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Empresas, Marcas e Pessoas

 Perto de uma centena de agentes económicos presenciou o evento.

Com foco às Pequenas e Médias Empresas (PME), a mineradora Vale Moçambique, que explora carvão mineral no distrito de Moatize, província de Tete, e a petroquímica sul-africana Sasol, que extrai gás natural em Pande e Temane, na província de Inhambane, apresentaram nesta terça-feira (19), em Maputo, diversas oportunidades de negócios.

 

Num evento co-organizado pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) e as duas multinacionais, o responsável pelo Conteúdo Local na Sasol, António Fumo, disse que a empresa que representa tem, actualmente, uma carteira de vários projectos, em que as PME podem fazer negócios.

 

“Há projectos relacionados à manutenção para a sustentabilidade das operações de Temane. Projectos contínuos de optimização do centro de processamento, compreensão de baixa pressão na sua terceira fase, perfuração de poços adicionais, em 2020, restauração da integridade de alguns poços, descongestionamento do centro de processamento de Temane, a solução de eliminação das águas produzidas no processo de produção de gás, compreensão nos campos de Pande, entre outros projectos”, explicou Fumo.

 

Por seu turno, o responsável pela área de Conteúdo Local na mineradora Vale Moçambique, José Nuvunga, apresentou também as diversas oportunidades de negócios que, actualmente, a sua empresa tem para as PME.

 

“Em termos de oportunidades, nós contratamos vários serviços e bens. Requisitamos serviços gerais, de consultoria, ambientais, administrativos, Tecnologias de Informação. Igualmente, buscamos serviços de construção civil, construções mecânicas, perfuração, caldeira industrial, desmontagem, entre outros projectos”, explicou Nuvunga.

 

De entre vários requisitos para que as PME se beneficiem desses projectos, a Vale e a Sasol exigem que as empresas se cadastrem na base de dados das multinacionais, preenchendo, adequadamente, os formulários apresentados. Aquelas empresas exigem, igualmente, a apresentação de propostas comerciais, bem como a certificação.

 

No âmbito do Conteúdo Local, o nível de contratação nacional ou local da Sasol e da Vale, segundo os referidos representantes, ronda actualmente nos 40 e 70 por respectivamente. (Evaristo Chilingue)

Técnicos da Fenix carregando kits de TV a caminho de mais uma instalação ( a esquerda) Técnico da Fenix procedendo a montagem de um antena parabólica (a direita)A Fenix ​​Moçambique, empresa provedora de soluções de energia solar e a DStv, líder no mercado na provisão de serviços de televisão  digital e por satélite, formalizaram, recentemente um acordo de parceria com vista a propiciar o acesso dos produtos comercializados por ambas empresas à população nacional, actualmente desprovida do acesso a rede eléctrica nacional. O acordo ora firmado abrange neste primeira fase as províncias de Maputo e Gaza, depois de ter coberto também a província de Nampula.  À luz desta parceria, os clientes podem assinar pacotes DStv acessíveis, o que lhes permitirá acessar a conteúdos de entretenimento diversificado e  em  qualidade 100% digital desde filmes, telenovelas, desporto, conteúdos infantis, entre outros, pagáveis ​​através de várias parcelas acessíveis.

Através de um depósito de apenas 5.900 MT, os clientes levam para casa um sistema solar que inclui 4 lâmpadas ultravioletas, uma TV LED de 19 polegadas, um kit DStv composto por antena, descodificador, acesso ao pacote DStv Grande, instalação gratuita bem como acesso livre a energia por 30 dias. Os clientes pagam 1800 MT por mês, durante cerca de 2,5 anos, para possuirem o sistema inteiramente e podem se inscrever mensalmente em qualquer pacote DStv que desejarem, com base numa taxa mensal extra.

Usando a tecnologia de bateria de última geração da Fenix ​​Power e lâmpadas de TV e LED de alta eficiência, os clientes podem carregar suas baterias em apenas 6 horas de luz solar e assistir TV por mais de 5 horas bem para além de permitir ainda o carregamento de equipamento diverso, incluindo telefones e iluminação da casa com 4 lâmpadas por 7 horas.

Para o Diretor Administrativo da Fenix ​​Moçambique, Luke Hodgkinson, “o acesso rural à televisão não representa apenas entretenimento, mas sim um direito humano à informação e educação nas áreas rurais. A missão da MultiChoice é tornar o entretenimento excelente mais acessível, de modo que a DStv era o parceiro óbvio da Fenix”.

A Fenix ​​e a DStv trabalharão em conjunto para levar energia, TV de qualidade e conteúdo internacional para as famílias nas zonas rurais do país. Agora, essas famílias terão acesso a notícias internacionais, programação infantil para melhorar as habilidades linguísticas das crianças e entretenimento de qualidade para toda a família.

Com mais de 24 anos de experiência em Moçambique, a Multichoice, pioneira na televisão digital, concentra-se na proximidade do cliente e trabalha continuamente para atender às necessidades dos consumidores atuais e potenciais.

Segundo Agnelo Laice, Administrador-Delegado da MultiChoice Moçambique, “estamos continuamente à busca de soluções inovadoras para elevar a experiência de visualização dos nossos conteúdos para benefício dos nossos clientes e comunidades que servimos. Esta parceria com o Fenix é transformacional para famílias nacionais até então desprovidas de acessos à conteudos de inquestionável qualidade à um preço competitivo".

A Fenix ​​está sediada em Maputo, mas irá operar em todas as províncias de Moçambique nos próximos três anos e espera atingir mais de 200.000 famílias com energia limpa e serviços financeiros inclusivos. Para servir os seus clientes em todo o país, a Fenix ​​Moçambique treinará e empregará mais de 150 profissionais de vendas e marketing, atendimento ao cliente, diagnóstico de produtos e logística em tempo integral.

O Fenix ​​Power TV mais DStv está disponível nas lojas Fenix ​​Intl em Boane, Maputo (FPLM), Marracuene, Manhica, Chókwe, Xai-Xai e Nampula.(Carta)

quarta-feira, 20 novembro 2019 07:20

PHC Software é uma das Superbrands Moçambicanas

Logotipo da PHC

A Superbrands Moçambique, que distingue as marcas de referência do país, reconheceu a PHC Software como uma das marcas de prestígio, cimentando a posição da software-house como uma referência no desenvolvimento tecnológico e da gestão empresarial do País.

 

Rogério Canhoto, Chief Business Officer da PHC, refere que: “Moçambique é uma aposta forte da PHC. Sempre foi. Os nossos parceiros e os nossos clientes têm sido fundamentais neste caminho de sucesso, a quem agradecemos. Este prémio é o reconhecimento do nosso trabalho conjunto e do valor que as empresas tiram do nosso software. Todos os dias milhares de pessoas em Moçambique conseguem trabalhar de forma mais rápida e produtiva, contribuindo para que as empresas sirvam melhor os clientes, tenham mais vendas e cresçam os seus resultados. Mas ser uma Superbrand moçambicana é também uma responsabilidade e fica aqui o nosso compromisso de que vamos continuar a inovar e a trazer as melhores ferramentas de gestão para os nossos clientes.”

 

A Superbrands é uma iniciativa independente e internacional que avalia e reconhece as marcas de excelência, estando presente em 89 países. E que nesta 6º edição procura apostar no reconhecimento das marcas excecionais presentes em Moçambique, contribuindo para o sucesso das mesmas, de uma forma isenta, responsável, credível e transparente.(Carta)

Adolfo Muholove, PCE da Gapi

“Moçambique tem o desafio de modernizar a agricultura, para garantir a segurança alimentar e um desenvolvimento mais inclusivo e a Gapi assumiu este desafio como uma prioridade nos programas que realiza”, considerou Adolfo Muholove, Presidente da Comissão Executiva (PCE) da Gapi, à margem do concurso ao prémio de Melhor Agre empreendedor do Ano, do Future Agro Challenge (FAC) 2019.


O grande vencedor do prémio foi Mathária Empreendimentos, um empresa sediada na província de Nampula e que se dedica à produção e processamento da moringa oleifera. Na fase inicial de lançamento comercial, esta empresa foi financiada pela Gapi,  no âmbito do Fundo para Iniciativas de Desenvolvimento Prosavana.


No acto da entrega do prémio, o Ministro da Agricultura e Segurança Alimentar, Higino Marule, disse ser com “inovação, trabalho duro e perseverança que se consegue alcançar o objectivo da fome zero”.


Por seu turno, Alexandre Santos, representante da Mathária Empreendimentos, disse que “este prémio reflecte a nossa perseverança, não só no trabalho que temos vindo a desenvolver, como na participação neste concurso. Com este prémio, temos a oportunidade de alargarmos os nossos horizontes em busca de melhores parcerias, tecnologia e, quiçá, novos mercados”.


Muholove realçou ainda que a sua instituição está empenhada na promoção do surgimento de uma nova geração empresarial, através de programas que estimulam a modernização e inovação em sectores estratégicos como o do Agronegócio.


Uma das iniciativas que a Gapi tem vindo a apoiar, nos últimos quatro anos, é o FAC - Programa de aceleração, promoção e ligações de cadeias de valor do agronegócio, promovido em parceria com a Mozambique Innovation Lab.


Nesta 4ª edição, o concurso foi muito mais abrangente, não apenas em termos de identificação e selecção das candidaturas por todas as províncias do país, mas principalmente pela preparação técnica dos concorrentes, através de acções formativas levadas a cabo nas três regiões (norte, centro e sul) juntando cerca de 200 empresas ligadas à área do Agronegócio.


A Gapi esteve envolvida em todas as fases deste processo, tendo acolhido na sua sede a última acção de formação. Nessa ocasião, Aurora Psico, da Direcção Executiva da Gapi, reafirmou o compromisso desta instituição financeira de apoiar eventos desta natureza, tendo deixando aos participantes o apelo para que “não desistam. É preciso que sejam determinados, persistentes e disciplinados. Isso é a chave do sucesso”.


O vencedor desta edição vai beneficiar de apoio e assistência técnica para os seus negócios e uma passagem para o concurso mundial que vai decorrer na Grécia, em Setembro de 2020. De recordar que, desde a primeira edição, os vencedores têm tido a oportunidade de concorrer a nível internacional.  Antes da Grécia, África do Sul e Turquia acolheram eventos similares.(FDS)

A cidade que vai ser construída junto aos mega-projectos de gás natural no Norte de Moçambique vai custar 1.500 milhões de Euros. Prevê albergar 150 mil habitantes, incluindo os 15 mil que vivem actualmente na zona, península de Afungi, província de Cabo Delgado. A informação foi partilhada semana finda, em Maputo, por Lorenzo Monti, representante da empresa italiana Renco Energy e director do projecto da futura 'cidade do gás', como é conhecida.

 

Falando durante a sexta Cimeira do Gás de Moçambique, encontro empresarial organizado pela Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), em parceria com as petrolíferas, Monti explicou que o Plano Director da Cidade compreende 1.200 hectares (ha) para áreas residenciais, 3.800 ha para área industrial, 2.300 ha para agricultura, 8.000 ha para áreas verdes e 214 ha destinados a infra-estruturas turísticas, com capacidade para um máximo de 15 unidades hoteleiras e 500 metros quadrados para apartamentos.

 

A 'cidade do gás' vai nascer junto às unidades de liquefacção de gás natural, motor do desenvolvimento de toda a zona com base em investimentos da ordem dos 50 mil milhões de dólares de consórcios liderados pelas petrolíferas Total, Exxon Mobil e Eni - que deverão colocar Moçambique entre os principais produtores de gás natural liquefeito do mundo.

 

Citado pela agência Lusa, o director do projecto referiu que a construção deverá arrancar antes do início da extracção e liquefacção de gás, em 2025, e avançar gradualmente até 2050. A fonte acrescentou que a urbe contará com 50 a 60 quilómetros de rede de distribuição de electricidade e 300 a 400 quilómetros de condutas de distribuição de água potável, incluindo uma central de purificação e bombagem.

 

Referindo-se ao Plano Director da Cidade, Monti explicou que a zona industrial será dividida em quatro áreas: uma para o funcionamento de uma central eléctrica, outra para fábrica de petroquímicos, que vai produzir combustível, uma para fertilizantes e uma para armazéns destinados aos fornecedores. (Carta)

A Aliança Global para Melhoria da Nutrição (GAIN, em inglês), em parceria com a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), pretende “acabar” com a desnutrição crónica, em Moçambique, através do apoio aos produtores de ovos, de modo a aumentar o nível de consumo deste alimento pelas famílias moçambicanas e, consequentemente, ajudar na redução da desnutrição crónica.

 

O anúncio foi feito na última sexta-feira, em Maputo, pela Directora Nacional da GAIN, Kátia Santos Dias, e pelo vice-presidente do CTA, Castigo Nhamane, durante um debate sobre as iniciativas para a promoção do consumo de ovos no país.

 

Segundo a Directora Nacional da GAIN, Kátia Santos Dias, numa primeira fase, o projecto irá abranger seis pequenos produtores, que serão alocados um total de 100 Mil USD, a ser distribuídos de acordo com as necessidades de cada um. Dos abrangidos, dois serão da cidade de Maputo, dois da província de Nampula e dois da província de Sofala. O projecto prevê ainda a assistência técnica dos produtores e a realização de um estudo de viabilidade, que lhes permitirá fazer a expansão dos seus produtos correctamente e garantir a melhor gestão.

 

Na sua intervenção, Dias referiu ainda que, com o projecto, a organização espera que dentro de um ano os produtores aumentem a sua capacidade de produção para 5.000 poedeiras. “A ideia é incentivar mais o consumo de ovos a nível das famílias e para o bem-estar das crianças”, disse a fonte, acrescentando que é seu objectivo derrubar alguns mitos e tabus que prevalecem sobre o consumo de ovos e estimular a produção nacional, que é muito baixa, no país.

 

Por outro lado, o representante do CTA, Castigo Nhamane, referiu que o sector privado olha para o projecto de aumento da produção e consumo de ovos, como uma forma de melhorar a saúde dos moçambicanos, no combate à subnutrição.

 

“Como CTA, temos muitos desafios, visto que uma das exigências dos pequenos produtores de ovos é conseguirmos, junto do governo, os incentivos fiscais porque quando isso se concretizar, a produção do ovo vai ter menos custos e, consequentemente, irá baixar o preço do próprio ovo, o que poderá aumentar o número de pessoas a consumir este produto no país”, sublinha.

 

Dados de uma pesquisa realizada recentemente pela GAIN, no país, apontam que, em média, cada moçambicano consome apenas um ovo por mês, ou seja, 12 ovos por ano e destes, somente quatro são produzidos localmente. Só em 2018, o país produziu 15.6 milhões de dúzias de ovos, o que representa um défice de 29 por cento em relação às necessidades. (Marta Afonso)