Depois dos reajustes havidos em Maio e Junho últimos, em que os preços de combustíveis baixaram, reflectindo os efeitos da desvalorização dos produtos no mercado internacional por causa da Covid-19, em Julho passado, o Governo decidiu manter os preços.
Em entrevista à “Carta”, o Director Nacional de Hidrocarbonetos e Combustíveis, Moisés Paulino, explicou que, mesmo com condições para baixar, o Executivo decidiu manter os preços no último mês para não afectar os consumidores no futuro, concretamente nos últimos meses do ano.
“O Governo decidiu manter os preços para não afectar o consumidor final. Não fará sentido baixar agora, em Setembro e Outubro para, em Dezembro, em que haverá maior procura, subir os preços”, afirmou Paulino.
Noutra vertente, aquele gestor explicou que a manutenção visou também evitar o sufoco das distribuidoras de combustíveis (gasolineiras) que, actualmente, somam prejuízos devido aos efeitos da crise pandémica. “Então, foi após ponderar esses dois elementos, que o Governo decidiu pela manutenção dos preços”, reiterou Paulino.
E, porque o reajuste dos preços de combustíveis é, por lei, mensal, o nosso entrevistado esclareceu que a manutenção não significa o incumprimento da lei. Até porque se o mercado exigir no futuro, o Governo irá reajustar os preços, sublinhou a fonte.
Todavia, se até ao início da segunda quinzena do corrente mês, o Governo ainda não se pronunciou, pode significar que os preços dos combustíveis, em Agosto, deverão continuar intactos.
Nesse contexto, o litro de gasolina em postos de abastecimento mantém-se em 64,22 Meticais, gasóleo 58,96 Meticais, um litro equivalente de gás veicular (ou GNV) continua a ser comercializado a 30,35 Meticais. Com a manutenção, o preço de gás de cozinha continuará a custar 58,18 Meticais por kg, petróleo de iluminação 45,24 Meticais por litro. (Evaristo Chilingue)