A Moçambique Telecom (Tmcel) e a Associação de Comércio, Indústria e Serviços (ACIS) assinaram, quarta-feira (11) finda, em Maputo, um memorando de entendimento para a troca de serviços.
O acto, segundo o director-excutivo da Tmcel, Augusto Fé, visa colocar à disposição da ACIS equipamentos de voz e dados para melhorar o ambiente de trabalho dos seus colaboradores e membros da Associação.
“Essa parceria empresarial, (…) com benefícios recíprocos para as empresas, prevê também garantir que todas as acções sejam utilizadas exclusivamente para fins e objectos do presente contrato (ou seja, memorando), bem como disponibilizar todos os recursos necessários à sua operacionalização”, acrescentou Fé.
A Tmcel acredita que a parceria irá trazer, a médio e longo prazos, resultados positivos para o sector privado e empresarial no geral. “Assim, renovamos o nosso empenho em continuar a colaborar com o sector empresarial e a sociedade moçambicana, com vista a consolidar as práticas como empresa comprometida em comunicar e desenvolver Moçambique”, afirmou o director-executivo da Tmcel.
O presidente da ACIS, Luís Magaço, disse, por seu turno, que com o memorando ora assinado espera a troca de serviços e benefícios entre a Associação e a Tmcel. Com essa parceria, “nós teremos acesso facilitado e privilegiado nas áreas das telecomunicações através de dados e voz e a Tmcel terá na ACIS um acesso privilegiado aos seus membros, às suas ferramentas, aos seus eventos e a outros actos que forem desenvolvidos pela ACIS”, concluiu Magaço. (Evaristo Chilingue)
A capital do País acolheu, na quarta-feira, 11 de Setembro, a quarta edição da Cimeira Financial Times em Moçambique, durante a qual o administrador delegado do Standard Bank, Chuma Nwokocha, defendeu a necessidade de o País se focar na capacitação das suas Pequenas e Médias Empresas (PME) para que tirem, efectivamente, vantagem das oportunidades que se abrem com a implantação dos projectos associados à exploração do gás natural na bacia do Rovuma, na província de Cabo Delgado.
Este apelo surge do facto de existir um défice de participação deste segmento de empresas no processo de desenvolvimento sustentável do País, bem como na prestação de serviços e fornecimento de bens aos grandes projectos.
É neste sentido que Chuma Nwokocha aponta como prioridade a capacitação das PME para que estas tenham acesso às oportunidades existentes, não só nos grandes projectos, mas também nos mercados regional, continental e mundial.
“O financiamento é a parte menos relevante, neste momento. O mais importante é ajudar as empresas moçambicanas, em particular as pequenas e médias a adquirirem capacidades e conhecimentos, pois só assim é que terão acesso às oportunidades criadas pelos projectos da bacia do Rovuma”, disse o administrador delegado do Standard Bank.
Chuma Nwokocha defendeu, ainda, a contínua aposta na agricultura, apesar do enorme potencial que o País detém no sector energético: “A agricultura contribui com 24 por cento para o nosso Produto Interno Bruto e é o maior empregador da população moçambicana. Ou seja, é um sector a ter sempre em conta. Não podemos abandoná-los, só porque descobrimos o gás”.
Chuma Nwokocha falava na abertura da quarta edição da Cimeira Financial Times em Moçambique, que, na sua opinião, se afigura como uma excelente plataforma de debate e de troca de experiências sobre as melhores soluções para o futuro do País.
“O Standard Bank sempre investiu no futuro de Moçambique, onde está implantado há mais de 125 anos. Por isso, apoia a realização desta cimeira desde o primeiro momento. Estamos felizes com a qualidade dos debates, que vão, certamente, contribuir para um crescimento sustentável e inclusivo do País”, sublinhou.
A cerimónia de abertura foi dirigida pelo ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, para quem o evento serve de montra para as oportunidades que o País possui em diversas áreas, pois “a partir daqui é mais fácil fazer saber que existimos e que Moçambique é um bom País para se investir”.
“Esta cimeira é uma plataforma que nos permite trocar informações sobre as nossas potencialidades. A Financial Times é uma publicação especializada em assuntos económicos, com inserção mundial, e é sempre bom termos um evento desta natureza aqui. Temos e fazemos muitas coisas boas, mas não temos tido a capacidade de as fazer chegar ao mundo, e as pessoas que não conhecem Moçambique começam, pelo menos, a ter informações a partir daqui”, disse Adriano Maleiane.
Importa realçar que a quarta edição desta cimeira teve como tema “Construindo Resiliência para um Crescimento a Longo Prazo”, dada a necessidade e pertinência do debate sobre reformas e soluções que possam permitir um crescimento sustentável da economia, transformando os actuais desafios em oportunidades.
A tónica das apresentações e dos debates esteve centrada na diversificação da economia do País e a introdução de reformas com vista ao seu crescimento sustentável, numa altura em que o País se prepara para receber grandes volumes de investimento associados à exploração do gás na bacia do Rovuma, em Cabo Delgado.(Fds)
No âmbito da operacionalização do sistema de informação do mercado do trabalho, terá lugar, entre os dias 9 e 13 de Setembro, em Maputo, uma capacitação dos técnicos do sector de trabalho em matéria de estatística de trabalho e análise do mercado do trabalho.
A capacitação, que vai abarcar 25 técnicos do Ministério do Trabalho, Emprego e Segurança Social (MITESS), dos níveis central e provincial, será orientada por especialistas portugueses à luz da cooperação com Portugal no domínio de trabalho, emprego e segurança social, especificamente, o tratamento e análise dos dados das fontes administrativas com ênfase na folha de relação nominal e de remunerações.(Fds)
Ontem, na sua viagem de Maputo para Antananarivo, num voo papal TM 8004, o Papa Francisco tomou como sobremesa doce de mandioca com leite de coco de Inhambane, numa oferta de catering da SMS pensada para moçambicanizar a refeição. Entre os pratos principais havia peixe e carnes (mais refeições especiais). O Papa optou pelo "vermelhão" grelhado com arroz de coco.
O Papa Francisco escolheu a LAM para se deslocar a Madagascar e a companhia nacional de bandeira indicou o seu director de operações de voo Hilário Tembe para comandante (com categoria de especialista). O Boeing 373/700 partiu de Maputo quando eram precisamente 12:45, esta sexta-feira, para Antananarivo, capital Malgaxe, onde era esperado aterrar duas horas depois.
Depois de, em 2018, o Banco Africando de Desenvolvimento (BAD) aprovar 50 milhões de USD para financiar diversos projectos do sector público, este ano a instituição prevê muito mais. Dados facultados, há dias, pelo representante daquela instituição financeira em Moçambique, Pietro Toigo em entrevista à “Carta”, indicam que o BAB projecta para este ano um investimento de 150 milhões de USD. Desse valor, 30 milhões de USD estão previstos para o sector privado e os restantes para o sector público.
No futuro, a previsão do BAD de aumentar o financiamento à economia nacional é maior ainda, devido, por um lado, à situação económica do país que tende a recuperar e, por outro, à implementação dos projectos de Gás Natural a instalaram-se na Bacia do Rovuma.
“Eu sou bastante optimista na capacidade de o país desenvolver projectos que têm padrões suficientemente altos para serem financiados pelo BAD, principalmente no sector privado”, afirmou Toigo.
Em 42 anos, o BAD já financiou a economia nacional em 2.7 biliões de USD, a mais de 100 operações. Actualmente, as 22 operações em carteira são estimadas em perto de 1 bilião de USD, dos quais 61.8 por cento para o sector de transporte, 22.9 por cento para agricultura e ambiente, 7.7 por cento em projectos multissectoriais, 4.2 por cento no sector social, 2.2 por cento em energia e 1.1 por cento no sector de água.(Evaristo Chilingue)