Continua a subir o número de moçambicanos deportados dos países vizinhos, nomeadamente, África do Sul e Eswatini. De 16 a 22 de Janeiro corrente, 1.226 moçambicanos foram deportados daqueles países, segundo dados do Serviço Nacional de Migração (SENAMI), divulgados esta quinta-feira.
Só na terra do rand, foram deportados 1.210 moçambicanos e no Reino de Eswatini foram deportados 16 compatriotas. Do total de deportados, 936 foram deportados por imigração clandestina e 290 devido à permanência ilegal.
Fazendo uma análise comparativa com o igual período do ano passado, constata-se uma subida em mais de 100%, na medida em que, em 2020, apenas um moçambicano foi deportado da vizinha África do Sul. Relativamente aos dados da semana anterior (09 a 15 de Janeiro), verifica-se uma subida na ordem de 68%, visto que os serviços de migração dos dois países deportaram 716 moçambicanos. Aliás, desde o início do ano, África do Sul e Eswatini são os únicos países que se empenham em deportar moçambicanos, não havendo relatos similares nos restantes países vizinhos (Zimbabwe, Zâmbia, Malawi e Tanzânia).
No que tange ao movimento migratório, as autoridades anunciam a entrada e saída, do país, de 16.648 viajantes, contra 95.321 verificados em igual período do ano anterior, equivalendo a uma redução de 83%. Dos viajantes registados, 8.226 entraram no território nacional e 8.422 saíram do país. (Marta Afonso)