Passam 12 meses, desde que a Ethiopian Mozambique Airlines (EMA) iniciou as suas operações no espaço aéreo nacional. Foi a 1 de Dezembro de 2018 que o país testemunhou o primeiro voo da EMA, subsidiária da gigante africana Ethiopian Airlines, aprovada em Setembro de 2017, pelo Instituto de Aviação Civil de Moçambique (IACM), para realizar voos domésticos.
Em conversa com “Carta”, o Delegado da Ethiopian Airlines em Moçambique, Daniel Tsige, fez um balanço positivo das operações daquela companhia aérea, afirmando que, durante este período, a mesma ofereceu um serviço orientado ao cliente, tendo cumprido em 95% os seus compromissos.
Segundo Daniel Tsige, de 1 de Dezembro de 2018 a 1 de Dezembro de 2019, a EMA tornou as viagens aéreas mais acessíveis para os moçambicanos, com a introdução de tarifas mais competitivas. Aliás, a entrada da EMA foi vista como um “balão de oxigénio” pelos utentes do transporte aéreo, alegadamente porque a mesma iria promover a competitividade nos serviços e, sobretudo, nas tarifas que eram praticadas pela sua maior concorrente, Linhas Aéreas de Moçambique.
“Tornamos Moçambique mais atraente para turistas e homens de negócio, pois, os nossos voos se estendem por todo o mundo, através de nossa empresa-mãe, a Ethiopian Airlines”, acrescentou a fonte, garantindo que o número de passageiros do transporte aéreo aumentou, após a chegada da sua companhia aérea.
Convidado a avaliar o mercado moçambicano, passado o primeiro ano, Tsige limitou-se apenas a dizer que o nosso país tem um potencial ainda não explorado de turismo e negócios, pelo que “estamos determinados em mostrar isso ao mundo”.
“Existem desafios em qualquer mercado e chegamos a Moçambique não apenas antecipando os desafios, mas também com a determinação de superá-los. Acreditamos no trabalho de todas as partes interessadas para o crescimento da indústria aérea, em África, em geral, e em Moçambique, em particular”, afirmou Tsige.
“Chegamos a Moçambique com um conhecimento significativo do mercado no mundo, em geral, e em África, em particular. A nossa marca internacional é conhecida pelos viajantes mais frequentes, especialmente pelo serviço focado no cliente e tarifas competitivas. Devido a isso, os nossos clientes tinham uma confiança estabelecida no nosso serviço”, garantiu a fonte, explicando que, mais do que dificuldades, a companhia encarou o desafio de atender às expectativas dos clientes, tendo em conta os serviços da Ethiopian Airlines, algo conseguido com sucesso.
Entretanto, questionado se a companhia não seguiria o mesmo rumo que a Fastjet, que abandonou o mercado nacional em Outubro último, dois anos depois de ter iniciado as operações, o Delegado da Ethiopian Airlines em Moçambique respondeu: “Somos uma marca grande e uma companhia aérea bem estabelecida, com poder financeiro significativo. Embora estejamos perdendo, actualmente, podemos recuperar a curto prazo para realizar o nosso sonho e o nosso objectivo estratégico a longo prazo, que é de aumentar o serviço aéreo em Moçambique”, defendeu a fonte, sem revelar a saúde financeira da companhia.
Recorde-se que a Fastjet, companhia que operava no mercado nacional com o certificado da Solenta Aviation, anunciou, a 21 de Outubro, o término das suas operações, no país, alegando “excesso de oferta contínua de assentos disponíveis por outras transportadoras em todas as rotas e o impacto financeiro negativo disso”. A companhia tinha iniciado as suas operações em Novembro de 2017.
“A saída de um concorrente é apenas uma má notícia para o público que viaja em Moçambique, pois, a concorrência oferece uma opção para os clientes”, sublinhou.
Referir que a Ethiopian Mozambique Airlines opera no mercado doméstico, fazendo ligações aéreas entre as cidades de Maputo, Nampula, Tete, Pemba, Beira, Nacala, Quelimane e Chimoio. A companhia opera com três aeronaves Bombadier Q 400. (A. Maolela)
A União Europeia (UE) contribuiu, este ano, com quase 4 milhões de euros em financiamento humanitário para o Programa Mundial para a Alimentação das Nações Unidas (PMA) em Moçambique, apoiando as pessoas afectadas pelos ciclones Idai e Kenneth, além de ter fornecido apoio logístico a organizações humanitárias operando no país.
Logo após o ciclone Idai, a UE contribuiu com 1 milhão de euros em apoio às operações logísticas, para a resposta de emergência coordenada pelo Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC). O PMA forneceu três helicópteros e uma aeronave de carga na Beira para transportar alimentos, água, remédios, tendas, outros itens essenciais de socorro, além de equipas humanitárias. Isso foi crucial na prestação de assistência que salvou vidas às comunidades mais afectadas e isoladas.
"Somos muito gratos à União Europeia pelo apoio contínuo ao longo deste ano extremamente desafiador", disse Karin Manente, representante do PMA em Moçambique. "Embora o pior já tenha passado, as necessidades humanitárias persistem e muitas comunidades ainda lutam para atender às suas necessidades alimentares básicas".
O financiamento da UE para a resposta pós-ciclone permitiu ao PMA prestar assistência alimentar de emergência às províncias de Sofala, Manica, Zambézia, Tete, Cabo Delgado e Nampula, que foram severamente atingidas pelos ciclones. A assistência foi distribuída principalmente por meio de cupons de alimentos, permitindo que as famílias comprassem alimentos de sua escolha enquanto impulsionavam os mercados nas áreas afectadas pelo ciclone. O PMA também distribuiu bens alimentares de emergência em partes da província de Cabo Delgado.
Nas áreas devastadas pelo ciclone Kenneth, o PMA trabalhou em estreita colaboração com parceiros como a Organização Internacional para as Migrações (OIM) para garantir uma resposta coerente e eficiente. Graças ao apoio da UE, o PMA e a OIM forneceram assistência integrada de alimentos e abrigo para as comunidades mais vulneráveis da província de Cabo Delgado.
Durante o pico da emergência, de Março a Agosto de 2019, o PMA apoiou 2,3 milhões de pessoas em assistência alimentar - financiada pela UE e outros doadores. Após a fase imediata da resposta, de Agosto a Outubro, o PMA continuou a fornecer assistência alimentar a 625.000 das pessoas mais vulneráveis.
O PMA pretende dobrar o seu apoio, atingindo 1,2 milhão de pessoas por mês até Março de 2020, para atender aos altos níveis de insegurança alimentar em áreas afectadas por desastres no país. De acordo com as avaliações mais recentes, 1,9 milhão de pessoas correm risco de fome de Novembro de 2019 a Março de 2020, se a assistência alimentar adequada não for fornecida de maneira oportuna.
A União Europeia é um parceiro de longa data do PMA em Moçambique. O financiamento de 2019 eleva sua contribuição total às operações do PMA no país para quase € 30 milhões nos últimos dez anos. (Carta)
A Procuradoria-Geral da República (PGR) criou, esta terça-feira, o Grupo de Coordenação e Consulta Sobre a Protecção Alternativa da Criança, um movimento que visa garantir o bem-estar das crianças e melhorar o acolhimento de órfãos em situação de vulnerabilidade.
O Grupo é constituído por magistrados judiciais e do Ministério Público e instituições do Governo, com a parceria de Organizações Não-Governamentais e da Sociedade Civil e tem como missão, entre outros aspectos, dar apoio à tramitação de processos de adopção, assim como à regularização dos centros e estabelecimentos de acolhimento de crianças.
Segundo a Procuradora-Geral Adjunta da República, Irene Afonso Micas, das visitas de fiscalização e inspecção às instituições de acolhimento que o departamento especializado pelas áreas Cível, Laboral, Família e Menores tem realizado, constatou-se haver necessidade de se desenvolver acções coordenadas entre diferentes sectores para garantir o respeito dos direitos da criança.
Por seu turno, a Assistente Social do Ministério do Género, Criança e Acção Social, Francisca Sales, diz haver muitos desafios no que concerne à fiscalização dos centros de acolhimento, visto que há famílias que não assumem as suas responsabilidades de acolher e ficar com as crianças, pelo que “existe um número maior de crianças nos infantários”.
“O grande desafio é fazer a sensibilização e, até certo ponto, responsabilizar aquelas famílias que não assumem a sua responsabilidade e o funcionamento dos centros de acolhimento, visto que são vários que têm muitos problemas, como a limpeza, condições de atendimento adequado das crianças, falta de pessoal suficiente, meios para sustentar as crianças, mobiliário, quartos insuficientes”, disse Sales.
Dados do Ministério do Género, Criança e Acção Social apontam para a existência, em todo o país, de um total de 89 centros de acolhimento, porém, mais da metade não estão legalizados, para além de que não possuem condições mínimas de funcionamento. Aliás, três centros foram encerrados este ano, sendo dois na província de Nampula e outro na província de Inhambane.
Os dados do MGCAS revelam ainda que, nestas instituições, existem 8.000 crianças, desde recém-nascidos até jovens com 24 anos de idade, mas que nem todos os acolhidos não têm família. “Algumas crianças são órfãs de mãe, e o pai, não tendo condições de cuidar, pede para deixá-los nos centros de acolhimento”, explica Francisca Sales.
Já a Juíza Presidente do Tribunal de Menores, Maria Karlsen, disse existirem muitos centros de acolhimento que têm ajudado as crianças que necessitam, mas defendeu a necessidade de se verificarem as necessidades e as especificidades de cada criança, de modo a enquadrá-las e inseri-las conforme o que se pretende, visando a sua protecção efectiva.
“Nos temos fiscalizado uma vez por ano os centros de acolhimento, mas gostaríamos que eles fossem mais do que aquilo que nos apresentam. Verificamos que as crianças são sim acolhidas naquelas instituições, mas deparamo-nos com situações em que as mesmas carecem de mais do que estas instituições estão capazes de oferecer – principalmente no que diz respeito a questões ligadas à saúde, higiene, legalidade. Ademais, nem todas as crianças que estão nos centros têm uma identificação”, disse.
Para a Especialista em Protecção da Criança no Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Albertina Mucavele, outras formas alternativas de protecção sugeridas pelas Nações Unidas são o investimento na promoção e na capacidade dos pais cuidarem dos seus filhos; o investimento nos serviços de apoio; o investimento na área da saúde sexual reprodutiva e a prevenção da separação da criança do meio familiar. (Marta Afonso)
A temporada 2019/20 da La Liga apresentará o maior jogo de clubes do mundo no dia 18 de Dezembro de 2019, onde o Barcelona recebe o Real Madrid no Camp Nou, o que será um prenda para os seguidores SuperSport no DStv e GOtv neste período festivo.
A partida que estava programada para ser disputada no final de Outubro, foi adiada pela Liga Espanhola devido a receios de segurança em torno de protestos violentos que estavam em andamento na Catalunha na altura.
Como sempre, o encontro entre o Barça e o Real pode ter um grande efeito na disputa pelo título, com ambos os clubes a se esforçarem para serem colocados no topo da tabela classificativa. As duas equipas partem pare este jogo em igualdade pontual (35 pontos).
O técnico do Los Blancos, Zinedine Zidane, afirmou que sua equipe deve se concentrar para destronar o campeão Barcelona, enquanto eles tentam recuperar seus dias de glória, enquanto o Blaugrana procura roubar três pontos de seus rivais e dar um grande passo em direcção a um terceiro título consecutivo e um quinto nas últimas seis temporadas da Liga espanhola.
Os telespectadores da SuperSport também estarão de olho em Lionel Messi, que recentemente conquistou o sexto prêmio Ballon d'Or [melhor jogador do mundo] e detém o recorde de todos os tempos para o maior número de golos em El Clasico, com 26 em seu nome.
Além disso, o capitão do Real Sergio Ramos tem a chance de fazer uma 43ª aparição no El Clasico, superando Manuel Sanchis, Francisco Gento (ambos do Real Madrid) e Xavi Hernandez (Barcelona) nos recordes.
O Barcelona desfrutou de domínio recente sobre o Real nas partidas da Liga, reunindo uma série de seis partidas invictas e completando uma vitória 'dupla' sobre o clube da capital na última temporada, com 5-1 em casa e 1-0 fora de casa.
No geral, as equipes se enfrentaram em 242 partidas oficiais, com o Barça a conquistar 96 vitórias, contra 95 no Real. Isso eleva para 72 vitórias cada em seus 178 encontros na Liga.
Acompanhe em directo e em exclusivo as emoções desta aliciante partida na DStv a partir do pacote Família (canal Supersport 7) e na GOtv no canal Supersport Select 04, pacote GOtv Max.
Barcelona x Real Madrid - Principais estatísticas
Jogado pela primeira vez: 13 de maio de 1902
Mais presenças: 42 - Manuel Sanchis, Francisco Gento, Sergio Ramos * (todos Real Madrid); Xavi Hernandez (Barcelona)
Mais gols: 26 - Lionel Messi * (Barcelona)
Mais assistências: 14 - Lionel Messi * (Barcelona)
Maior vitória: Real Madrid 11-1 Barcelona, 19 de junho de 1943
Mais vitórias consecutivas: 6 - Barcelona (25 de janeiro de 1948 - 15 de janeiro de 1949) e Real Madrid (30 de setembro de 1962 - 28 de fevereiro de 1965)
Maiores corridas invictas: 14 - Real Madrid (31 de janeiro de 1931 - 3 de fevereiro de 1935) e Barcelona (1 de novembro de 1917 - 3 de junho de 1928)
Jogos mais consecutivos marcados: 23 - Barcelona (27 de abril de 2011 - 13 de agosto de 2017)
Jogadores-chave para assistir
Barcelona: Lionel Messi
Com um recorde de 26 gols no El Clasico (mais um recorde de 14 assistências), Lionel Messi se tornou verdadeiramente um mestre do 'El Clasico' e é o jogador que o Real Madrid mais teme. Recentemente, o argentino conquistou o sexto título de Ballon d'Or para consolidar ainda mais seu status de um dos maiores de todos os tempos, mas sua vontade de ajudar o Barça a derrotar o Real permanece inalterada.
Real Madrid: Karim Benzema
O Real Madrid teve uma temporada de montanhas-russas até agora, mas ao longo de seus altos e baixos, Karim Benzema avançou para se tornar sua figura-chave no ataque. O veterano atacante francês vem assumindo a liderança no ataque marcando golos com regularidade nesta temporada, carregando o fardo mais pesado do ataque, enquanto Eden Hazard, Gareth Bale e Vinicius Junior lutam para encontrar consistência em sua forma.
Principais batalhas para assistir
Ernesto Valverde contra Zinedine Zidane
A batalha tática entre Ernesto Valverde, do Barcelona, e Zinedine Zidane, do Real Madrid, será vital para decidir esta edição do "El Clasico". Enquanto Valverde vai querer ver seu lado controlar a posse e dar muitos passes para o atacante mortal, os 'Los Blancos' de Zidane se preparam para usar seu ritmo e força no contra-ataque e fazer o melhor uso dos cenários de bola parada.
Sergio Ramos contra Luís Suarez
Se Luis Suarez liderar o ataque do Barcelona, ele entrará em contato direto com guardaredes do Real Madrid e o capitão Sergio Ramos. Suarez certamente venceu esta batalha no Camp Nou, marcando um "hat-trick" para ajudar sua equip vencer por 5-1. Ramos, que fará a 43ª aparição no 'El Clasico', estará determinado a impedir os anfitriões.
Frenkie de Jong contra Toni Kroos
Esta batalha de meio-campistas poderá ser será absolutamente vital para o resultado do jogo. O alcance de passe de Kroos são um dos melhores da Europa há quase uma década, mas em Jong Barca há um jovem jogador talentoso que combina visão requintada com pés rápidos e excelente táctica.
O Fundo Mundial para Natureza-WWF lançou, na última sexta-feira, 13 de Dezembro, dois projectos que serão implementados em parceria com o Parque Nacional das Quirimbas, nos próximos quatro e cinco anos, em algumas comunidades dos distritos de Ibo, Quissanga, Metuge e Mecúfi, em Cabo Delgado.
No total, os dois projectos vão abranger cerca de 25 mil pessoas nos distritos arrolados no período de 2019 a 2023.
O lançamento da iniciativa contou com a presença dos representantes das comunidades dos distritos abrangidos, bem como diversas individualidades do governo provincial ligadas ao sector da justiça.
O primeiro projecto consiste no melhoramento da governança, meios de vida e ecossistemas para reduzir, durante cinco anos, a dependência dos recursos marinhos, bem como melhorar o valor económico e nutricional nas ilhas Ibo, Quirimbas e Quirambo. Este conta com o financiamento do Ministério da Cooperação e Desenvolvimento Económico da Alemanha num valor de 800 mil Euros.
O segundo começa em finais de 2019 e vai até ao ano de 2022. Será implementado nas comunidades de Mecúfi, Ibo e Quissanga, e consiste na expansão da gestão adaptativa para melhorar a eficiência da biosfera das Quirimbas.
Para este projecto está previsto o treinamento de 600 pessoas em matéria de gestão de ecossistemas, 360 em empreendedorismo para gestão, 50 experiências de trabalho entre os vários actores (como WWF, Parque Nacional das Quirimbas, instituições de investigação e de administração da justiça), além da capacitação de 10 comités comunitários de pesca e melhoramento das condições de trabalho.
O representante do Fundo Mundial para Natureza-WWF disse, no acto de apresentação, que os dois projectos são a continuidade de algumas actividades desenvolvidas na área marinha do Parque Nacional das Quirimbas, através do terminado projecto Bengo 2, as quais foram desenvolvidas na base dos padrões do novo Acordo da Natureza e Pessoas, que chama a humanidade a agir para o bem-estar do planeta.
Rodrigo Fernandes explicou que a meta final dos dois projectos é conseguir-se estabelecer uma boa gestão das pescarias, um aumento da biodiversidade marinha e a elevação da consciência das comunidades sobre os valores dos recursos que a natureza oferece. (Carta)
O actual Bastonário da Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM), Flávio Menete, vai continuar no cargo até Fevereiro de 2020. A decisão vem vertida na deliberação 51/CN/2019, de 13 de Dezembro, que remarca as eleições naquela agremiação para o dia 8 de Fevereiro de 2020, prorrogando, consequentemente, o mandato de Menete.
Tal como havia deliberado o Conselho Nacional no passado dia 27 de Novembro do ano prestes a findar, as eleições na OAM estavam agendadas para 21 deste mês. No entanto, o mesmo Conselho Nacional decidiu pela alteração da data da realização do pleito na esteira da Assembleia Geral Ordinária, realizada na passada quinta-feira (12), alegadamente, a pedido dos advogados, sob o argumento de que “tal permitirá maior participação no processo”.
“Uma vez que um número considerável de advogados solicitou a alteração da data para permitir uma maior participação no processo, o Conselho Nacional colheu as diversas sensibilidades sobre a matéria no decurso da Assembleia Geral Ordinária que teve lugar no dia 12 do corrente mês, assim sendo as eleições serão realizadas no dia 8 de Fevereiro de 2020”, refere a deliberação assinada por Flávio Menete.
Concretamente, é a terceira vez que o processo eleitoral naquela agremiação é adiado. Inicialmente, as eleições estavam previstas para o passado mês de Abril, mas devido ao ciclone Idai, que se abateu sobre a região centro do país, as mesmas foram adiadas para 28 de Setembro.
Em vésperas da realização desse escrutínio, precisamente no dia 27 de Setembro, o actual bastonário da OAM veio a público comunicar um novo adiamento do processo, devido à queixa submetida por André Júnior, junto do Tribunal Administrativo (TA), na sequência do seu afastamento pela Comissão Eleitoral.
Portanto, Flávio Menete encontra-se oficialmente “fora do mandato” desde Maio último. Recorde-se que ele foi eleito ao cargo de Bastonário a 19 de Março de 2016 (em substituição de Tomás Timbane) sendo que a sua investidura ocorreu a 4 de Maio do mesmo ano.
Concorrem à substituição de Menete – que decidiu não se recandidatar a um segundo mandato – Miguel José Mussequejua e Duarte de Conceição Casimiro.
Por força dos estatutos, o mandato na OAM é de três anos, podendo ser renovado apenas uma vez.
A Ordem dos Advogados de Moçambique foi criada a 14 de Setembro de 1994 e teve até agora quatro bastonários. (Carta)