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Política

Após 28 dias de recenseamento eleitoral (61% do período de 46 dias), apenas 50% (3.696.520 eleitores) da meta de 7.341.736 para as eleições gerais de 2019 foram registados. Na quarta semana de recenseamento, os 995.155 eleitores registados eram quase idênticos aos 995.003 registados na semana anterior. O total de inscrições até domingo 12 de Maio foi anunciado na tarde desta terça-feira. Duas semanas e meia faltam para o fim do recenseamento.

 

Gaza ainda tem o registo mais alto, com 75%, enquanto Nampula permanece com cifras baixas, com 44%. Depois de um mau começo, a Zambézia está a recuperar; teve a maior taxa de recenseamento na semana passada e agora atingiu 56% da meta.

 

A percentagem de mulheres como parte do número total de inscritos permanece em 53%. Até agora, os melhores desempenhos são os da cidade de Maputo (89% dos adultos em idade de votar) e Gaza (87%). Os registos mais baixos até agora são os de Niassa e Nampula, com 66%. A média nacional é de 74%.

 

No ano passado, 6,8 milhões de eleitores cadastraram-se e não precisam de fazê-lo novamente. A estimativa do censo geral da população de 2017 é de que haverá 14,2 milhões de adultos com idade de voto no dia das eleições, a 15 de Outubro. Mas a meta de eleitores para este ano é de 7,3 milhões de pessoas. 

 

Miguel de Brito, da International Idea, calcula que, combinando o registo no ano passado e os realizados até agora este ano, 10,5 milhões de eleitores estarão no rol dos eleitores. Isso representa 74% dos 14,2 milhões de adultos com idade de voto. Com as taxas de registo actuais, o número total final de eleitores poderá chegar a 12,9 milhões, o que representaria 87% do total da população em idade de votar. (Joe Hanlon)

O Governador de Nampula, Victor Borges, regressou no sábado passado ao “assombrado” palácio que é residência oficial do representante do poder central na capital do norte. Borges, sua esposa e dois filhos, haviam abandonado o palácio e durante 33 dias ocuparam aposentos de luxo no Hotel Grand Plaza, “fugindo a ratos e cobras”. Numa conversa com “Carta”, ele contou o drama por que diz ter passado durante longos meses: “Os ratos já eram demais. Circulavam pelo palácio em todos os compartimentos, vindos de buracos enormes no jardim das traseiras”, disse ele, ainda combalido.

 

O Instituto Eleitoral da África Austral (EISA), organização da sociedade civil, acusou ontem o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) de reduzir o número de eleitores nas zonas dominadas pela oposição para as eleições gerais de outubro próximo. A acusação consta de um estudo intitulado "Uma análise a partir da distribuição das brigadas de recenseamento eleitoral para as eleições de 2019 em Moçambique", elaborado pela delegação em Moçambique daquela Organização Não Governamental (ONG) da África Austral.

 

Depois de muita hesitação, o ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Joaquim Veríssimo, decidiu finalmente, nesta segunda-feira, dar luz verde à criação do partido Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS).

 

Em todo mundo, prender um corrupto e mantê-lo na prisão já não basta. É preciso confiscar-lhe a propriedade gerada na corrupção. Isso dói mais do que uns anitos de confinamento na cela. Dizem que os nossos detidos das “dívidas ocultas” calote estão se nas tintas. Quando saírem vão se chafurdar no ouro sujo calote.

 

Daviz Simango foi confirmado, neste domingo (13), candidato do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) para às VI eleições presidenciais aprazadas para 15 de Outubro próximo. Na verdade, ele apenas foi reconfirmado pelo Conselho Nacional, visto que o partido, na sua última reunião magna, no ano passado, já havia avançando o seu nome como o candidato às presidenciais do corrente ano.