Director: Marcelo Mosse

Maputo -

Actualizado de Segunda a Sexta

BCI

Carta de Opinião

quarta-feira, 30 dezembro 2020 09:56

Cabo sangrento

Terra ardente
Riqueza abundante
Povo combatente
Morre inocente
 
Cabo sangrento
Paz enjaulada
Terrorista maldito
Assassina rapaziada
 
Guerra fedorenta
Tanto combatida
Militar eremita
Pátria defendida
 
Juventude enganada
Pátria ameaçada
Casa queimada
Cultura renegada
 
Cabo sangrento
Lágrima derramada
Governante esquisito
Verdade desmentida
 
Criança faminta
Mãe aflita
Vida maldita
Sofrimento aumenta
 
Cabo sangrento - queremos a paz!
 
Omardine Omar - Maputo, Dezembro de 2020
segunda-feira, 28 dezembro 2020 12:42

E o fundo do Fundo Soberano?

“O que me preocupa não é o grito em torno do que será feito com o  Fundo Soberano (FS), mas sim o silêncio sobre as suas fontes de financiamento”. Volto a esta frase, mas antes um lembrete: na novela brasileira “O Bem Amado”, o perfeito Odorico Paraguaçu atribuía ao poeta Rui Barbosa algumas das suas eloquentes frases. Questionado sobre a  autenticidade de uma delas, o  Odorico  respondeu: “Se o Rui Barbosa não disse, devia ter dito”. O mesmo com a frase acima: se Martin Luther King ou uma outra figura mundial não disse, devia ter dito”. 

 

A citação é a propósito da auscultação em curso sobre o FS. Ao que parece, o FS é uma resposta para alojar e distribuir a (excedente) verba do gás de Palma e não só (rubis, grafite, etc), tendo a diversidade das fontes sido até teor de  uma recente observação do presidente da República na cidade da Beira, aquando da inauguração do edifício do Banco de Moçambique, a instituição na liderança da proposta e debate sobre o FS. E ainda a propósito: “Por acaso já houve uma auscultação sobre as fontes de financiamento do FS? Quiçá, por aqui fosse um caminho a considerar, lembrando, à luz da citação,  que não é só o ponto de chegada (destino)  do dinheiro  que preocupa, mas sim, e sobretudo,  o seu ponto de partida (origem) e este pode até não ser soberano, atendendo que o país não controle o negócio, e nem saudável, atendendo, por exemplo, a certas  circunstâncias do processo de exploração/produção como as de guerras e de violação dos direitos humanos, tal o caso do mundialmente famoso  “diamantes de sangue”, e ainda de políticas (fiscais, laborais, etc)  prejudiciais ao país.

 

E  longe de qualquer analogia (tipo “gás de sangue”), e bem  para concluir, urge que se traga  à mesa do debate as fontes de financiamento do FS, e do desenvolvimento em geral, e ainda, e é imprescindível, a necessidade de  aferir quão soberanas e saudáveis  elas são sob pena do FS ser, a partida, um fundo com um fundo falso e problemático. De contráio, e também dizia o citado perfeito: “Em cavalo manso todo o mundo monta”. E já agora: caso o perfeito Odorico Paraguaçu não tenha o dito, que tivesse dito.

segunda-feira, 28 dezembro 2020 09:46

Estou no zénite

O demonstrativo desse sentimento é a minha obsessão por lugares abertos com pouca gente, como aqui onde me encontro, na Praia da Barra, testemunhando a derrocada do próprio fascínio. Vejo o Índico avançando devagar, porém resoluto,  ao encontro das dunas ocupadas pelos homens, e parece já não haver nada a fazer perante a fúria do mar. Que vai destruir tudo isto.

 

Tenho o celular no dispositivo do silêncio, pois não quero ser interrompido nesta audição à música do oceano e dos pequenos montes de areia que vão sendo deluidos pelas ondas. Eu oiço esses montículos cantando dentro de mim a melodia da dor, composta pela ganância e estupidez. E nós mesmos não quisemos perceber os limites da nossa liberdade, indo até onde não deviamos, tocando em obras da natureza feitas apenas para a contemplação.

 

Eu também faço parte desta praia que vai sendo demolida pelas águas, pedaço a pedaço. Estou aqui há muitas horas e ainda não vi ninguém passando ou chegando, a não ser as aves marinhas voando rasante por sobre as ondas, outras passando perto de mim, saudando-me, ou simplesmente para admirarem alguém que ousa estar sozinho num sítio em decomposição. Sem medo de nada, nem da imensidão assustadora do mar determinado na devastação da terra.

 

Na verdade não tenho medo de estar aqui, e isso pode significar que estou no zénite, e a solidão, como se sabe, é o ponto mais alto da vida, e eu já estou lá, onde posso delirar livremente nas minhas alucinações provocadas pela incenssante imaginação. Aliás a minha vinda à Barra revela isso, mas no fundo é mentira, nunca estou sozinho. Tenho o mar como almofada, as dunas ruindo, as aves planando, e a presença magnética do silêncio que me faz viver como nunca.

 

Se há uma ave por estas bandas, arrebatada e desfrutando  deste encanto sem limites, eu sou! Não me importam os ponteiros do relógio, nem as chamadas dos amigos que ligam ao meu telefone activado para o silêncio, esses podem esperar, contrariamente a esta consonância entre mim, o Índico, as dunas, os ventos, e o próprio silêncio. Até porque cheguei a pensar que a praia estivesse vazia, ela está repleta desta poção mágica vertida por sobre a minha alma.

 

A praia da Barra dói-me na música que ela canta, composta no conservatório do fundo dos mares. Ninguém a quer escutar, pois cada vibração  é uma facada na esperança. A Barra pende num fio frágil que vai rebentar daqui a pouco, e  eu estou aqui assistindo a esse momento dramático, com o celular no silêncio. E como o sol já está a cair no horizonte, por hoje basta, vou-me embora, entristecido, desolado como todo este espaço esplendoroso. Se calhar volte outro dia, sem expectativa, quem sabe!

quarta-feira, 23 dezembro 2020 07:25

Guerra

Brava juventude

Defenda virtude

Pátria condenada

Bandeira armada

 

Cabo Delgado

Vive medo

Juventude condenada

Guerra intensificada

 

Todos choram

Riqueza roubada

População escorraçada

Ninguém reclama

 

Alma esquecida

Xitaxi apagado

Dor profunda

Militar corrompido

 

Cabo abençoado 

Guerra porquê

Povo sofrendo

Terror Moçambique

 

Moçambique viva!

Sangue derramado

Maldito bandido

Saqueando iva


Omardine Omar - Maputo, Dezembro de 2020

quarta-feira, 16 dezembro 2020 09:17

A trágica história dos “irmãos Liphiody”

Os irmãos Liphiody já viviam em constante tensão, muito antes da chefe de família perder a vida. Rabeca Liphiody era o nome da mãe, a protectora dos cincos irmãos Liphiody. Desempregados, e apenas uma com formação superior no estrangeiro, sendo que os restantes, quatro, possuem uma vida turbulenta, tanto no amor como financeiramente. 
 
Discussões banais e insultos eram constantes. A dona Rabeca Liphiody, que logo cedo se tornou solteira, e posteriormente viúva, cuidou da educação dos seus filhos, experimentando tudo de mau e bom.
 
Rabeca Liphiody, natural de Mutarara, situado na região nortenha da província de Tete, é uma mulher guerreira e famosa por ter participado da Luta de Libertação Nacional, de onde viria a ter a patente de capitã, fruto da sua entrega na defesa da pátria durante a sua mocidade. Para além de ser empreendedora e curandeira, a dona Rabeca chegou a dirigir a organização da mulher do Partido Frelimo, no Chiveve.
 
Na busca pela vida, de burlas sofridas aos problemas de saúde, dona Rabeca caiu doente, e foi parar, primeiramente, em Malawi e, posteriormente, em Maputo, no Instituto do Coração (ICOR). Após recuperar da trombose, por ordem dos médicos, Rabeca acabou fixando sua residência na “Cidade das Acácias”, para dar seguimento ao tratamento médico. Anos passaram, e a família Liphiody vivia em meio a certos dilemas envolvendo alguns dos seus filhos, que mergulharam no mundo da droga e gravidezes indesejadas.
 
O carácter dos filhos da dona Rabeca levou-os a serem expulsos e acusados de roubar na empresa de construção, em Gaza. O filho mais velho, Jacaranda, envolvido num casamento dedicado a discussões e traições, viu a sua viatura sabotada e incendiada pela esposa, que já não queria continuar no matrimónio.
Além disso, a droga consumia a alma do filho mais novo da senhora Rabeca, o Titino. Ele era um jovem tagarela, confuso, oportunista e sabotador. Estes atributos levaram-no a nunca permanecer em nenhum emprego que conseguiu, mesmo com as especializações em condução de viaturas. 
 
Titino, quando trabalhava na empresa de construção, desviava diariamente quantidades de material de construção da empresa. Em três meses, ele conseguiu comprar uma viatura, passou a vender cocaína, heroína e suruma. Também, ele frequentava os corredores dos grupos vocacionados ao abate e venda de troféus de animais protegidos por Lei. O jovem Titino tinha uma vida boémia. “Gajas boas para ali, mulatas fogosas para acolá”. Vivia uma vida inteiramente de aparência. Nessa altura, Titino havia oferecido 100 mil meticais à sua mãe, a qual pretendia construir uma casa para a família.
 
Repentinamente, os escândalos dos filhos da dona Rabeca rebentaram. Os dois foram expulsos e caíram no desemprego. Titino tentou ser narcotraficante, mas tudo viria a desmoronar. Sem soluções, a oferta feita à mãe transformou-se em dívida e uma via de extorsão para a dona Rabeca. Mensalmente, dona Rabeca tinha que descontar do seu pargo subsídio de antiga combatente da Luta de Libertação Nacional uma quantia de 5 mil meticais.
 
A situação prevaleceu durante algum tempo. O jovem, sem alternativas, decidiu mudar para casa da sua mãe, contudo, em pouco tempo, envolveu-se com uma rapariga da zona, engravidou-a, sendo que Titino viu-se obrigado a juntar-se a ela. Sem emprego, e a família da jovem pressionando-o a se juntarem, Titino teve que levar a companheira para a casa da mãe, onde, de choque em choque, teve que procurar por outro abrigo, porque a dona Rabeca já estava farta de tudo que se passava na sua casa.
 
O tempo foi passando, e a filha da dona Rabeca, a Judite, regressou dos estudos no estrangeiro, onde fizera uma licenciatura em Engenharia de Processos. Com ar refugado, voz aportuguesada e asas levantadas, Judite sentia-se a mais inteligente e o orgulho da família. Contudo, a realidade era diferente com a irmã Alda Liphiody, que estava no lar em Maputo, e a Cisca, a mais nova, que já tinha dois filhos e residia em Tete. Nisto, a vida da família seguia embrenhada de problemas que se acumulavam na cabeça da dona Rabeca, mãe e pai dos cincos filhos, com um neto problemático, ladrão, confuso, drogado e ignorante.
 
Entretanto, as confusões não acabavam. Ameaças e expulsões eram constantes. A esquadra do Bairro Jonasse, na Matola-rio, em Maputo, virou um local de constante queixas e resoluções de problemas familiares. Os agentes cansaram-se. As igrejas existentes nas redondezas recebiam visitas da família, de semana em semana, ao ponto de não se saber o que a mesma realmente procurava naqueles espaços de amor e caridade.
 
Ora, o ano 2020 começou em meio a tanta euforia e projectos. O ambiente aparentava dos melhores. Em Fevereiro do mesmo ano, Alda deu à luz a uma linda menina. Devido ao mau tratamento no Hospital de Mavalane, a jovem teve que fazer confusão para ter alta. A menina nasceu prematura, porém forte.
 
Tristemente, em Fevereiro, a dona Rabeca Liphiody começou a ter falhas de memória, falando coisas sem sentido e registando sinais de memória invertida. 
 
A situação foi piorando. Consultas feitas diziam que a mesma estava com a tensão alta e precisava de repouso. Mas era um diagnóstico errado! Levou-se para diversas clínicas, em Março, mas o filho mais velho, o Jacaranda, decidiu esconder os resultados dos exames. Um mês depois, diante de tanta pressão das irmãs, Jacaranda apresentou os exames os quais revelaram que ela tinha dois tumores instalados na cabeça.
 
Diante da situação de saúde deteriorada e a mensagem errada que recebia nos hospitais, em Moçambique, devido à pandemia da Covid-19, e com o estado clínico da dona Rabeca Liphiody, que já padecia de outras doenças complicadas. Durante o Estado de Emergência (EE), a combativa e forte dona Rabeca Liphiody foi perdendo a força, pelo que nem um prato vazio conseguia tirar da mesa. Ela precisava de alguém para que tudo lhe fosse feito. Passando algum tempo, ela já não conseguia levantar da cama.
 
Nisto, a única solução foi levar a dona Rabeca para o Hospital Central de Maputo (HCM), onde os filhos, em vez de rezar e fazer de tudo para que a saúde da sua mãe melhorasse, passavam a vida a competir, e a gabar-se sobre quem era o melhor filho ou quem melhor cuidava da mãe. De Abril a Junho, o estado clínico da dona Rabeca deteriorou-se, tendo perdido a vida no dia 29 de Junho. Em meio a uma semana turbulenta, a sua filha Alda, viu o seu esposo detido três dias antes de a mãe perder a vida.
 
Ora, na tarde de segunda-feira, 29 de Junho de 2020, dona Rabeca Liphiody deixou de respirar, após ter “combatido um bom combate”, quanto na vida social, política, económica, cultural e familiar. Entretanto, a tragédia da família viria a recomeçar com o desaparecimento físico da chefe da família. Dias antes, o filho mais novo, Titino, foi, na calada da noite, acompanhado da esposa, na casa da mãe, semear objectos estranhos no terreno da mãe.
 
Desde a morte da dona Rabeca, a confusão instalou-se. Os cincos irmãos Liphiody já não conseguiam se encarar por muito tempo. Em causa, estavam três casas e terrenos deixados pela dona Rabeca Liphiody, nas cidades da Beira, Matola e distrito de Mutarara, na província de Tete. Enquanto os dois irmãos pensavam em vender tudo e comprar uma frota de viaturas para fazer táxi, as três raparigas pensavam em vender tudo, dividir as moedas para cada uma e seguir com as suas vidas.
 
A raiva era tanta que, mesmo com um testamento deixado pela dona Rabeca Liphiody, os dois filhos alegaram que o mesmo foi rabiscado num momento em que a mesma não gozava de boa memória. A família Liphiody demonstrou estar dividida, mesmo no momento das cerimónias fúnebres, que foram tão apressadas, não tendo respeitado as vontades da dona Rabeca. No dia da despedida, os ânimos de todos foram tão elevados que terminaram em discussão e promessas de vingança.
Por conseguinte, os irmãos Liphiody destruíram o cordão umbilical. 
 
Semearam o ódio e mataram a irmandade que os unia um com o outro. A fonte de fácil enriquecimento fez-lhes vender tudo que a mãe conquistara a ferro e fogo. Os irmãos Liphiody não pensaram num futuro de continuidade da família Liphiody, e permitiram que o diabo vencesse a vontade divina e o sacrifício de uma grande mulher. (I) 

M´saho é essa grande festa dos chopes, organizada anualmente para esconjurar os espíritos que têm trazido ventos infaustos por aqui. O próprio mwenje, árvore de onde se vai extrair a madeira para produção da timbila, está sendo varrido por poeiras invisíveis que se instalaram em mãos humanas para destruir. De ano para ano a sensação que nos fica é de que o remoinho provocado pelo toque e dança e canto desta tribo do sul de Moçambique está a desvanecer. E para agravar o cenário sombrio, veio a COVID-19  impedir a realização – que teria sido em Agosto – do festival cujo palco entra em consonância com as Lagoas de Quissico.

 

Warethwa! (Cuidado!). Na verdade quando a xipalapala retumba, é preciso ter-se cuidado com o que vem das mãos e do corpo inteiro dos chopes. Da alma deles. Inabalável. Revolta. Insaciável. Quer dizer, Quissico - o vilarejo eleito - ressurge. Engrandece-se. Embevece. E é projectado para o mundo inteiro, de onde depois traz as pessoas do planeta para este lugar insignificante na sua geografia. Todos querem estar aqui para se embebedarem com a loucura da timbila. Delirarem com as diabruras esvoaçantes da mathchatchulani, que vai parecer uma gazela dançando livre nas savanas, nas manhãs, agradecendo à Deus pelo sol que raia com esplendor no crepúsculo..

 

Mas hoje em dia  eu não sei se o M´saho ainda tem verve. Não sei se esta festa continua a resguardar o unguento dos tempos para amassajar as almas sedentas da secular música vertiginosa  dos chopes. Não sei! Tenho as minhas dúvidas. Parece ser urgente e inadiável que se tenha em grande consideração o facto de estarmos perante um Património Cultural da  Humanidade. Não que não haja esse respeito, mas a sensação que tenho é de que está-se a fazer pouco, começando pelo palco que acolhe as orquestras.  Ou seja, para quem chega antes de começar o M´saho, e antes de chegarem as pessoas da assistência, regra geral o que se vê são pequenos sinais como dísticos  apelativos com pouca chama  em termos de imagem. E pior do que isso, olhando-se para o palco, a pergunta que vai surgir imediatamente  será: é aqui onde vamos assistir às loucuras dos chopes? Na verdade o palco instalado não é de forma alguma digno de receber uma manifestação de tão elevado porte cultural.

 

É aqui provavelmente onde começa, ou se agudiza a contrariedade.  Talvez a decepção.  Os executantes são acolhidos naquilo que tende mais para um alpendre carrancudo, do que propriamente para um palco. Quem construiu aquilo provavelmente não tem sensibilidade sobre o que é um festival desta dimensão, sobre a grandeza da timbila no mundo. Não só temos na obra os irritantes pilares múltiplos, como também o tecto atarracado, sufocando os artistas e aqueles que estão sentados nas bancadas.

 

Em conversa oportuna com Filimone Meigos (director do ISARC) e Rufas Maculuve, músico e professor de música na mesma instituição, eles também indignaram-se com o palco que deve ser repensado urgentemente para os próximos festivais. O lugar tem um tesouro invejável que são as Lagoas de Quissico, esplendorosas, algo que não pode passar despercebido durante o evento. As Lagoas de Quissico devem fazer parte do Festival. E fazer com que aquela paisagem seja pertença do M´saho, passa necessariamente por repensar o palco.

 

É imperioso e urgente levar as coisas mais a sério, porque aqueles que vão à Quissico pelas alturas do M´saho, querem ver a beleza em si estampada em todo o lado. Os estrangeiros em particular, vão para ali  porque já ouviram falar desta manifestação cultural e sabem que é Património Cultural da Humanidade. Sabem que a festa da timbila é elevada, então os organizadores precisam de corresponder à todas as expectativas, tornando o festival num importante eixo que deve passar também pela capacidade de fazer a comunicação e imagem. O Marketing. E espreitar aquilo que se faz noutros eventos pelo mundo fora, porque o M´saho tem dimesão mundial. E em tendo uma dimensão universal, é preciso fazer algo que justifique isso.