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BCI
terça-feira, 19 novembro 2019 07:09

Futura 'cidade do gás' no norte do país vai custar 1.500 milhões de Euros

A cidade que vai ser construída junto aos mega-projectos de gás natural no Norte de Moçambique vai custar 1.500 milhões de Euros. Prevê albergar 150 mil habitantes, incluindo os 15 mil que vivem actualmente na zona, península de Afungi, província de Cabo Delgado. A informação foi partilhada semana finda, em Maputo, por Lorenzo Monti, representante da empresa italiana Renco Energy e director do projecto da futura 'cidade do gás', como é conhecida.

 

Falando durante a sexta Cimeira do Gás de Moçambique, encontro empresarial organizado pela Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), em parceria com as petrolíferas, Monti explicou que o Plano Director da Cidade compreende 1.200 hectares (ha) para áreas residenciais, 3.800 ha para área industrial, 2.300 ha para agricultura, 8.000 ha para áreas verdes e 214 ha destinados a infra-estruturas turísticas, com capacidade para um máximo de 15 unidades hoteleiras e 500 metros quadrados para apartamentos.

 

A 'cidade do gás' vai nascer junto às unidades de liquefacção de gás natural, motor do desenvolvimento de toda a zona com base em investimentos da ordem dos 50 mil milhões de dólares de consórcios liderados pelas petrolíferas Total, Exxon Mobil e Eni - que deverão colocar Moçambique entre os principais produtores de gás natural liquefeito do mundo.

 

Citado pela agência Lusa, o director do projecto referiu que a construção deverá arrancar antes do início da extracção e liquefacção de gás, em 2025, e avançar gradualmente até 2050. A fonte acrescentou que a urbe contará com 50 a 60 quilómetros de rede de distribuição de electricidade e 300 a 400 quilómetros de condutas de distribuição de água potável, incluindo uma central de purificação e bombagem.

 

Referindo-se ao Plano Director da Cidade, Monti explicou que a zona industrial será dividida em quatro áreas: uma para o funcionamento de uma central eléctrica, outra para fábrica de petroquímicos, que vai produzir combustível, uma para fertilizantes e uma para armazéns destinados aos fornecedores. (Carta)

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