A Comissão Nacional de Eleições (CNE) divulgou, na tarde deste domingo, os resultados das VI Eleições Gerais e III das Assembleias Provinciais. Para além da vitória de Filipe Nyusi, salta à vista a vitória da Frelimo no que à eleição provincial diz respeito.
De acordo com os resultados tornados públicos pelos órgãos eleitorais, o partido Frelimo vai governar as 10 províncias que este ano foram a votos para a eleição, pela primeira vez, de um governador. Ou seja, todos os Governadores Provinciais serão do partido Frelimo.
Em termos reais, estes números vêm manter o actual figurino das províncias, em que todas são dirigidas pelo partido no poder, a Frelimo.
À luz do novo figurino introduzido pela lei eleitoral, recentemente revista, é eleito Governador de Província o cabeça da lista vencedora do escrutínio provincial. Antes da revisão da legislação eleitoral, os Governadores provinciais eram nomeados pelo Presidente da República, sedo que estas eleições marcam a mudança desse paradigma.
Em virtude de gozar de um estatuto especial, a cidade de Maputo não elege o Governador de Província, ficado, para já, o secretário de Estado, o representante do Governo Central na província, o expoente máximo.
Tendo em conta os resultados eleitorais, a província de Maputo será dirigida por Júlio Parruque, que actualmente exerce a função de Governador da turbulenta província de Cabo Delgado. A província de Gaza, conhecida pelo seu apoio incondicional ao partido Frelimo, será governada por Margarida Mapandzene Chongo, que actualmente é deputada da Assembleia da República, eleita pelo partido Frelimo.
A província de Inhambane continuará a ser liderada por Daniel Chapo, seu actual timoneiro. A província de Sofala, que antes das eleições estava a ser dirigida por Agostinho Mondlane, vai ser dirigida por Lourenço Bulha, que, praticamente, está a concretizar um sonho antigo com a ascensão ao cargo de Governador de Sofala.
A província de Manica, actualmente liderada por Manuel Rodrigues, passará a ser dirigida por Francisca Tomás, actual Governadora da província do Niassa. A vizinha província de Tete, actualmente liderada por Paulo Awade, passará a ser dirigida por Domingos Viola. A apetecível província da Zambézia estará nas mãos do afamado “edil” Pio Matos. Esta província, actualmente, é dirigida por Abdul Razak.
A província de Nampula passará a ser governada por Manuel Rodrigues, actual homem forte da província de Manica. Valigy Tauabo é o homem que conduzirá os destinos da província de Cabo Delgado e Judite Massangela vai dirigir a província do Niassa. (Carta)
O Barclays Bank Moçambique vai mudar a sua designação para Absa Bank Moçambique, nome que será adoptado a partir de 11 de Novembro, anunciou quarta-feira em Maputo o administrador delegado da instituição bancária, Rui Barros.
A mudança de nome faz parte de um dos maiores e mais ambiciosos projectos de mudança de marca na história do continente, um programa de transição mais abrangente em vários países africanos, por parte do grupo Absa, adiantou o administrador delegado.
A mudança surge na sequência de uma decisão tomada em 2018 pela empresa-mãe, o grupo Absa, estando actualmente em curso o processo de remodelação dos balcões do Barclays em todo o país com as cores que representam a nova marca.
O grupo está cotado na Bolsa de Valores de Joanesburgo, África do Sul, possui um balanço com activos totais superiores a 91 mil milhões de dólares e é um dos maiores grupos de serviços financeiros de África, oferecendo um conjunto integrado de produtos e serviços de banca de retalho e de negócios, de investimento, de gestão de património de investimentos e seguros.
O Absa Group Limited, anteriormente Barclays Africa Group Limited e inicialmente Amalgamated Banks of South Africa, está presente em 12 países africanos e possui um escritório de representação em Londres, estando prestes a inaugurar a sua presença em Nova Iorque. (Macauhub)
A Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), no poder desde a independência, reforçou a presença no parlamento e terá mais de dois terços dos lugares, segundo os resultados oficiais das eleições de 15 de outubro, hoje divulgados.
A Frelimo conseguiu eleger 184 dos 250 deputados, ou seja, 73,6% dos lugares, cabendo 60 (24%) à Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) e seis assentos (2,4%) ao Movimento Democrático de Moçambique (MDM), anunciou a Comissão Nacional de Eleições (CNE).
A Frelimo consegue mais 40 deputados que há cinco anos, a Renamo perde 29 e o MDM perde 11.
A maioria de dois terços é requerida para aprovar alterações à Constituição, para matérias referentes ao estatuto da oposição, para a eleição do Provedor de Justiça e ainda para acionar ações penais contra o Presidente da República ou impedir vetos presidenciais a leis reexaminadas, lê-se na lei fundamental.
A divulgação dos resultados foi feita pela CNE em cerimónia oficial, em que Abdul Carimo, presidente do órgão, leu as tabelas de resultados de cada círculo eleitoral para cada uma das votações - presidenciais, legislativas e provinciais.
O Presidente moçambicano e candidato da Frelimo, Filipe Nyusi, foi reeleito à primeira volta para um segundo mandato, com 73% dos votos.
Em segundo lugar ficou Ossufo Momade, candidato da Renamo, principal partido da oposição, com 21,88%, e em terceiro Daviz Simango, líder da Movimento Democrático de Moçambique (MDM), com 4,38%.
Mário Albino, candidato pela Ação de Movimento Unido para Salvação Integral (AMUSI), obteve 0,73%.
A abstenção foi de 49,26%, anunciou a CNE.
A Frelimo conseguiu ainda vencer com maioria absoluta cada uma das eleições para as assembleias provinciais, onde, pela primeira vez, o governador é eleito em vez de ser nomeado pelo poder central.
Em 2014, a Renamo tinha conseguido conquistar a maioria dos lugares em três das 10 assembleias provinciais do país: Zambézia, Tete e Sofala.
Os resultados não foram aceites pelos partidos da oposição no parlamento, Renamo e MDM, alegando fraude generalizada.
Ambas as forças políticas anunciaram através dos seus órgãos, já há vários dias, repúdio pela forma como decorreu o processo eleitoral e os seus representantes na CNE, bem como alguns membros da sociedade civil, votaram contra o apuramento final.
Os resultados foram aprovados com nove votos a favor e oito contra na reunião de sexta-feira da CNE e deverão agora ser enviados para validação do Conselho Constitucional.
A marcação da data de investidura dos candidatos eleitos para deputados da Assembleia da República e membros das assembleias provinciais deve acontecer até 15 dias após a publicação em Boletim da República dos resultados do apuramento, lê-se no calendário oficial.
Até oito dias após a investidura do novo parlamento, cabe ao Conselho Constitucional marcar a data exata da tomada de posse do Presidente da República.(Lusa)
A segunda testemunha no julgamento de Nova Iorque sobre as dívidas ocultas de Moçambique disse hoje ter analisado transferências bancárias ilegais de centenas de milhões de dólares no território dos Estados Unidos relativas a empresas moçambicanas, arguidos e conspiradores.
A contabilista norte-americana Wendy Spaulding foi paga pelo Governo federal dos EUA para conduzir um estudo independente de dezenas de documentos, desde ‘e-mails’, registos de contas bancárias, mensagens ‘swift’ e registos dos bancos Bank of New York Mellon (BNY Mellon) e JP Morgan.
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) publicou hoje (27 de Outubro) os resultados oficiais das eleições de 15 de Outubro e cometeu um erro básico. Isto não altera a vitória com maioria qualificada da Frelimo, mas altera todos os totais. Por exemplo, a CNE deixou de lado 131 593 votos a favor de Nyusi.
O erro é que o número total de eleitores inscritos é atribuído a todos os círculos eleitorais, mas todos outros números apresentados pela CNE excluem os círculos de Africa e Europa. Apenas as 11 províncias de Moçambique estão incluídas. Assim, a afluência e eleitores às urnas foi de 51, 8% e não 50, 7 % como foi anunciado, e o total dos votos para Filipe Nyusi foi de 4 639 015 e não 4 507 422 conforme foi reportado na cerimónia oficial de divulgação dos resultados e nos documentos fornecidos pela CNE. (CIP)
Um novo ataque de um grupo armado no centro de Moçambique provocou ontem três mortos e vários feridos junto à estrada nacional 1 (EN1), principal via que liga o centro e norte do país, disseram testemunhas e autoridades. Um camião de carga e uma outra viatura ligeira foram atingidos por uma "rajada de balas", disparadas de uma colina, por homens armados ainda desconhecidos, em Ziro, entre os distritos de Nhamatanda e Gorongosa.
O ataque aconteceu numa zona próxima do local onde um polícia foi abatido, outros três amarrados e uma viatura de patrulha incendiada na última semana. Com as baixas registadas hoje sobe para sete o número de mortos em ataques na zona centro de Moçambique desde agosto.
Confirmado. Filipe Nyusi é o vencedor das Vl Eleições Gerais. Filipe Nyusi venceu o escrutínio com um total de 4.507. 422 votos validamente expressos, o que corresponde, em termos percentuais, a 73 por cento.
A confirmação da vitória de Filipe Nyusi foi dada, na tarde deste domingo, pelo Presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Abdul Carimo Sau.
Esta conversa surge no âmbito do Festival de Teatro de Rua “Ku Phanda” que inaugura a 29 de Outubro. Com o apoio da embaixada de Espanha em Moçambique, a companhia de teatro “Fadunito” vem directamente da Espanha desenvolver uma parceria com o festival através de uma oficina, a apresentação de um espetáculo e uma conversa. A ideia de criar este festival surge da necessidade de se desenvolver actividades teatrais numa cidade onde as salas de teatro são poucas e não acessíveis para a população do subúrbio, criar empatia teatral na comunidade e gerar intercâmbio entre os grupos teatrais (nacionais e estrangeiros).
(28 de Outubro, às 18Hrs na Fundação Fernando Leite Couto)
Djavan, um dos mais aclamados músicos brasileiros será homenageado nesta apresentação. Das músicas mais conhecidas àquelas que fazem parte de sua história e repertório, onde clássicos como "Oceano", "Flor de Liz" e "Um Dia Frio" farão parte deste tributo que emocionará a todos que amam este grande poeta da música brasileira e ainda mais, os amantes dos ritmos latinos e do romantismo. Assim como Jorge Vercillo, grande nome da actual música popular brasileira com seus sucessos Monaliza e Final Feliz, dentre outras. Com o músico moçambicano Jesse Malunguissa e participação especial do actor brasileiro Expedito Araujo que ilustrará curiosidades, histórias e contará a poesia de suas composições criando um aspecto de interação ainda maior.
(29 de Outubro, às 18:30Min no Centro Cultural Brasil-Moçambique)
Socorro Acioli nasceu em Fortaleza, a 24 de fevereiro de 1975. É Doutora em Estudos de Literatura pela Universidade Federal Fluminense em 2010, Mestre em Literatura pela Universidade Federal do Ceará em 2004 e Bacharel em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo. Seu primeiro experimento na literatura foi o livro "O Pipoqueiro João". O trabalho foi escrito e publicado quando tinha ainda oito anos de idade, pela Nação Cariry Editora, do cineasta Rosemberg Cariry.
(26 de Outubro, às 13Hrs no Centro Cultural Brasil-Moçambique)