Incoluane, no distrito de Bilene, a partir desta semana passa a contar com três postos de controlo rodoviário, com a reactivação dos postos de Mazivila, em Bilene, e Chizavane, em Mandlakaze.
Por sua vez, a província de Inhambane ganha mais um posto de controlo rodoviário, com a reactivação do Posto de Controlo de Nhachengue, no distrito da Massinga, passando de três para quatro locais de fiscalização do trânsito. Em Sofala foram reactivados dois postos de controlo, passando de quatro para seis.
Já na província de Manica, foram reactivados três postos de controlo, passando de dois para cinco locais de fiscalização rodoviária, enquanto na província de Tete, a PRM reactiva quatro postos de fiscalização, passado de dois para seis locais de vistoria de viaturas e bens.
A província da Zambézia passa a ter cinco postos de controlo rodoviário, com a reactivação de três postos. A província mais populosa do país (Nampula) passa também a ter seis postos de controlo, também com a reactivação de três postos de controlo rodoviário, enquanto a martirizada província de Cabo Delgado reactiva cinco postos de controlo, passado de três para oito postos de controlo rodoviário.
Por seu turno, a província mais extensa do país, Niassa, passa a contar com seis postos de controlo rodoviário. Refira-se que a anterior instrução não fazia menção à província do Niassa.
Na sua primeira instrução dirigida aos seus novos subordinados, Joaquim Sive readmite a presença de forças paramilitares nos postos de fiscalização, contra a anterior instrução que limitava a constituição dos postos aos membros da PRM (agentes da Polícia de Trânsito e de Protecção) e aos inspectores do INATRO (Instituto Nacional de Transportes Rodoviários), mas em situações devidamente planificadas e coordenadas. (Carta)