Director: Marcelo Mosse

Maputo -

Actualizado de Segunda a Sexta

Sociedade

O chefe da diplomacia angolana, Téte António, chegou ontem (22) a Maputo a fim de participar da 10ª Sessão da Comissão Mista de Cooperação Angola/Moçambique, a realizar-se hoje (23).

 

A decorrer sob o lema "Moçambique e Angola juntos pelo Progresso Económico e Social”, a reunião vai avaliar os projectos em carteiras entre os dois países, revisar os Acordos em curso e apreciar o Relatório da Reunião dos Altos Funcionários realizada no domingo em Maputo.

 

A 10ª Sessão da Comissão Mista de Cooperação Moçambique/Angola vai também passar em revista assuntos bilaterais nos domínios da Política e Diplomacia, Defesa, Interior, Administração do Território, Economia, Finanças, Transportes, Comunicações, Indústria, Comércio, Energia, Recursos Minerais, Petróleos, Obras Públicas, Agricultura, Pescas, Mar, e Ambiente.

 

Em comunicado de imprensa, o Ministério das Relações Exteriores de Angola esclarece que o evento representa o firme compromisso dos dois países em cimentar uma relação histórica, que data desde os primórdios da luta de libertação nacional pela conquista da independência. (JA online)

Dois (2) terroristas foram mortos na semana finda (nos dias 17 e 18) pelas Forças Locais, quando os insurgentes atacaram as comunidades de Nanua A que fica cerca de 7 quilómetros da sede do distrito de Ancuabe e Mopanha, ao longo da estrada N380 que liga a localidade de Salaué (Silva Macua) à de Oasse (Mocímboa da Praia).

 

Na aldeia Nanua A, os terroristas  saquearam bens e destruíram infra-estruturas, obrigando a fuga da população para a sede do distrito. Aparentemente, os terroristas não tinham intenção de matar civis, mas, sim, de apoderar-se de produtos alimentares.

 

Em entrevista telefónica à Zumbo FM, o Secretário da aldeia Mopuanha, Matares Abudo, confirmou o ataque, protagonizado por pelo menos 50 homens, entre as 18h00 e 19h00.

 

Numa publicação, na noite de sábado, os meios de propaganda do Estado Islâmico reivindicaram a autoria do ataque e, sem citar as baixas sofridas, assumiram a queima de salas de aula e de uma igreja.

 

"Por exemplo em Mopuanha, eles não mataram, mas capturaram três mulheres e deixaram nas suas casas, enquanto muitas pessoas estavam no mato. Roubaram muitas coisas nas barracas como arroz, farinha e refrigerantes", disse Mouzinho António, que recebeu alguns deslocados na sua casa em Ancuabe-sede.

 

Outra fonte disse que os "mababus" destruíram quantidades significativas de cigarros e despejaram muitas bebidas alcoólicas que estavam à venda nos estabelecimentos comerciais. (Carta)

Vários fiéis católicos e de outras congregações religiosas reuniram-se, neste domingo, em Guiua, distrito de Jangamo, província de Inhambane, numa missa de recordação dos 23 catequistas assassinados barbaramente a 22 de Março de 1992, na guerra dos 16 anos.

 

O grupo de 23 catequistas, mártires de Guiua, era composto por homens, mulheres e crianças e os seus corpos repousam num cemitério transformado em santuário. Este grupo foi assassinado por um grupo de homens armados, durante uma formação no Centro Catequético em Guiua.

 

Informações partilhadas pela Rádio Moçambique (RM) indicam que, na missa orientada pelo Bispo da Igreja Católica em Inhambane, Dom Ernesto Maguengue, para além dos peregrinos oriundos de diversas paróquias desta província, participaram também crentes de outras províncias e até mesmo estrangeiros.

 

A homilia do Bispo esteve centrada na necessidade de construção de uma nação que respeita a vida humana, preserva valores éticos e morais e aceita a missão divina. Foram feitas ainda orações para a necessidade do cultivo do perdão e manutenção da paz.

 

O Padre responsável por Guiua diz que alguns peregrinos cumprem com esta jornada anualmente e o fazem também num contexto turístico. Por sua vez, o Governo de Inhambane considera o momento importante para o fortalecimento do espírito de Deus.

 

Lembre que os 23 catequistas assassinados tinham sido escolhidos em diferentes Missões, entre os distritos de Vilankulo, Mapinhane, Massinga, Funhalouro e Guiua e perderam a vida quando acabavam de chegar na sequência de um ataque de homens armados ao Centro Catequético e raptou a maior parte das famílias.

 

Durante uma marcha carregando os bens saqueados pelos atacantes, foram conduzidos à força para uma base, de onde vinham os invasores. Pelo caminho, um grupo de 23 catequistas acabou sendo chacinado à baioneta. (Carta)

Hoje (18) fui vítima de mais uma vigarice no município de Maputo. E, por este facto, vai o meu repúdio e pedido para um “basta”.

 

Por volta das 11h00 fui ao notário, localizado na Av. Vladimir Lenine, próximo à Pastelaria Colmeia, para o reconhecimento de assinaturas. Estacionei o carro em frente ao restaurante MIMOS 2 na esquina entre as Av. Vladimir Lenine e Agostinho Neto. Para o meu azar, o atendimento no notário foi muito demorado. De lá só saí por volta das 12h30. Ao chegar ao local onde estacionara a viatura, sou surpreendido com uma “Chamussa”. O carro foi trancado. Um Polícia Municipal que ainda deambulava no local agachou-se colocando outra “Chamussa” no carro de mais uma vítima, por sinal uma senhora. Nós dois rogamos, pedimos desculpas pela “distracção”, mas o nosso exercício foi inútil porque lá veio o chefe, carrasco, para informar-nos que, pela infracção cometida (estacionamento em local reservado para TAXIS) devíamos pagar uma multa de 1000,00 mt (mil meticais) em dinheiro com recurso ao POS e depois se mandou.

 

Uma confusão tomou conta de mim e eu perguntava o que estava a acontecer. Que empresa é esta? Estas interrogações surgem por conta das falcatruadas, vigarices que tomaram conta da nossa cidade.

 

Liguei de imediato para um amigo que trabalha na Empresa Moçambicana de Mobilidade e Estacionamento (EMME) e contei o sucedido. Em reacção, ele disse: “nada mano, esse pessoal não é da EMME. Trata-se de agentes da Polícia Municipal. Essa zona não faz parte da jurisdição da EMME”. Foi então que me dei conta da existência de áreas de actuação distintas, da polícia camarária ou municipal e da EMME.

 

A minha indignação e o pedido de socorro tem como motivos

 

  1. No espaço que se diz reservado para o estacionamento dos TAXISTAS, o asfalto esta todo rebentado e sem sinalização vertical nenhuma. Portanto, sem condição alguma para qualquer marcação (imagens ilustram).
  1. Cheguei ao local por volta das 11h00. Saí do notário às 12h30min. Quando estacionei a viatura não havia no local um único TAXI. No meu regresso também não havia TAXI nenhum no local. Fiquei no local por quase 1 hora à espera da polícia para vir “tomar a iguaria” e assim permitir a nossa retirada do local e, durante esse tempo de espera, nem um TAXI apareceu. Estranho.

 

Perante os elementos acima referidos, a ideia que eu alimentara, de estar perante uma vigarice, se avolumou. Como disse anteriormente, fiz questão de permanecer no local, atento a todos os movimentos e interagindo com munícipes que por ali viam e observavam com indignação a mega sena. Neste exercício, tive a oportunidade de conversar com dois concidadãos.

 

O primeiro é um conhecido meu que, por sinal, vive no prédio onde se localiza, no rés-do-chão, a Pastelaria Colmeia. Com ele partilhei a minha indignação e a sua reacção também foi de indignação e afiançou que eu era mais uma vítima destes “sanguessugas” que não poupam esforços para extorquir os automobilistas. “Meu amigo, neste local não estaciona nenhum taxista. Você pode permanecer aqui todo o dia e não verá nenhum taxista neste local. O que vais ver é a viatura da polícia camarária, com idas e vindas para este local, para colocar “Chamussas” nas viaturas de distraídos como tu, que estacionam aqui.

 

Mas o que acontece aqui é o seguinte: Este local de facto foi uma praça de táxis. Estes ocupavam as duas faixas de estacionamento da Av. Vladimir Lenine. Só que, nós residentes das cercanias da praça submetemos, à edilidade, um pedido para que a reserva dos taxistas fosse do lado direito. Apesar de não termos tido uma resposta por parte do município, o espaço reservado aos taxistas é de facto o lado direito e ali está marcado o espaço para dois (2) taxistas, os únicos que ainda restam aqui, pois, com a entrada em funcionamento do serviço de táxi YANGO, a maioria dos taxistas sumiram deste local.

 

O segundo interlocutor com quem interagi foi um senhor que também frequenta o local devido às suas actividades diárias. O senhor confidenciou-me: “meu irmão, este local é uma mina destes senhores. De 40 em 40 minutos, estes senhores vêm para este local para colocar “Chamussas” nas viaturas aqui estacionadas e, assim, vão enchendo os bolsos, extorquindo automobilistas.

 

Então, deixo estas linhas mesmo para pedir a quem de direito para pôr fim a esta onda de extorsão instalada neste local. (Nacilifa Ngoka

O Centro de Saúde da Matola Gare continua encerrado depois das últimas chuvas que fustigaram a província e a cidade de Maputo. Como medida provisória, as autoridades da saúde vão improvisar clínicas móveis e, quando as águas das chuvas secarem, o hospital continuará a funcionar no mesmo local, enquanto procuram fundos para resolver definitivamente o problema.

 

O Director Provincial de Saúde, Daniel Chemane, apontou que, dos quatro Centros de Saúde que tinham sido encerrados na província de Maputo devido às enxurradas, apenas Matola-Gare continua fechado, mas está a funcionar em clínicas móveis.

 

Chemane disse: “na situação em que o Centro de Saúde de Matola-Gare se encontra precisa de uma obra de grande vulto que passa por elevar a cota daquela unidade sanitária”.

 

A fonte explicou que, em paralelo com a elevação da cota do hospital, surgiu uma outra solução a nível do bairro, que passa pelo escoamento da água. “E esta é também uma solução de grande esforço que nós achamos que não estamos em condições de implementar. Estamos a pensar na possibilidade de construir uma nova Unidade Sanitária, junto com a comunidade, num outro espaço que a comunidade já identificou, mas para isso também precisamos de recursos”, disse.

 

Devido às inundações, quatro Centros de Saúde tinham sido encerrados no mês de Março, entre os quais, da Matola Santos, do Língamo, de Bedene e da Matola Gare. Este último continua encerrado porque ainda está inundado. (M.A)

As chuvas que se registam no país, desde Outubro de 2023, já afectaram perto de 30 estradas em todo o território nacional, sendo que algumas foram destruídas e outras ficaram alagadas. Os dados foram avançados ontem, na Assembleia da República, pelo Ministro da Indústria e Comércio, Silvino Moreno, na reposta do Governo às perguntas dos deputados.

 

De acordo com os dados do Governo, um total de 26 estradas foram afectadas pelas chuvas, nas províncias de Maputo, Gaza, Inhambane, Tete, Niassa e Cabo Delgado, numa extensão de cerca de 5.500 Km, sendo que 900 Km ficaram danificados.

 

Segundo o Governo, na província de Maputo, a época chuvosa e ciclónica 2023/2024 afectou as estradas Changalane-Catuane, Matola-Boane, Porto Henrique-Changalane, Mazambanine-Muguaza e os acessos a Boane, Magude, Sabié, Maragra, Calanga, Catuane, Coca-Cola-Matola Gare-Pessene e Machubo.

 

Já na província de Gaza, foram afectadas as estradas Cruzamento da N1-Praia de Xai-Xai, Chibuto-Guija, Chissano-Chibuto, Chongoene-Chibuto e Chinhacanine-Nalazi. Enquanto isso, na província de Inhambane, as chuvas condicionaram a transitabilidade na estrada Mapinhane-Mabote.

 

Em Tete, ficaram intransitáveis as estradas Madamba-rio Chire, Mphende-Mocuburra e a ponte sobre o Rio Daque. No Niassa, “registamos condicionamento de circulação de pessoas e bens nas estradas Marrupa-Mecula, Metangula-Ngoo, Maua-Marrupa, Metarica-Nacumua-Queta e Chiconono-Mavago”.

 

Na martirizada província de Cabo Delgado, as chuvas isolaram os distritos da zona norte da província, na sequência da intransitabilidade nas duas principais estradas, nomeadamente Sunate-Macomia-Oasse-Mueda e Montepuez-Nairoto-Mueda.

 

Segundo o Governo, em todas estas estradas houve obras de emergência, tendo sido reposta a transitabilidade. No caso da província de Cabo Delgado, relata, os produtos de primeira necessidade começavam a escassear e os poucos que existiam eram comercializados a preços insustentáveis.

 

Não nos responsabilizamos pelos prejuízos das empresas

 

Questionado pela bancada parlamentar do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), sobre as responsabilidades que o Governo tem assumido para ressarcir as perdas e prejuízos causados aos empresários pelo mau estado das vias, Silvino Moreno respondeu: “não vemos como responder satisfatoriamente esta pergunta nos termos em que a mesma é colocada, por não sabermos em que base legal a mesma se baseia”.

 

“É interessante que é o próprio Governo quem cria condições para o melhor ambiente de negócios e para o bem-estar não só do empresariado, como também para os cidadãos, em geral, não sendo por isso razoável ou possível que o mesmo Governo possa desenvolver estradas para prejudicar a quem quer que seja”, sentenciou. (Carta)

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