Na verdade, a natureza oferece o suficiente para que todos os seres vivam confortáveis, saudáveis e sustentáveis.
Outros, felizmente uma minoria, ficam insatisfeitos, infelizes e até frustrados porque as elevadas quantidades que possuem não lhes satisfazem, muito por falta de educação e, consequentemente, por ignorância - não sabem que não sabem como viver com o suficiente.
A educação - princípios e valores - muitas vezes confundida com formação, diplomas, instrução, cargos e títulos.
Essa educação é da responsabilidade primária da família e secundária da comunidade. É a base da formação do carácter, são as atitudes e hábitos permanentes que definem a sua moralidade e, consequentemente, a sua personalidade.
Viver com o suficiente é estar bem com o mundo, compatibilizado com o ambiente, integrado na família e comunidade, ser saudável e feliz.
Este último parágrafo pode parecer um “mantra”, porém, 75% da população mundial vive nestas condições, ou condições próximas da satisfação.
Outros 20% vivem abaixo do estado de satisfação - pobreza - porque países, organizações multilaterais, bilaterais, regionais, governantes e empresas, geridos por pessoas sem educação e carácter, acham que vale tudo para satisfazer os seus egos e loucuras.
Enganem-se os leitores que pensam que a culpa é dos outros – estrangeiros. O Presidente Machel disse-nos que, “quando o feiticeiro entra na nossa casa, alguém abriu a porta”. Samora Machel avisou-nos ainda que teríamos os nossos “lobos com pele de cordeiro” e que nos iriam empobrecer.
Não é possível criar “riqueza suficiente” quando os nossos supostos governantes são os que “aprofundam” o nosso empobrecimento.
Estimado leitor pode estranhar o uso do verbo “aprofundar o empobrecimento”, porém, devo esclarecer que não se trata de um equívoco. Os sinónimos de “aprofundar” são entre outros: tornar intenso, estudar exaustivamente, ir ao fundo da questão.
Nos últimos 35 anos desde a nossa independência, cometemos inúmeros erros, que podemos classificar de involuntários.
Outros tantos erros gravíssimos, que estão na base do nosso empobrecimento, não têm desculpas. Foram profundamente estudados, protagonizados, com o mesmo enredo e diferentes actores, sendo que os empobrecidos são sempre os mesmos, nós os moçambicanos.
A irracionalidade dos ODM e ODS, patrocinada pelas Nações Unidas, como por exemplo o “género” em que um indivíduo em cada momento do dia pode ser feminino, masculino ou indefinido, visa passar-nos um certificado de “estupidez” a que me recuso em alinhar, independentemente de quem o disser.
A destruição da Ucrânia como um país, para que a NATO possa servir de uma base militar, para ameaçar a Rússia, o genocídio que o Israel comete na Palestina desde 1946, sendo que a culpa é do Hamas, as guerras genocidas e terroristas que os colonizadores europeus e americanos levaram e estão a levar a cabo no Médio Oriente, América do Sul e em África, o aprofundar do empobrecimento que os franceses e a Total Energy fizeram e estão a fazer na Tunísia, Argélia, Líbano, Líbia, Mali, Niger, Costa do Marfim, Gabão, Guiné, Senegal e Ruanda, entre outros, incluindo Moçambique, só pode ser um “aprofundamento” do empobrecimento, em coligação com os nossos governantes.
A Logica é a ciência do raciocínio, que define os métodos e princípios usados, para distinguir o correcto do incorrecto.
A Luta Continua!
Amade Camal