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Maputo -

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12 de Fevereiro, 2019

Sentença de Amélia Sumbana marcada para 19 de Março

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Amélia Matos Sumbana compareceu hoje num tribunal de Maputo, para enfrentar três acusações de peculato, abuso de funções e branqueamento de capitais. Ela surgiu acompanhada não dos cunhados António e Fernando e do irmão Narciso Matos, mas de dois jovens cuja identidade não foi apurada. Estava cabisbaixa, com o ar de quem se tinha rendido, alguém que se deixou anichar nas cordas, impotente de se reerguer no ringue onde ao redor já quase não estão os apoiantes de sempre, seus correligionários do partidão que decidiram largá-la aos tubarões…da justiça. Quando seu caso rebentou, ela ainda tentou esboçar uma vã tentativa de se acoitar na protecção política que a Frelimo sempre dispensou aos militantes apanhados nas malhas da improbidade.

 

Mas, os tempos estão mudando. O sistema precisa de mostrar que também captura nas suas mansas redes algum peixe graúdo, para dar a imagem sempre renegada de probidade. Sumbana, por esse diapasão, até pode considerar-se uma vítima, alguém que só vai à justiça porque não teve como abafar seu caso, mexendo nos pauzinhos da influência. Assim como Manuel Chang…

 

As possibilidades de Amélia Sumbana sair ilibada são poucas. Mas nunca se sabe. A justiça está obcecada por mostrar serviço. Mas Amélia tem poucas chances de “terceirizar” a culpa, vitimizando-se. Ela fez o que fez nas barbas dos “yankees”. Assim como Manuel Chang. Culpar, só a si mesmo. 

O primeiro dia da sessão foi longo. Começou as 10 horas e terminou pouco antes das 17 horas. O juiz marcou sentença para 19 de Março. Num dia, o tribunal esmiuçou todo o processo, as partes intervieram à exaustão. Há revelações picantes de práticas promíscuas de repartição familiar de bens públicos. A reportagem segue dentro de momentos. (Carta) 

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