O Millennium bim apoiou o projecto de reabilitação do Santuário São José de Boroma, situado a cerca de trinta quilómetros da cidade de Tete, contribuindo para devolver beleza e dignidade a este edifício histórico com mais de 100 anos, inaugurado em 1885.
Este apoio foi destacado pelo presidente da Comissão Executiva do Millennium bim, João Martins, “O Millennium bim orgulha-se de poder apoiar a preservação e revitalização do património histórico e cultural de Moçambique, um compromisso que reflecte o nosso profundo respeito pela herança, história e identidade do país. O Santuário contribui activamente para promover o crescimento do turismo local, bem como a educação e formação profissional, com forte impacto nas comunidades, o que se enquadra na nossa visão de sustentabilidade”.
O Millennium bim reforça, assim, o compromisso de contribuir activamente para a edificação, melhoria e preservação dos patrimónios históricos nacionais, permitindo uma maior valorização dos elementos culturais da província de Tete e do país.
Este projecto insere-se no programa de responsabilidade social do Millennium bim “Mais Moçambique pra mim”.
A pirataria de conteúdos está a reduzir as oportunidades de jovens criadores ganharem a vida através do seu trabalho. Entretanto, o impacto mais insidioso da pirataria de conteúdo na área de entretenimento é como esta mina a capacidade de África contar as suas próprias histórias.
À medida que os canais de conteúdo evoluíram para fornecer entretenimento em uma infinidade de dispositivos e plataformas, a pirataria de conteúdo evolui significativamente. Antes, a pirataria envolvia bancos de dispositivos de gravação e fitas. Hoje em dia, a sofisticada tecnologia de streaming é usada para redistribuir ilegalmente conteúdo de e em plataformas online.
Produtores, estúdios e detentores de direitos encontram-se numa corrida tecnológica no combate aos piratas, trabalhando para desenvolver estratégias de segurança de conteúdo, incluindo das suas plataformas, de modo a proteger a reputação da sua marca, sua receita e os milhares trabalhadores cujos meios de subsistência dependem da indústria.
Um novo relatório da Parks Associates mostra que o valor dos serviços de vídeo pirata acessados por consumidores de TV paga e TV não paga ultrapassará US$ 67 bilhões este ano. Esses bilhões de dólares representam a renda roubada de produtores de conteúdo, plataformas de entretenimento e profissionais de produção em todo o mundo.
Nos Estados Unidos de América, um relatório da indústria de conteúdo estimou que a pirataria de vídeo digital custa à economia entre 230.000 e 560.000 postos de trabalho todos os anos e até 115,3 mil milhões de dólares em produto interno bruto reduzido.
Outro desafio que as indústrias de conteúdo enfrentam é o facto da pirataria estar a tornar-se endêmica e culturalmente aceite. A pesquisa de mercado afirma que 34% dos usuários da Geração Z usam sites de ripagem de fluxo e, no Reino Unido, 69% das visitas a sites de ripagem de fluxo são visitas directas, em vez de provenientes da pesquisa.
Em África, onde os recursos são limitados, a pirataria também é generalizada. Uma pesquisa da Irdeto descobriu que os usuários em cinco grandes territórios africanos fizeram 17,4 milhões de visitas aos 10 principais sites de pirataria identificados na internet em um único período de três meses.
Embora a pirataria possa parecer pouco notável, tem impactos humanos directos. Nos casos em que os conteúdos são habitualmente roubados, as indústrias baseadas na criação de conteúdos mediante uma remuneração justa podem deixar de ser viáveis. Os empregos desaparecem, assim como o conteúdo que reflecte a vida do público.
“Pirataria é roubo”, diz Frikkie Jonker, Director de Radiodifusão e Cibersegurança: Antipirataria da Irdeto. “Quando as pessoas roubam conteúdo, essas produções deixam de ser viáveis, essas histórias não são contadas e as pessoas que criam esse conteúdo não são pagas.”
Jonker diz que o mesmo princípio se aplica a todo o sector de conteúdo de vídeo – para filmes, desporto, séries, telenovelas, talk shows e documentários.
“Na MultiChoice, sabemos que o sector da televisão é um grande multiplicador económico em África, que directa e indiretamente cria milhares de empregos”, afirma Jonker. “A pirataria ameaça a existência desses empregos – e o bem-estar das comunidades em todo o continente.”
Jonker cita o exemplo do trabalho da MultiChoice Nigéria, através da Africa Magic, que encomendou, produziu e adquiriu mais de US$ 85 milhões em conteúdo local.
Além da indústria do entretenimento em si, o impacto da Africa Magic fez injecções financeiras significativas em indústrias adjacentes, como os sectores de viagens, hotelaria, construção e manufactura. Todos estes investimentos estão ameaçados pelo flagelo da pirataria.
“Está demonstrado que a pirataria desencoraja a criatividade e a inovação no sector de conteúdos, porque os criadores e inovadores podem não receber as recompensas financeiras que merecem pelo seu trabalho”, acrescenta Jonker.
A um nível mais geral, a pirataria pode também normalizar o roubo de propriedade intelectual e minar o respeito pelo Estado de direito, para além de expor os consumidores a riscos como ‘malware’, roubo de identidade, fraude e outras formas de cibercrime perigoso.
De acordo com o Muso Piracy Data Overview, a pirataria televisiva cresceu mais de 10% em um ano e a pirataria cinematográfica quase 50%. Também constatou uma tendência crescente nas visitas a plataformas digitais de pirataria – um aumento de 18% em relação a 2021.
“Se a pirataria continuar sem controlo, menos histórias africanas serão contadas”, diz Jonker, acrescentando que menos produções locais serão encomendadas e os produtores de conteúdo terão menos oportunidades.”
A MultiChoice Africa Holdings lançou recentemente uma campanha televisiva em todo o continente para chamar a atenção para o facto de a pirataria “descontar” histórias de África e destruir empregos nas indústrias criativas e de produção.
Em linha com esta campanha, Jonker apela para que telespectadores e consumidores africanos se unam contra a pirataria, de modo a permitir que os criativos africanos possam ganhar a vida com o seu talento.
“Se conseguirmos vencer a pirataria, libertaremos a economia criativa africana e multiplicaremos o seu impacto”, afirma. “Milhares de outros empregos e carreiras serão criados, e seremos capazes de dar às pessoas africanas entretenimento de classe mundial que recflita as suas vidas”, conclui.
A proposta foi apresentada na última terça-feira, na cidade de Pemba, às autoridades de Cabo Delgado, pelo Director-Adjunto das Administração Nacional das Áreas de Conservação, Jorge Fernando, durante a XVII Sessão do Conselho de Representação do Estado.
Fernando justificou que a escolha de Palma para transformar em segunda área de conservação em Cabo Delgado deve-se à protecção da biodiversidade, devido à exploração desenfreada. Sustentou ainda que Palma tem animais e factores ecológicos que exigem a manutenção da biodiversidade e dos ecossistemas.
"Temos naquela região lagoas que não devem ser destruídas, uma variedade de pássaros e de mamíferos protegidos e uma comunicabilidade ecológica da biodiversidade e dos ecossistemas que aí existem. Temos ainda planícies, florestas densas e secas, então, tudo isso faz com que seja declarada como área chave de biodiversidade".
O Director-Adjunto das Áreas de Conservação garante que não haverá degradação da biodiversidade no distrito, pese embora naquela região de Cabo Delgado ocorram projectos que podem afectar o ambiente.
"Carta" soube que nos postos administrativos transfronteiriços cidadãos estrangeiros em conivência com nacionais têm vindo a devastar a floresta para exploração de madeira, que mais tarde é vendida na vizinha República da Tanzânia.
Recorde-se que, no ano passado, o governo apoderou-se de vastas terras estimadas em 12 mil hectares na zona de Quitanda, no distrito de Palma, em nome do Centro de Promoção do Desenvolvimento Económico de Cabo Delgado, um assunto que deu muita polémica, na sequência de denúncias das organizações da Sociedade Civil dando conta de que a posse não tinha sido transparente e as autoridades se tinham aproveitado da fuga da população devido aos ataques para legalizar as parcelas. (Carta)
O Porto da Beira, localizado na província de Sofala e cujos terminais de contentores e de carga geral estão concessionados à Cornelder de Moçambique (CdM), recebeu, recentemente, o navio MV Floriana VI, o maior em comprimento que já atracou no seu ancoradouro.
O MV Floriana VI, com bandeira da Suíça, que utiliza a linha de navegação MSC, é um navio de contentores com 258 metros de comprimento e 40 de largura, e liga o Porto da Beira ao mercado asiático.
Com uma capacidade de 5.364 TEUs, o MV Floriana VI é mais um navio Post Panamax que atraca no Porto da Beira, depois do MSC Houston, com 266 metros de comprimento, que também atracou este ano, no passado dia 12 de Junho, e do Wide Juliet, com 255 metros de comprimento, que atracou em Junho de 2020.
Com o MV Floriana VI, o Porto da Beira bate, pela segunda vez este ano, o recorde de navio com maior comprimento a atracar no seu ancoradouro, facto que se deve, em grande medida, ao crescimento significativo do movimento de carga contentorizada e de outras cargas, associado à estratégia comercial assertiva que a Cornelder de Moçambique vem a desenvolver nos mercados da região.
Acresce-se, ainda, o forte investimento que a concessionária tem feito na melhoria das acessibilidades ao porto, aquisição de modernos equipamentos de manuseamento, expansão de áreas de armazenagem, introdução de novas tecnologias e sistemas para optimizar as operações, entre outros factores que concorrem para a melhoria do desempenho do ancoradouro, conferindo, dessa forma, maior confiança aos clientes e utilizadores.
Entre os investimentos realizados, sobressai a dragagem de aprofundamento do canal de acesso, da bacia de manobras e do cais de acostagem, que são determinantes para que navios de tipologia Panamax e Post Panamax, com grande capacidade de carga, escalem o Porto da Beira com maior regularidade.
Importa realçar que, em 2021 e 2022, o Porto da Beira, concessionado à Cornelder de Moçambique há 25 anos, foi classificado pelo Banco Mundial como o melhor da África Austral em termos de desempenho de carga contentorizada.
O seu terminal de contentores é um dos mais modernos da África Austral e tem ao seu serviço um moderno sistema informatizado de gestão, o Navis N4, tido como o mais avançado ao nível da indústria portuária mundial.(Carta)
Dez presidentes das comissões distritais de eleições foram empossados esta terça-feira (14), para conduzir o processo eleitoral de 2024, que inclui a educação cívica, recenseamento e o escrutínio. Trata-se dos presidentes das comissões distritais de Ancuabe, Macomia, Nangade, Namuno, Mecufi, Quissanga, Metuge, Muidumbe, Meluco e Palma.
O presidente da Comissão Provincial de Eleições em Cabo Delgado, Albino Pariela, apelou aos empossados para observância de integridade e responsabilidade na gestão do processo eleitoral, alertando que o cargo requer muita idoneidade. Os empossados comprometeram-se a observar a Lei Eleitoral e a Constituição da República. (Carta)