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O Conselho Municipal de Maputo fez a entrega de mais 50 casas, do tipo dois e três, com energia e água canalizada a igual número de famílias vítimas do desabamento da lixeira de Hulene, que ocorreu em Fevereiro de 2018. As casas foram erguidas em Possulane, no Município de Marracuene, província de Maputo.

 

Segundo o Presidente do Município de Maputo, Rasaque Manhique, as casas entregues esta segunda-feira (01) são fruto do empenho do Governo Central

 

‘’Trata-se de casas muito bonitas e sabemos que os donos vão cuidar muito bem delas. Esta é apenas uma parte e falta a outra porque muitas famílias ainda não receberam suas casas, portanto, vamos conversar com o empreiteiro para ver se acelera o processo’’.

 

No entanto, o Presidente do Município de Marracuene, Shafee Sidat, garantiu que as famílias serão recebidas naquela área com muito carinho e amor.

 

‘’Temos consciência em relação a algumas infra-estruturas que faltam, como é o caso de escolas, hospitais e ao posto policial. Sabemos também a preocupação da nossa população em relação às estradas, principalmente quando chove. Apesar de sermos um município muito novo, vamos correr para resolver estes problemas’, frisou.

 

Por sua vez, o Presidente da Comissão das famílias vítimas do desabamento da lixeira de Hulene, Antonio Massingue, disse que o Município de Maputo já pagou o valor dos seis meses de dívida que tinha com as mais de 100 famílias reassentadas.

 

‘’O Município começou a pagar na semana passada e está a pagar todo o valor que estava em dívida desde o ano passado’’. (M.A)

As autoridades estão a investigar as causas do naufrágio de uma embarcação com 11 pessoas a bordo, no rio Umbeluzi, no último sábado, que resultou na morte de uma pessoa. A mesma era operada pela Unidade Nacional de Protecção Civil.

 

“A embarcação naufragou quando fazia a ligação entre as duas margens do rio Umbeluzi, em Boane, província de Maputo, tendo em conta que a Ponte de Mazambanine encontra-se submersa, devido à subida do caudal do rio. Mas não sabemos ainda se a morte foi provocada pelo naufrágio”, explicou a presidente do Município de Boane, Jubia Bonifácio.

 

“Nas primeiras horas deste sábado, quando estávamos a desencalhar a embarcação, os marinheiros aperceberam-se de um corpo de um homem com idade entre 50 a 60 anos, sem identificação, que se encontrava por baixo da embarcação. O mais estranho é que havia coletes salva vidas, mas o corpo do falecido não portava o mesmo”, explicou.

 

Entretanto, Jubia Bonifácio garante que o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) e outras entidades estão a investigar para esclarecer o sucedido.

 

Lembre-se que a Administração Regional de Águas do Sul (ARA Sul) já havia emitido um alerta, na semana finda, dando conta que, com o início das descargas progressivas da barragem dos Pequenos Libombos, estaria condicionada a travessia de Mazambanine. (M.A)

As escolas da cidade e província de Maputo, que haviam sido encerradas por um período de uma semana, por conta das inundações provocadas pelas últimas chuvas reabrem hoje, devendo os alunos apresentar-se às salas de aula. Entretanto, algumas vítimas das inundações na Matola vão continuar a partilhar os espaços das escolas com os alunos.

 

Trata-se daquelas vítimas cujas casas continuam alagadas, não obstante o Edil da Matola, Júlio Paruque, ter garantido que já foram encerrados cinco dos nove centros de acomodação. Os que continuam abertos funcionam em escolas e a solução passa pela partilha de espaços entre as famílias e os alunos.

 

“Talvez as famílias terão que partilhar o espaço com os alunos até amanhã (terça-feira). Por exemplo, no caso em que as escolas têm cerca de 20 salas de aula, as famílias vão ocupar duas a quatro salas, e as restantes serão reservadas para os alunos. Enquanto isso, parte dos alunos serão acomodados em outras turmas”.

 

Refira-se que as últimas chuvas que caíram recentemente na zona sul do país, para além de levarem ao encerramento de algumas escolas na Matola, fizeram com que as autoridades encerrassem quatro centros de saúde, afectando perto de 65 mil pacientes. (M.A)

O Hospital Central de Maputo (HCM), por sinal a maior unidade sanitária do país, regista cerca de 100 casos de conjuntivite diariamente, sendo que neste momento tem um cumulativo de 1048. Deste número, 950 são casos de conjuntivite hemorrágica. Os adultos perfazem o maior número com 467 casos, 370 em crianças e 13 em idosos.

 

A informação foi partilhada esta quinta-feira (28), em Maputo, pelo Director do Serviço de Urgência do HCM, Dino Lopes.

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"Temos estado a acompanhar que há farmácias que estão a substituir os hospitais dando a medicação aos pacientes sem que tenham sido observados por um médico para saber qual é a melhor medicação para cada situação. Neste contexto, apelamos aos utentes a evitarem se dirigir às farmácias sempre que tiverem sintomas da conjuntivite para a automedicação", referiu.

 

Segundo Lopes, os casos de conjuntivite começaram a registar maior fluxo entre os dias 13 e 28 do mês corrente, com incidência em pacientes com idades compreendidas entre 14 e 60 anos, mas sem nenhum internamento.

 

Por outro lado, a Vereadora de Saúde da cidade de Maputo, Alice de Abreu, disse que desde 21 de Fevereiro já foram notificados 6.313 casos de conjuntivite hemorrágica neste ponto do país.

 

"Neste momento, temos 5.743 pacientes em acompanhamento hospitalar e 560 que já receberam alta, sendo que a maior parte dos casos são do distrito municipal KaNlhamankulu com 1.686, seguido do distrito KaMubukwana com 1.494 e KaMpfumo, 1.313".

 

Entretanto, Alice de Abreu explicou que a cidade de Maputo ainda não registou nenhum caso de complicação por conjuntivite. (M.A)

Pelo menos 500 jovens da província de Cabo Delgado vão beneficiar ainda este ano de Estágios Pré-profissionais e Remunerados, depois de formações vocacionais. Trata-se de uma iniciativa que visa oferecer ao sector privado a contratação de mão-de-obra jovem capacitada para responder aos desafios das micros, pequenas e médias empresas.

 

Segundo Edna Simbine, da TotalEnergies, os estágios pré-profissionais serão pagos pela petrolífera, por intermédio da Fundação Mozyouth. No ano passado, 680 jovens beneficiaram de formações vocacionais da TotalEnergies, através do programa CapacitaMoz em parceria com o IFPELAC e Instituto Industrial de Pemba. (Carta)

Continua em curso a contabilização dos estragos causados pelas chuvas intensas, que caíram na Área Metropolitana do Grande Maputo, domingo e segunda-feira, deixando inundados centros de saúde, estradas, casas e estabelecimentos comerciais e de ensino, nos cinco Municípios que compõem a região (Cidade de Maputo, Matola, Boane, Marracuene e Matola-Rio).

 

Até à noite desta terça-feira, dezenas de bairros dos Municípios de Maputo, Marracuene, Matola-Rio, Boane e Matola ainda se encontravam inundados, para além de dezenas de estradas que ainda continuavam intransitáveis. Por exemplo, a Estrada Nacional Nº1, nos troços entre os bairros 25 de Junho e Bagamoio e entre os bairros de Inhagoia e Jardim encontrava-se condicionada, devido às águas que alagaram a faixa de rodagem à esquerda, no sentido norte-sul.

 

Mesma situação se verificava no troço Zimpeto/Rotunda de Missão Roque, onde a água continuava concentrada na faixa de rodagem nas proximidades do Hospital Psiquiátrico de Infulene, do Posto de Abastecimento de Combustível da Total e do Mercado Grossista do Zimpeto. As Ruas Graça Machel, Ndhambi 2000, Marcelino dos Santos, Sebastião Marcos Mabote, da Beira e General Cândido Mondlane também se encontravam intransitáveis em alguns troços.

 

Já na Autarquia da Cidade da Matola, alguns troços da estrada Boquisso/Mukhatine, da Avenida Josina Machel, das estradas Km 15/Nkobe, Nkobe/Patrice Lumumba, Patrice Lumumba/T3, Mahlampsene/Mulotane e a passagem de nível da Avenida da OUA (Estrada Velha) também se encontravam intransitáveis, enquanto na Autarquia de Marracuene continuava a registar-se dificuldades para transitar nas estradas EN1/Mumemo, EN1/Pazimane, CMC/Guava/Mateque, Albasine/Marracuene e Michafutene/Santa Isabel.

 

A linha de Ressano Garcia também continua encerrada, devido à sua intransitabilidade no Km 15, onde a água ainda cobre a linha férrea. Já a linha de Limpopo está aberta para duas carreiras, nomeadamente, as de Marracuene e Manhiça.

 

Ainda no Município da Matola, quatro centros de saúde estão encerrados, nomeadamente, os Centros de Saúde Matola Santos, de Bedene, Língamo e Matola-Gare, devido às inundações. Os quatro centros de saúde encontram-se “debaixo” da água. Perto de 21 mil famílias, da Cidade de Maputo, Matola e do município de Marracuene continuavam nos centros de acomodação, constituídos maioritariamente por estabelecimentos de ensino.

 

Igualmente, oito bairros da capital do país (Chamanculo, Hulene “A” e “B”, Maxaquene “C”, Luís Cabral, 25 de Junho, Magoanine “A” e Mapulene) e quatro bairros da autarquia da Matola (Fomento Sial, Intaka, Machava Bunhiça e Matlemele) encontravam-se às escuras até à noite de ontem.

 

“Por motivos de segurança e prevenção de acidentes eléctricos, a EDM decidiu desligar alguns equipamentos eléctricos alagados e Postos de Transformação (PTs) que alimentam residências inundadas. Como consequência, estão sem energia cerca de 19.770 clientes”, refere a empresa Electricidade de Moçambique, em comunicado de imprensa, sublinhando estarem também privados de energia eléctrica clientes dos distritos de Moma e Larde, na província de Nampula, e de Linga-Linga e Mata, na província de Inhambane.

 

Para além de destruir, a chuva torrencial matou duas pessoas e feriu outra, na Cidade de Maputo. Também paralisou o processo do recenseamento eleitoral na região do Grande Maputo, tendo afectado perto de 90 brigadas. Bairros “luxuosos” da capital, como Triunfo, Mapulene e Chiango ainda continuam inundados, num “filme” que se repete 13 meses depois da sua estreia, em Fevereiro de 2023. (Carta)

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