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Sociedade

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O Serviço Nacional de Migração (SENAMI) na província de Nampula deteve esta semana um total de 20 cidadãos de nacionalidade malawiana, por imigração ilegal e ostentação de falsos documentos. Além destes, foram igualmente detidos pelos mesmos motivos sete cidadãos de nacionalidade burundesa.

 

Os malawianos, segundo apuramos, usaram Nampula como corredor, uma vez que estavam em trânsito com destino à África de Sul, alegadamente à procura de melhores condições de vida, enquanto os burundeses viviam clandestinamente na capital provincial.

 

Na altura da sua detenção, os malawianos foram encontrados com documentos moçambicanos, nomeadamente, passaportes, bilhetes de identidade, cartões de eleitor e cédulas pessoais emitidos pelas autoridades competentes, concretamente, no distrito de Mandimba, na província nortenha do Niassa, segundo informou à imprensa, a porta-voz da Direcção Provincial de Migração de Nampula, Inércia Nota.

 

“Os cidadãos malawianos estavam em trânsito com destino à África do Sul, usando documentos moçambicanos adquiridos de forma fraudulenta. Neste momento, o que estamos a fazer é encaminhar às autoridades competentes para melhor investigação e possível responsabilização de todos os envolvidos neste caso”, disse Nota.

 

Enquanto os malawianos continuam retidos na 1ª Esquadra da cidade de Nampula, aguardando pela conclusão das investigações, os sete burundeses serão repatriados, porque, tal como assegurou a porta-voz da Migração em Nampula, os trâmites legais para o efeito já estão em curso e num estado muito avançado. Estes teriam cometido a infração de imigração clandestina.

 

A vulnerabilidade das fronteiras moçambicanas, aliada à prática de corrupção dos agentes fronteiriços, é um dos motivos que facilita a entrada cada vez mais crescente de cidadãos estrangeiros no país, de forma ilegal.

 

“Estas detenções resultaram de um trabalho árduo que a nossa instituição tem vindo a fazer, por isso continuaremos a trabalhar para desencorajar e responsabilizar tais práticas”, disse a porta-voz.

 

Os cidadãos estrangeiros confessaram o crime e afirmaram que pretendiam chegar à África do Sul à procura de emprego, uma vez que nos seus países a situação sócio-económica é precária. (Carta)

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O Governo de Moçambique e parceiros entregaram 19 viaturas ao sector da Educação em Inhambane, como forma de reforçar a sua capacidade com meios circulantes. A entrega acontece numa altura em que os alunos continuam sem livros e os professores ameaçam paralisar as actividades por falta de pagamento de horas extras.

 

Durante o acto da entrega, o governador de Inhambane, Eduardo Mussanhane, apelou ao uso correcto das viaturas.

 

"Estas viaturas já vêm sinalizadas e apelamos que sejam usadas única e exclusivamente para os objectivos para os quais foram adquiridas. Não vai ficar muito bonito se encontrarmos essas viaturas em festas por nós conhecidas", disse.

 

"Um dos maiores fiscalizadores destas viaturas será a própria comunidade, que é a beneficiária primária do investimento do Estado”, reforçou Mussanhane.

 

Ele informou que as viaturas vão beneficiar os Institutos de Formação de Professores e a Direcção Provincial de Educação, que vai alocar a 14 distritos. Por seu turno, o Director Provincial de Educação de Inhambane, Simão Rafael, disse que as viaturas vão contribuir para dinamizar a assistência às Escolas no processo de ensino-aprendizagem.

 

Refira-se que, até ao mês passado, o Governo admitiu que 90 por cento do livro escolar ainda não tinha sido entregue aos alunos do ensino primário numa altura em que está prestes a terminar o segundo trimestre do ano lectivo. O Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano justificou que o problema se deve ao facto de o manual estar a chegar ao país em fases.

 

Em relação às horas extras, vários professores da cidade de Maputo já não dão aulas nocturnas por falta de pagamento desde 2022. O mesmo acontece noutras províncias. (M.A.)

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Cerca de 290 pessoas toxicodependentes receberam tratamento em várias Unidades Sanitárias da província de Maputo nos primeiros cinco meses do presente ano, isto é, de Janeiro a Maio. Os dados foram avançados pela Secretária de Estado da Província de Maputo, Judith Mussácula, na Escola Secundária Bonifácio Gruveta Massamba, no município da Matola, durante as comemorações do Dia Internacional da Luta Contra o Tráfico e Consumo Ilícito de Drogas assinalado no passado dia 25 de Junho. 

 

Durante a cerimónia, Judith Mussácula defendeu a necessidade de se redobrar esforços para ajudar a sociedade a sair deste mal, com principal enfoque para os jovens e adolescentes.

 

Segundo a fonte, 217 indivíduos foram detidos durante este período por consumo e venda de drogas. Entretanto, neste mesmo período, também foram apreendidos sete saquetas e 22 lâminas de heroína, sete plantas, 408 embrulhos e dois sacos de suruma. (M.A)

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A fome no mundo está a aumentar pelo quinto ano consecutivo e a África Subsariana é particularmente vulnerável. Quase 300 milhões de pessoas não sabem quando e como farão a próxima refeição.

 

Garantir uma melhor segurança alimentar é uma das principais prioridades da política de desenvolvimento do governo norueguês; é por isso que a Noruega na semana passada assumiu um compromisso histórico de alocar aproximadamente USD 94 milhões, para apoio a pequenos produtores de seis países africanos. Deste pacote, 19 milhões de USD irão financiar o trabalho da Real Sociedade Norueguesa para o Desenvolvimento (Norges Vel) em Moçambique e na Tanzânia ao longo dos próximos cinco anos.

 

Caju para mais dinheiro nos bolsos dos pequenos agricultores

 

Moçambique é um importante parceiro da Noruega na luta pela melhoria da segurança alimentar, actualmente com um pacote de ajuda orçado em aproximadamente USD 75 milhões em vários programas e projetos em curso. Em Moçambique, a cooperação com os pequenos agricultores de caju será intensificada e será reforçado o apoio às cooperativas de agricultores.

 

A Norges Vel trabalha em Moçambique, desde 2003 na Zambézia, em colaboração com a Clusa. É também parceira da AMPCM (Associação Moçambicana para a Promoção do Cooperativismo Moderno), desde 2015, em Nampula, e, mais recentemente na Zambézia e no Niassa.

 

Caju para maior segurança alimentar

 

Com o apoio recentemente anunciado, 75.000 pequenos agricultores moçambicanos terão acesso a mudas de cajueiro e receberão formação em agro-florestação. O objetivo é aumentar a produção de alimentos nos períodos em que normalmente a produção de alimentos é baixa e produzir castanha de caju como fonte de renda.

 

O objectivo é que a maior diversidade na produção resulte tanto em aumento de rendimento como em maior resiliência.

 

No âmbito do novo acordo, o movimento cooperativo no país também será apoiado na organização dos agricultores para o desenvolvimento da cadeia de valor do caju, com especial atenção para as mulheres. Elas também contribuirão para a produção de alimentos seguros, sem aflatoxinas, através da produção e distribuição de AflaSafe. As aflatoxinas representam um risco para a saúde por serem cancerígenas e retardarem o crescimento e desenvolvimento mental das crianças. Ao tornar os alimentos mais seguros, podem ser obtidos importantes ganhos para a saúde dos moçambicanos.

 

Preparar a produção de alimentos para lidar com eventos climáticos extremos

 

No âmbito deste pacote recentemente aprovado a Norges Vel em parceria com a NORCAP (uma iniciativa do Conselho Norueguês para Refugiados - NRC), irá desenvolver e disponibilizar serviços meteorológicos e financeiros. Estes serviços tornarão os pequenos produtores de alimentos mais resilientes às mudanças climáticas.

 

Serão também potenciadas as oportunidades dos pequenos produtores, especialmente das mulheres, de se organizarem em cooperativas e a obterem uma maior participação na criação de valor.

 

Leia o comunicado de imprensa completo sobre o compromisso da Noruega com o financiamento de cinco anos para a sociedade civil (em inglês):

 

https://www.regjeringen.no/en/aktuelt/food-security-in-africa-norway-commits-five-year-funding-to-civil-society/id3045005/

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Cerca de 25 pacientes estão em risco de perder a vida, por falta de consumíveis para hemodiálise, desde Outubro do ano passado, no Hospital Central da Beira. Da lista dos consumíveis em falta constam as linhas de Circulação de Sangue, Bicarbonato de Sódio, Niprozol e Idealizadores que são os principais para a realização de Hemodiálise.

 

Segundo informações partilhadas à imprensa pelos pacientes, durante este período em que o HCB não dispõe destes consumíveis, registaram-se casos de mortes e o número de óbitos poderá subir se o sector da saúde não receber estes fármacos nos próximos dias.

 

“Neste momento somos apenas 25 pacientes que realizam hemodiálise neste hospital, mas antes o número era maior e outros não aguentaram e já perderam a vida. A cada dia vivemos de incertezas porque já estamos há dias sem evacuar e isso torna a nossa saúde mais crítica”, explicam os pacientes.

 

Dentre os pacientes, estão jovens, idosos e crianças que dependem deste tratamento para sobreviver e por cada sessão os pacientes dizem que pagam entre 6000 a 15 Mil Mts no hospital.

 

Por conta desta situação, os pacientes dizem que já contactaram a direcção do Hospital, mas sem sucesso, para além de uma carta ao Ministro da Saúde para expor a sua preocupação, mas até agora sem resposta. Em contacto com o Director do Hospital Central da Beira, Nelson Mucopo, explicou que a situação será resolvida dentro em breve, com a chegada de um carregamento de consumíveis prevista para esta quinta-feira.

 

Entretanto, para além deste carregamento, alguns parceiros já informaram que enviaram um lote de combustíveis por via aérea, que em princípio será entregue hoje.

 

“Neste momento, o Hospital Central da Beira conta com 27 pacientes que fazem hemodiálise, mas destes, 20 é que se ressentem da falta destes consumíveis, sendo que os restantes conseguem comprar fora para fazer a hemodiálise no hospital”, explicou. 

 

Mucopo disse ainda que, para este grupo de 20 pacientes, o Hospital ainda dispõe de um pequeno stock e durante este período consegue gerir a situação.

 

“Quando ficávamos sem um certo consumível, comunicávamos os pacientes e alguns conseguiam comprar. Entretanto, para outros casos acabávamos reduzindo o número de sessões, tendo em conta que cada paciente tinha que fazer três sessões de hemodiálise e acabamos reduzindo para duas ou uma, como forma de gerir a situação para abranger a todos”, garantiu. (M.A)

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O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) na província de Cabo Delgado anunciou esta quarta-feira (26), em conferência de imprensa na cidade de Pemba, a detenção de quatro indivíduos no passado dia 22 de Junho, na posse de 14 quilogramas de haxixe.

 

O porta-voz do SERNIC, Sumail Sabila, disse que os indivíduos, todos nacionais, foram capturados em flagrante delito, afirmando que já foi lavrado um auto e remetido ao Ministério Público para passos subsequentes.

 

Sabila acrescentou que o SERNIC tem estado a investigar os detidos há um mês, mas os indiciados ainda não revelaram a origem e destino da droga. Esta é a segunda apreensão que o SERNIC faz no presente ano.

 

Os acusados negam o seu envolvimento e dizem terem sido detidos injustamente. Um dos acusados explicou que apenas se viu a ser detido por agentes do SERNIC, numa altura em que estava com um amigo também detido. "Simplesmente falei com o dono do carro e peguei boleia. Pedi boleia por ser um amigo para me deixar na oficina", disse.

 

Outro acusado alegou que foi detido pelo SERNIC quando se aproximou para saber da razão da demora de devolução da sua viatura que tinha emprestado a um amigo.

 

"Sou mecânico, o moço deixou comigo, sempre reparo o carro dele e eu entreguei o número do dono do carro ao SERNIC. Eu não abri o carro, não tenho nada a ver com tráfico de drogas. É a pela primeira vez na minha vida que estou aqui", defendeu-se.

 

Até agora, o Serviço Nacional de Investigação Criminal e os detidos dizem não conhecer o proprietário da droga. (Carta)

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